sábado, 15 de abril de 2017

oficina esporte e lazer

O que é?
Atividade que descreve uma forma de encaminhar uma entrevista com grupos de crianças e jovens.

Materiais
Flip chart para anotações; pincel atômico; cadernos de anotações para os participantes;  jornais, revistas e/ou textos da internet sobre a modalidade esportiva do entrevistado; etiquetas de identificação dos participantes (contendo nome completo e o nome da escola ou organização); se possível, gravadores, câmeras fotográficas ou filmadoras. 
 
Para quem?
Jovens de 11 a 14 anos.
Em quanto tempo?
Aproximadamente 90 minutos.


Onde fazer?
Em sala ampla onde todos possam sentar-se em círculo.



Para quê?
Conhecer a vida de um esportista: preparação física, hábitos alimentares, tipos de lazer, conquistas e perspectivas.

Como desenvolver

E Se?
DPode acontecer que algumas pessoas da turma nunca tenham participado de uma entrevista. Por isso é muito importante que você mostre exemplos de entrevistas da mídia impressa, radiofônica ou televisiva. Além disso, são muito comuns atualmente entrevistas (chats) realizadas em canais de grandes provedores da Internet. Estas são transmitidas em tempo real, com dinâmica semelhante ao das entrevistas ao vivo a que podemos assistir na televisão ou ouvir no rádio. Umas são apenas escritas, outras televisadas.
Faça uma lista de possíveis nomes de esportistas e entre em contato com os eventuais “candidatos” para agendar a data e o possível local. Procure saber se alguém conhece um esportista e se consegue identificar os hábitos de vida daqueles que praticam esportes. Se houver alguém que já tenha tido essa oportunidade, peça-lhe que conte aos demais sua experiência. Pense nas condições necessárias para que esse entrevistado vá até o local combinado ou, então, numa possível saída do grupo para ir ao encontro dessa pessoa.

Escolhido o entrevistado, é importante compartilhar com o grupo o objetivo da atividade.

A seguir inicie o planejamento da entrevista. Ofereça ao grupo algumas informações sobre o entrevistado: nome, dados biográficos e a modalidade esportiva que pratica.

Caso sinta necessidade, convide a turma a fazer uma pequena pesquisa sobre a modalidade esportiva praticada pelo entrevistado. Para este trabalho, pode-se oferecer o material necessário (jornais, revistas, imagens e textos recolhidos na internet, etc.) e, com base nesse material, incentivar o grupo a elaborar as perguntas a serem feitas. Veja alguns exemplos de perguntas:
  • Como nasceu sua vontade de praticar esse esporte?
  • Desde quando você se dedica a esse esporte?
  • Como é sua rotina de treinos?
  • O que é mais difícil na vida de um esportista?
  • E na sua modalidade, o que é mais difícil?
  • De quais campeonatos você já participou? Teve vitórias?
  • Qual sua vitória mais marcante? E qual foi a pior derrota pela qual passou?
  • Como é a sua alimentação?
  • Que conselhos você costuma dar às crianças e jovens?
  • O que o esporte ensina às pessoas?

Antes da entrevista propriamente dita, talvez se possa propiciar à turma um momento de ensaio geral da atividade.. Organize o grupo para esse trabalho e arrume o ambiente colocando em destaque a cadeira do entrevistado. Convide  alguém para “ocupar” esse lugar.

Faça uma fala de anúncio da presença do entrevistado, indicando seu nome e esclarecendo o objetivo do trabalho.Ofereça a palavra ao “entrevistado” para que possa se apresentar. Convide a turma a fazer as perguntas já preparadas e distribuídas entre o grupo.
E Se?
Se acontecer de alguém ficar nervoso na hora de formular uma pergunta, tente acalmar o grupo. O ensaio proposto pode ajudar a preparar o momento real..
Explique a todos que o segredo de uma boa entrevista está nas perguntas. Para tanto, valem as perguntas preparadas na sessão 1 dessa oficina e também perguntas espontâneas, que surgirão da interação dos entrevistadores com as respostas do entrevistado. Quando estiver mostrando o exemplo de entrevista, destaque perguntas que o entrevistador pinçou da resposta do entrevistado. Faça você mesmo perguntas que não foram preparadas previamente e dê destaque para o que está fazendo. Assim, o grupo poderá perceber que se ficar atento às respostas do entrevistado novas e importantes perguntas poderão ser feitas na hora da entrevista.

Na hora da entrevista, não se esqueça das fotos e das gravações das respostas do entrevistado. Tudo isso será útil para a organização do registro da entrevista.

Terminada a entrevista, lembre o grupo de agradecer a presença do esportista convidado e de entregar a ele um “presente”: por exemplo, um cartão de agradecimento feito com o nome de todos.

Hora de avaliar
No final da atividade, reúna o grupo num grande círculo, peça que se sentem no chão para descansarem um pouco. Enquanto isso, pergunte-lhes o que acharam da atividade, se gostaram ou não e por quê, o que observaram durante a dança, o que perceberam na movimentação uns dos outros.

Permita que todos expressem suas opiniões. Você pode chamar atenção para pequenos incidentes ou ocorrências que tenha notado, propondo que o grupo tente explicar por que o fato observado aconteceu, o que ele pode significar, etc.

Por último, você pede que cada um diga como se sentiu enquanto dançava. Se você achar pertinente,  registre uma síntese das respostas.

O que mais pode ser feito?
Se for possível, você pode gravar a atividade em vídeo e depois assistir à gravação com o grupo, recolocando as mesmas questões do final da atividade e levando-os a observarem a si próprios.

Pode sugerir também que observem em suas casas, na escola, no bairro como as pessoas se movimentam, o que esse movimento pode expressar, o que o corpo e o jeito de se mexer revelam sobre as pessoas observadas etc.

Pode solicitar que cada um converse com essas mesmas pessoas sobre as danças de que mais gostam, o que elas têm de especial, o que os movimentos revelam sobre as pessoas.

Pode-se extrapolar a discussão sobre o movimento convidando uma pessoa com algum tipo de restrição (um cadeirante, por exemplo, ou uma pessoa com algum tipo de necessidade especial) para que o grupo a entreviste sobre as dificuldades que ela porventura enfrente, como essas dificuldades são superadas, sua relação com o movimento e o próprio corpo. 

É possível pedir que os meninos e meninas falem sobre as coreografias que eles percebem em programas da tevê, jogos e práticas esportivas, refletindo sobre o seu significado: para que servem, como se realizam, o que acrescentam aos programas em que estão inseridas  etc.).

Pode também sugerir que pesquisem sobre a origem de danças que se dançam coletivamente, como as danças de roda, a quadrilha, o balé, as danças contemporâneas e tantas outras, e o significado que podem ter.

Gostou?
Consulte a oficina É proibido falar, que procura desenvolver habilidades complementares às da A dança coral
Vôlei em duplas

O que é?
Oficina que estimula a cooperação e o trabalho em equipe durante a prática de esportes coletivos.

Materiais
Esparadrapo ou fita adesiva hospitalar (se possível) ou fita adesiva comum; bola inflável de borracha ou plástico, maior e mais leve que a
utilizada normalmente na prática esportiva escolhida; rede de vôlei (ou algo que a substitua). 

Como desenvolver

Relembre ao grupo, se necessário, as regras do vôlei.

Divida o grupo em duplas, por sorteio ou negociação entre pares. Convoque os membros de cada dupla a se juntarem: eles deverão jogar de mãos dadas. É importante que, nesse momento de constituição das duplas, você ajude cada dupla a decidir quem jogará com a mão esquerda e quem jogará com a direita, porque as mãos unidas dos dois jogadores não podem ser utilizadas. Com essas duplas, constitua duas equipes que tomarão parte no jogo. É importante salientar que cada dupla deve ser contada como se fosse um só jogador, pois é assim que irá atuar.

Explique o funcionamento das duplas e estabeleça as regras dessa competição.

Uma das duas equipes sorteadas dá início ao jogo com o saque inicial. A outra equipe recebe a bola e precisa dar um passe interno antes de enviar a bola para o outro lado da rede. A equipe recebe a bola e deve dar dois passes internos antes de enviar a bola de volta para a equipe adversária. E assim por diante, aumentando o número de passes a cada recepção da bola.

Fará um ponto a equipe que conseguir chegar aos cinco passes internos. Perderá um ponto a equipe que deixar a bola cair antes de completar o número de passes internos da rodada. Perderá também um ponto a equipe em que alguma dupla tocar a bola com as mãos atadas. Quando qualquer uma dessas situações ocorrer, o jogo recomeça com um novo saque.

A primeira equipe que completar cinco pontos será declarada vencedora, e as duplas devem ser refeitas para compor as novas equipes, para novas rodadas.


Hora de avaliar

Para avaliar, verifique se as equipes foram capazes de dar os passes internos e externos. Isso porque deve haver colaboração interna (entre as duplas de cada equipe) e externa (entre uma equipe e outra), pois só há pontuação quando uma das equipes chegar a cinco passes internos. Assim, as duas equipes que disputam devem ter sido capazes de perceber que, mesmo quando há competição, devem trabalhar juntas, colaborativamente,  para atingir o objetivo. Com isso, você mede o grau de competitividade e de colaboração entre as equipes.

Ao longo da partida, as equipes devem ir percebendo que o jogo só prossegue quando elas forem capazes de equilibrar competição e colaboração. Senão, o jogo será sempre interrompido.

Ao final de cada rodada, você pode conversar com os jogadores, para que expliquem como se sentiram jogando “grudados” um no outro, o que foi difícil nessa situação e por quê, como a dupla teve de se organizar para conseguir realizar e receber os passes.


Se quiser, registre por escrito uma síntese das observações do grupo.

O que mais pode ser feito?
O jogo pode ter variações na forma de pontuar as equipes.

Além disso, você poderá propor essa estratégia do jogo em duplas para outros esportes coletivos, como basquete ou futebol. Lembre-se de que apenas as mãos das duplas devem ser unidas, pois, para esportes de velocidade (em que os jogadores correm pela quadra), cada membro da dupla deve poder movimentar livremente as pernas com segurança.

Outra estratégia possível é a formação de trios ou quartetos de jogadores, aumentando ainda mais o grau de dificuldade da estratégia.

Gostou?
Veja também a oficina: “A nova regra do jogo” que permitirá a você dar continuidade ao trabalho com a noção de cooperação coletiva. 
A nova regra do jogo


O que é?
Esta oficina propõe a prática de esportes coletivos tradicionais com a inserção de uma regra nova ou de uma dificuldade no jogo.  Pode ser desenvolvida com grupos pequenos ou grandes e com qualquer esporte coletivo jogado em equipes opostas. Para isso, realize os passos sugeridos a seguir.


Materiais
Acessórios necessários à prática do esporte escolhido (bola, rede, tacos, bastões etc.)
.

Como desenvolver

Organização do grupo em equipes

Para a organização inicial do grupo, promova um aquecimento a fim de preparar os meninos e meninas para a prática esportiva (veja como fazer isso na oficina “A dança coral”).

Estabelecimento das regras do jogo
Formando as equipes

Depois do aquecimento, você propõe que o grupo defina qual esporte jogar. Ou, se preferir, você mesmo define este esporte e comunica sua decisão ao grupo. Forme as equipes (times), com o número de jogadores necessários à prática do esporte escolhido (por exemplo: se o esporte é vôlei, cada equipe deve ter cinco jogadores no mínimo; se é futebol de salão, serão seis). Para formar as equipes, você pode fazer sorteio de nomes ou usar qualquer outra estratégia que considerar adequada. (Clique aqui e conheça uma estratégia divertida para formar equipes).
Faça, coletivamente, uma listagem das regras do esporte escolhido. Esse levantamento não precisa ser exaustivo. Limite-se ao que considerar suficiente para que o grupo retome os princípios e as principais regras do esporte que vai praticar.

Agora entra a principal regra do jogo: você anuncia ao grupo que, desta vez, além das regras convencionais, será preciso respeitar uma regra adicional – esta “nova” regra introduz uma variação sobre o esporte e não poderá, sob nenhuma hipótese, ser quebrada ou deixar de ser seguida.

O tipo de variação pode ser infinito. Alguns exemplos:

Com esportes de bola, será possível utilizar duas (ou mais) bolas para o jogo. Nesse caso, é possível que a bola suplementar tenha uma marcação especial (seja de outra cor) e que alguns jogadores escolhidos (dois ou três por equipe) sejam impedidos de tocar nessa bola especial, sob pena de perder pontos.

Ao praticar vôlei, uma variação poderá ser cobrir a rede com um pano escuro, lona ou sacos de plástico pretos, de forma que quem estiver de um lado não possa ver o outro. Assim, os jogadores de uma equipe não serão capazes de prever o movimento da outra e deverão estar muito mais atentos à bola. Isso os ajudará a desenvolver habilidades como ter reflexos mais rápidos e respostas mais dinâmicas.

Outra variação com vôlei pode ser aumentar a altura da rede. Ao lançar a bola para a outra equipe, esse lançamento exigirá maior potência, esforço ou concentração.

Ainda com vôlei, é possível esticar uma corda a um ou dois metros da rede. Neste caso, a bola não poderá tocar ou passar por sobre essa corda.

Com basquete pode-se acrescentar duas (ou mais) cestas suplementares, em pontos equidistantes da quadra, de modo que as equipes poderão pontuar lançando a bola nessas novas cestas. Pode-se estabelecer um escore maior para pontos marcados quando essas cestas suplementares são utilizadas.

Com futebol, será possível aumentar (ou diminuir) a largura das traves. Pode-se também suprimir o goleiro ou permitir que cada equipe jogue com dois goleiros. Ou então, impedir que o goleiro utilize as mãos para defender o gol. Pode-se inverter as traves, colocando-as no meio do campo em vez de nas laterais, o que exigirá do grupo novas estratégias de jogo para marcar gol.


Estabelecimento das regras de pontuação e andamento do jogo

Combine a forma da pontuação e o tempo de cada rodada de jogo. Você pode estabelecer um rodízio de equipes, colocá-las para jogar através de sorteio, deixar permanecer em jogo a equipe vencedora (ou a perdedora) etc. O importante será dosar o tempo de modo que todos possam jogar.

Esteja também atento ao respeito à nova regra combinada (ela é a regra mais importante), de modo que qualquer infração cometida contra ela tenha alguma punição preestabelecida (perder pontos, por exemplo).

Encerre o jogo conforme foi combinando.


Hora de avaliar
Converse com as equipes, ao final de uma rodada, para que cada um exponha como se sentiu diante da nova regra, se foi mais fácil (ou difícil) jogar com ela e por quê, quais estratégias ou táticas foi necessário que cada equipe criasse para resolver o jogo com a nova regra, entre outros comentários.

Se quiser, registre por escrito uma síntese desses comentários.
O que mais pode ser feito?
Essa mesma dinâmica de estabelecimento de uma nova regra ao jogo pode ser trabalhada em outros tipos de esportes, como os individuais.

Você pode aproveitar essa oficina para, ao final, discutir com o grupo que há coisas que aparentemente não podem ser modificadas (como as regras de um jogo) e, no entanto, basta estabelecer um combinado para que ela mude – é possível decidir quando e por que mudar. Você pode estender o alcance da discussão, propondo que o grupo levante pequenas mudanças que são possíveis em outros setores da vida: mudar os móveis de casa de lugar, a forma de preparar um comida, uma rotina doméstica ou escolar estabelecida, o corte de cabelo, a roupa que se usa, entre outros. Nessa discussão, será sempre importante ressaltar que qualquer mudança numa regra impõe novos compromissos e efeitos em nossas vidas (efeitos que podem ser bons ou não).

Outra possibilidade é comentar sobre a importância dos combinados iniciais em qualquer atividade coletiva que exija colaboração do grupo, seja de esporte ou não.


Gostou?
Veja também a oficina “A dança coral”, para formação de equipes de trabalho colaborativo.
É proibido falar!


O que é?
Jogo em que os participantes têm o desafio de se comunicar durante a prática esportiva sem usar palavras.
Para quem?
Crianças e jovens, a partir dos 11 anos. 

Materiais
Um apito; acessórios necessários à prática do esporte escolhido (por exemplo.: bola, rede, cordas, raquetes, etc.)
 Onde fazer?
Numa quadra ou espaço aberto onde seja possível a prática de atividades esportivas.
 Em quanto tempo?
Rodadas de aproximadamente 5 minutos. O tempo de que se dispuser determinará o número possível de rodadas.
 Para quê?
Estimular a cooperação e desenvolver atitudes de respeito e colaboração em atividades coletivas. Tomar consciência da importância da palavra para a comunicação.
 Como desenvolver
Combine com o grupo o esporte que se deseja jogar, escolhendo algum de prática habitual, cujas regras sejam conhecidas de todos. Isso é importante porque evitará a necessidade de se aprenderem as regras do esporte escolhido para a execução da oficina.
Divida o grupo em equipes, conforme o esporte escolhido. Por exemplo, no vôlei, cada equipe costuma ter seis jogadores. No futebol de campo, onze.
Anuncie a regra: “Durante o jogo, ninguém poderá falar nada. É proibido falar! Quem desobedecer à regra, sai do jogo. Prestem atenção uns aos outros e observem-se. Para comunicar algo, usem gestos, expressões corporais, sinais e mímica. Mas não vale falar”.
Sorteie as duas equipes que iniciam a primeira rodada. Estipule o tempo (5 minutos) e inicie a partida, seguindo as regras da modalidade escolhida.
Seja rigoroso(a): quando algum jogador falar algo, você apita imediatamente, paralisa o jogo e o retira da competição.
Quando o tempo da rodada terminar, você dá o apito final e encerra a partida. Será vencedora a equipe que terminar com o maior número de jogadores em campo, e não aquela que marcar mais pontos.  Essa equipe continua no jogo e terá direito a uma nova rodada com a próxima equipe sorteada. Todas as equipes formadas deverão jogar ao menos uma vez.
Se quiser, você poderá estipular um prêmio simbólico para a equipe vencedora e prêmios de consolação para as demais. Nesse caso, antes de dar início à primeira partida, anuncie que haverá premiações.
Se todos os jogadores de uma equipe tiverem de sair antes do final do tempo da rodada, a equipe adversária é declarada vencedora, mesmo que esteja em posição de desvantagem no placar.
Se ninguém for retirado das equipes em disputa, não há perdedores. Ambas as equipes devem ser declaradas vencedoras e permanecem na rodada seguinte.
Você poderá criar variações desse jogo, permitindo, por exemplo, que um único jogador use a palavra para se comunicar durante o jogo. Esse jogador poderá ser escolhido por sorteio, por exemplo. Ou então, você pode estipular que a equipe vencedora de duas rodadas seguidas passará a ter direito à palavra.

Hora de avaliar
Após o termino das rodadas, faça uma roda de conversa com todos os jogadores. Pergunte-lhes:
 
  • Foi difícil ficar sem falar durante o jogo? Por quê?
  • Existem situações em que é fácil ficar sem falar? Quais?
  • Quais recursos vocês utilizaram para se comunicar durante a partida?
  • O uso desses recursos deu certo? Justifique.
  • Ficar sem falar trouxe alguma vantagem ou desvantagem? Qual? 

Ouça os comentários de todos e analise com o grupo. Você deve verificar se todos os jogadores foram capazes de perceber a importância do trabalho colaborativo: quando se combina coletivamente suprimir alguma coisa em determinada situação, todo o grupo se empenha em encontrar substitutos para ela, quando ela é fundamental. É o caso da comunicação.
 
Por fim, peça que cada equipe se reúna e faça um comentário por escrito sobre o seu próprio desempenho durante as rodadas. Conceda 15 minutos para o grupo se reunir e concluir a atividade.

O que mais pode ser feito?
 
É importante que o uso da palavra seja percebido como o grande prêmio do jogo. Assim,  os jogadores vão aos poucos percebendo a importância de saber respeitar um ao outro, usando a palavra de forma coletivamente aceitável.

Encerrada a conversa, pode-se sugerir ao grupo pesquisar sobre situações de uso da palavra na nossa sociedade, a importância da comunicação, a origem das palavras e das línguas, a história da Torre de Babel, a linguagem dos surdos-mudos, etc.

Gostou? Veja também...
Procure neste banco a oficina A dança coral. Com ela você poderá ajudar o grupo a desenvolver, por meio da dança,  o senso de cooperação e trabalho em equipe.
Pode-se  solicitar que os grupos leiam e  dramatizem a crônica Comunicação, de Luís Fernando Veríssimo.
Futebol amarrado  

O que é?
Atividade de coordenação motora, realizada com restrição de movimentos de uma parte do corpo.
Para quem?
Crianças (a partir de 9 anos) e adolescentes.
Materiais
Um rolo de barbante, apito, bola de futebol de salão.
 Onde fazer?
Na quadra.
 Em quanto tempo?
Um encontro de aproximadamente 1h30min.
 Para quê?
Tomar consciência de que o organismo age como um todo, de forma integrada, mesmo em atividades que aparentemente requerem mais envolvimento de uma determinada parte do corpo. 
Como desenvolver
Sessão 1
Inicie uma conversa com o grupo perguntando quem alguma vez teve torcicolo por realizar um movimento brusco, quem torceu o pé ou mesmo quebrou um braço, num jogo de futebol ou em outras situações. Peça que contem como foi e o que aconteceu com os seus movimentos rotineiros. Houve algum tipo de impacto na forma de virar a cabeça, de comer, de andar?
Provavelmente falarão que encontraram dificuldades em realizar as pequenas atividades cotidianas e tiveram que compensar essas restrições com movimentos de outras partes do corpo. Às vezes até chutar uma bola, quando estamos com um braço enfaixado, fica mais difícil porque nos desequilibramos. Problematize: por que será que isso acontece, mesmo quando o membro afetado aparentemente não tem nada a ver com o outro?
Proponha que realizem uma atividade vivenciando essa condição: o futebol amarrado.
Divida a turma em duas ou três equipes, dependendo do número de participantes. Em cada equipe, todos serão jogadores, exceto um, que será o goleiro (a). Com a ajuda dos colegas e de você, educador, cada um amarrará os punhos com um pedaço de barbante, deixando aproximadamente 15 cm entre as mãos. Os goleiros amarrarão os tornozelos, deixando uma folga de aproximadamente 30 cm.
Inicie uma conversa com o grupo perguntando quem alguma vez teve torcicolo por realizar um movimento brusco, quem torceu o pé ou mesmo quebrou um braço, num jogo de futebol ou em outras situações. Peça que contem como foi e o que aconteceu com os seus movimentos rotineiros. Houve algum tipo de impacto na forma de virar a cabeça, de comer, de andar?
Provavelmente falarão que encontraram dificuldades em realizar as pequenas atividades cotidianas e tiveram que compensar essas restrições com movimentos de outras partes do corpo. Às vezes até chutar uma bola, quando estamos com um braço enfaixado, fica mais difícil porque nos desequilibramos. Problematize: por que será que isso acontece, mesmo quando o membro afetado aparentemente não tem nada a ver com o outro?
Proponha que realizem uma atividade vivenciando essa condição: o futebol amarrado.
Divida a turma em duas ou três equipes, dependendo do número de participantes. Em cada equipe, todos serão jogadores, exceto um, que será o goleiro (a). Com a ajuda dos colegas e de você, educador, cada um amarrará os punhos com um pedaço de barbante, deixando aproximadamente 15 cm entre as mãos. Os goleiros amarrarão os tornozelos, deixando uma folga de aproximadamente 30 cm.
As regras são as do futsal, podendo ser adaptadas para o espaço disponível na instituição.
Converse com eles sobre os cuidados que devem ter com os colegas para não perderem o equilíbrio.

E se?
Se algum jogador se prevalecer
dessa situação mais frágil para
empurrar o colega, pare o jogo
e o advirta. Se alguém cair, por
    falta de equilíbrio, também apite,  
interrompendo a partida até que
o jogador se levante.               
Se forem três equipes, cada uma joga por três minutos, revezando-se. A equipe A joga com a equipe B, enquanto a C assiste; em seguida, a equipe C entra no lugar da equipe A, que passa a ser espectadora e depois entra no lugar da equipe B e assim por diante.

Após duas rodadas, promova uma variação do jogo para desmanchar aquelas equipes e formar outras novas. Assim, numere os participantes das três equipes. Começam jogando, de novo, as equipes A e B e a equipe C assiste. Na hora de trocar, após os três minutos combinados, ao invés de se trocar a equipe A inteira pela equipe C, que estava aguardando, trocam-se alguns jogadores. Assim, os números pares da equipe C, substituem os jogadores pares de A e os números ímpares da equipe C entram no lugar dos jogadores ímpares da equipe B. Os jogadores que saem das duas equipes ficam como espectadores. E assim, continua o jogo, até se cansarem.

Obs. Todos os links desta oficina foram testados no dia 25 de março de 2013.


Hora de avaliar

Sentados em roda, conversem sobre como foi o processo de jogar “amarrado”. Em que medida a restrição dos braços, amarrados pelos punhos, dificultou as jogadas? E os goleiros, que defendem o gol do seu time com as mãos, impedindo que a bola adversária entre na rede, em que medida os pés amarrados influenciaram sua tarefa habitual?
Ajude-os a entender que sempre que há uma parte do corpo imobilizada ou com movimentos reduzidos, todo o corpo tem que se readaptar, aprendendo novas formas de se movimentar para dar conta das atividades habituais.
Estenda a problemática para a condição dos deficientes físicos. Eles são impossibilitados de jogar futebol por não terem o movimento das pernas? Observe que, dependendo da deficiência, eles podem ser perfeitamente incluídos nos jogos dos colegas sem deficiência.
O que mais pode ser feito?

Uma campanha na ONG/escola com a participação dos eventuais deficientes e a ajuda de professores de Educação Física, explicando aos colegas da instituição que eles podem perfeitamente participar das atividades esportivas e dos jogos promovidos na comunidade. Poderão, ainda, convidar atletas cadeirantes, por exemplo, para dar seu depoimento ao grupo a respeito de sua trajetória: o que foi difícil, o que foi mais gratificante, como é seu dia a dia. Iniciativas como essa aproximam e quebram preconceitos.


Fonte de referência

VIEIRA, Adriano; JORGE, Laércio de Moura. Movimento é vida: Ensinar e Aprender - Educação Física - Ensino Fundamental Ciclo II. São Paulo: Cenpec, 2007.
Movimentando-se no escuro

O que é?
Exercício de atenção, concentração e de colaboração.


Para quem?
Crianças (a partir de 9 anos) e adolescentes. 

Materiais
Duas bolas de borracha de tamanho médio, uma corda de dois metros para ser estendida no chão, dois bancos suecos (ou parecidos), uma pequena escada, de dois ou três degraus, um apito.

Onde fazer?
Na quadra.

Em quanto tempo?
Um encontro de aproximadamente 1h30.

Para quê?
Aprender a lidar com situações que nos impõem limites físicos; desenvolver atitudes solidárias.


Expectativas de aprendizagem
Desenvolver a concentração; aprender a explorar os vários sentidos para captar sinais de perigo no ambiente; aprender a comunicar, com precisão, o que o outro precisa fazer para não correr riscos.

Como desenvolver
Na conversa inicial, anuncie que nesta oficina irão desenvolver um circuito de atividades, com quatro estações e, portanto, com quatro modalidades de exercícios. Após conhecerem bem o que se espera que façam em cada uma delas, irão fazer as mesmas atividades, só que de olhos vendados. Por isso, é preciso que prestem bastante atenção ao que existe em cada ponto do circuito e concentrem-se em como desenvolver a atividade nele solicitada.
Distribua os materiais pelos quatro cantos da quadra, formando as quatro estações do circuito: a primeira, com as bolas; a segunda, com a corda estendida; a terceira, com o banco sueco e a última, com a escadinha.
Organize as crianças e os adolescentes, também em quatro grupos. Cada grupo iniciará a atividade por uma estação do circuito.
Explique que na estação das bolas, em fila, eles passarão as bolas, de um para outro, por cima da cabeça, sem deixar cair; na estação da corda estendida e na do banco, andarão sobre eles e na da escadinha, subirão e descerão os três degraus. Repetirão os mesmos movimentos até que você dê ordem para mudar.
A um apito seu, após aproximadamente dois a três minutos, os grupos trocarão as estações, no sentido horário. Após alguns minutos, apite novamente, para outra troca. E, assim sucessivamente, até que todos os grupos tenham passado três vezes pelas quatro estações.
Depois que exercitaram bem o que lhes foi solicitado em cada estação, organize-os em duplas. Um deles terá os olhos vendados e o outro será o seu condutor pelas estações, cuidando para dar as informações necessárias para o deslocamento entre as estações e a realização dos exercícios, tanto em relação aos próprios materiais, como em relação aos demais colegas, que estão participando da mesma atividade, naquela estação.

Hora de avaliar
Terminada a atividades no circuito, em roda, eles conversarão sobre a atividade, tendo como foco, os dois papéis desempenhados, ora sendo condutor, ora sendo conduzido. O que foi mais fácil em cada situação? E o que foi mais difícil? Que sentimentos despertou o ter cuidado com o outro? E ser cuidado?

Aproveite a oportunidade para discutir a situação do deficiente visual. Como ele consegue manter sua autonomia de ir e vir, de conviver com as demais pessoas? Que sentidos compensam a visão reduzida ou a cegueira? Ele estaria impedido de fazer atividade física? O que nós podemos fazer para ajudá-los a manter sua autonomia?
O que mais pode ser feito?
Um contato com alguma associação de deficientes visuais para se fazer uma visita e interagir com eles, conhecendo um pouco mais de perto as aprendizagens que desenvolveram para se movimentar no dia a dia das cidades. Nesse caso pode ser programado também, em conjunto com os professores de Português e História, um debate sobre as questões do deficiente na sociedade atual. Esse debate pode ser precedido por um levantamento feito no bairro, para que conheçam o número de deficientes visuais, como eles vivem, que apoio recebem, que legislação os ampara etc.

É interessante também pesquisar a participação de atletas brasileiros deficientes visuais nas Paraolimpíadas.


Para saber mais


A atividade física, nas situações educacionais, não tem como objetivo estimular a competição, nem os melhores resultados. Ela tem como finalidade contribuir para o desenvolvimento saudável do organismo, para se aprender a tomar decisões e para a formação do espírito de equipe.

Assim, ao fazer atividade física, várias questões precisam ser consideradas. Uma delas é entender como nosso organismo funciona e de que ele precisa para interagir bem no meio ambiente e se manter saudável, outra, é desenvolver atitudes colaborativas com os demais participantes.

Uma atividade desenvolve a cooperação quando duas pessoas ou mais unem seus esforços para realizar um objetivo comum. Implica a interdependência dos participantes que, em conjunto, buscam um objetivo concreto, e nessa busca, obtém o prazer de fazer junto, de partilhar. Compreende a comunicação, a confiança e a solidariedade entre os participantes.
Aprender a ser solidário é um valor que deve impregnar todas as atividades educativas, curriculares ou não, num projeto de sociedade em que todos cabem.


Gostou?
Acesse a oficina Futebol amarrado, deste banco.


Fontes de referências
Livro

Fortin, Christine. 100 jogos cooperativos: eu coopero, eu me divirto. São Paulo: Ground, 2011.il.

Site

Prefeitura Municipal de Santos- Estância Balneária. Secretaria de Educação- Departamento Pedagógico. Educação Física. Jogos de Quadra. Disponível aqui.
Movimento e Dança


O que é?

Atividade de adequação do repertório motor a uma demanda de interação social.


Para quem?

Adolescentes e jovens. 


Em quanto tempo?
Um encontro de aproximadamente 1h30min.


Onde fazer?
Em qualquer espaço livre.

Material

 Aparelho de som e CD com gravações de músicas de ritmos variados: rock, samba, forró, dança de rua, valsa, música clássica, salsa etc., terminando com uma ciranda, máquina fotográfica ou filmadora.
Para quê?
Entender que todo movimento pode se constituir em dança e que, para participar de uma manifestação cultural como essa, é preciso adequar os movimentos do nosso repertório motor aos significados expressos nessa manifestação, que são socialmente construídos.


Expectativa de aprendizagem

Desenvolver a habilidade de organizar os próprios movimentos, de forma a poder interagir com os outros e participar adequadamente de diferentes situações sociais; vislumbrar a dança como linguagem artística pertinente às sociedades humanas. 

Como desenvolver
Converse com os adolescentes e jovens sobre sua experiência com a dança: se gostam de dançar ou não, onde dançam, com que frequência, quando começaram a dançar e com quem aprenderam.  Pergunte quem já assistiu a um espetáculo de dança. Onde? Já foram a um teatro ou a outro espaço cultural para ver algum grupo dançar?
E se?

Se algum adolescente ou jovem se recusar a participar, não insista. Peça para ajudar você a fotografar ou filmar o exercício. No decorrer do mesmo, convide-o novamente. Pode ser que, observando os colegas dançarem, sem seguir os padrões convencionais, anime-se e resolva entrar no grupo.















Problematize com eles as razões pelas quais algumas pessoas dançam e outras não. Deixe que expressem suas hipóteses e registre as razões que apontam, em dois cartazes, um para as razões que levam as pessoas a dançar e outro para as razões que levam as pessoas a não dançar.
Convide-os então a experimentarem um exercício de dança, no qual cada um realizará os movimentos que quiser, da forma que quiser, para acompanhar os diferentes ritmos que serão tocados ao longo do exercício.
Oriente-os a se espalharem o máximo possível pelo espaço disponível para poderem se movimentar, sozinhos, à vontade, e anuncie que, durante a dança, você fará algumas paradas e dará algumas comandas para seguirem. Anuncie ainda que registrará os movimentos do grupo, por meio de fotos e filmagem.
Comece a atividade, colocando um determinado ritmo (valsa, rock, salsa, tango, samba, forró, por certo tempo. Cada um fará os movimentos que quiser, tentando acompanhar o ritmo tocado.  
Aos poucos, dê algumas comandas para que:
 façam movimentos, em duplas, no ritmo da música que está tocando;
 formem grupos de três, sendo que cada componente do grupo criará um movimento e o grupo fará uma coreografia utilizando esses três movimentos;
 formem depois, da mesma forma, grupos de quatro  e de cinco.
A seguir, mude o ritmo da música e repita as diferentes comandas, e assim sucessivamente até que tenham vivenciado as várias possibilidades:de dançar sozinho, em duplas e em grupos maiores.
Termine o exercício tocando uma ciranda, com todos participando numa grande roda.

Hora de avaliar
Terminada a ciranda, os adolescentes e jovens, sentados em roda, conversarão sobre o exercício feito. Pergunte se foi prazeroso, agradável; se reconhecem os ritmos com os quais se movimentaram; quais as capacidades físicas e motoras que foram mais solicitadas e o que isso exigiu de seus repertórios motores; se além da música, alguma outra coisa interferiu nos movimentos quando dançaram individualmente, em duplas, trios etc.; se alguém do grupo usou movimentos padronizados convencionais e, se isso aconteceu, como se sentiram os que não sabiam usar esses passos.
Retomem os cartazes do início da oficina e verifiquem se há semelhanças entre o conteúdo que está em discussão na roda e as razões apontadas nos cartazes que levam ou não as pessoas a dançarem. Questione o que poderia ser feito para que todos pudessem usufruir do prazer da dança, sem ficarem constrangidos.


O que mais pode ser feito?
Vocês podem organizar:
 Um ciclo de projeções de vídeos de manifestações culturais brasileiras que incluam danças típicas para analisar os movimentos utilizados nas diferentes coreografias: são movimentos diferentes ou “arranjos” diferentes dos mesmos movimentos? Desde quando a humanidade dança?

 Projeção de um vídeo de dança clássica para analisarem os movimentos e ampliarem o repertório.

 Uma tarde de dança na instituição, envolvendo as diversas turmas; para que todos participem e ninguém fique de fora, combinem de alguns jovens “puxarem” as pessoas para dançar, com movimentos fáceis e coletivos. Afinal, quem já deixou de entrar num trenzinho de carnaval?

 Investigar que espetáculos de dança ocorrem na sua cidade e/ou bairro e organizar saídas para assistir a um deles, ampliando a sua visão de dança e o seu repertório cultural.
Gostou?

Veja a oficina "A dança coral" deste banco.
Para saber mais
Cada ser humano tem um repertório motor único que corresponde a seu histórico de vida, podendo ou não incluir determinadas ações como a dança. Muitos movimentos corporais são culturalmente determinados. Assim, no caso da nossa cultura ocidental, podemos dançar para interagir com os outros, partilhando nossos sentimentos e afetos; para desenvolver ou aprimorar determinadas capacidades físicas, para expressar esteticamente sentimentos ou ideias ou simplesmente para ter a sensação prazerosa de se movimentar num ritmo musical.
A padronização de movimentos na dança ocorre em contextos muito definidos. É o que acontece nas danças rituais, nas quais cada movimento é carregado de significados específicos, como nas afro-brasileiras ou nas indígenas; nas danças convencionais, chamadas danças de salão, em que os movimentos básicos foram socialmente definidos e padronizados e nas danças artísticas, que se utilizam de coreografias.

Obviamente, dependendo do nosso histórico sociocultural e econômico, podemos
 enfrentar dificuldades ao dançar, principalmente quando seguimos modelos e padrões de movimentos convencionais. Na dança, quanto maior a necessidade de representação pelo movimento, maior será a exigência do repertório motor e da
capacidade de coordenação do sujeito. Mas, todo movimento pode se constituir em dança e, em consequência, todos podem dançar.

Na dança livre, cada um se movimenta segundo seu próprio
 sentimento e ritmo, utilizando os movimentos que tem disponíveis no seu repertório motor. Por isso, ela deve ser estimulada nas situações de aprendizagem oferecidas às crianças e aos adolescentes, que podem, a partir de movimentos livres, criar suas próprias coreografias, não deixando ninguém de fora, sem participar.

A dança, no contexto educacional brasileiro, constitui conteúdo curricular da disciplina de Arte e de Educação Física, cujo ensino não tem o objetivo de formar atletas ou dançarinos. O objetivo dessas disciplinas é o de utilizar a dança como atividade e linguagem artística, como forma de expressão e de socialização, de desenvolvimento bio-fisiológico e de condicionamento físico, visando o bem estar, a saúde e a interação social das crianças e dos adolescentes.

Fonte de Referência:

VIEIRA, Adriano; JORGE, Laércio de Moura. Movimento é vida: Ensinar e Aprender - Educação Física - Ensino Fundamental Ciclo II. São Paulo: Cenpec, 2007.

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