domingo, 5 de novembro de 2017

Textos curtos de lingua portuguesa

D10 - Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.


1_ Leia o texto abaixo:
As enchentes de minha infância
Sim, nossa casa era muito bonita, verde, com uma tamareira junto à varanda, mas eu invejava os
que moravam do outro lado da rua, onde as casas dão fundos para o rio. Como a casa dos Martins,
como a casa dos Leão, que depois foi dos Medeiros, depois de nossa tia, casa com varanda fresquinha
dando para o rio.
Quando começavam as chuvas a gente ia toda manhã lá no quintal deles ver até onde chegara a
enchente. As águas barrentas subiam primeiro até a altura da cerca dos fundos, depois às bananeiras,
vinham subindo o quintal, entravam pelo porão. Mais de uma vez, no meio da noite, o volume do rio
cresceu tanto que a família defronte teve medo.
Então vinham todos dormir em nossa casa. Isso para nós era uma festa, aquela faina de arrumar
camas nas salas, aquela intimidade improvisada e alegre. Parecia que as pessoas ficavam todas
contentes, riam muito; como se fazia café e se tomava café tarde da noite! E às vezes o rio atravessava
a rua, entrava pelo nosso porão, e me lembro que nós, os meninos, torcíamos para ele subir mais e
mais. Sim, éramos a favor da enchente, ficávamos tristes de manhãzinha quando, mal saltando da
cama, íamos correndo para ver que o rio baixara um palmo – aquilo era uma traição, uma fraqueza do
Itapemirim. Às vezes chegava alguém a cavalo, dizia que lá, para cima do Castelo, tinha caído chuva
muita, anunciava águas nas cabeceiras, então dormíamos sonhando que a enchente ia outra vez
crescer, queríamos sempre que aquela fosse a maior de todas as enchentes.
BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. 3. ed.Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1962. p. 157.

A expressão que revela uma opinião sobre o fato “... vinham todos dormir em nossa casa” (ℓ. 10), é
(A) “Às vezes chegava alguém a cavalo...”
(B) “E às vezes o rio atravessava a rua...”
(C) “e se tomava café tarde da noite!”
(D) “Isso para nós era uma festa...”


2_ Leia o texto para responder a questão abaixo:
No mundo dos sinais
Sob o sol de fogo, os mandacarus se erguem, cheios de espinhos. Mulungus e aroeiras expõem
seus galhos queimados e retorcidos, sem folhas, sem flores, sem frutos.
Sinais de seca brava, terrível!
Clareia o dia. O boiadeiro toca o berrante, chamando os companheiros e o gado.
Toque de saída. Toque de estrada. Lá vão eles, deixando no estradão as marcas de sua
passagem. TV Cultura, Jornal do Telecurso.
A opinião do autor em relação ao fato comentado está em
(A) “os mandacarus se erguem”
(B) “aroeiras expõem seus galhos”
(C) “Sinais de seca brava, terrível!!”
(D) “Toque de saída. Toque de entrada”.
Sempre gostei muito de livros e, além dos livros escolares, li os de histórias infantis, e os de
adultos: mas estes não me pareciam tão interessantes, a não ser, talvez, Os Três Mosqueteiros, numa
edição monumental, muito ilustrada, que fora do meu avô. Aquilo era uma história que não acabava
nunca; e acho que esse era o seu principal encanto para mim. Descobri o dicionário, uma das invenções mais simples e formidáveis e também achei que era um livro maravilhoso, por muitas razões.
(...) quando eu ainda não sabia ler, brincava com os livros e imaginava-os cheios de vozes, contando o mundo.
MEIRELES, Cecília. Obra Poética. Rio de janeiro: Aguillar, 1997.

3_O trecho em que se identifica a opinião da autora é
(A) “Sempre gostei muito de livros...”
(B) “(...) além dos livros escolares, li os de histórias infantis, (...)”
(C) ”(...) achei que era um livro maravilhoso, (...)”
(D) “quando eu ainda não sabia ler, brincava com os livros (...)”


4_ Leia o texto para responder a questão abaixo:

Cidadania, direito de ter direitos
Cidadania é o direito de ter uma ideia e poder expressá-la. É poder votar em quem quiser sem constrangimento. [...] Há detalhes que parecem insignificantes, mas revelam estágios de cidadania: respeitar o sinal vermelho no trânsito, não jogar papel na rua, não destruir telefones públicos. Por trás desse comportamento está o respeito à coisa pública. [...] Foi uma conquista dura. Muita gente lutou e morreu para que tivéssemos o direito de votar.
DIMENSTEIN, Gilberto. O Cidadão de papel. São Paulo: Ed. Ática, 1998.

O trecho que indica uma opinião em relação à cidadania é
(A) ...“é o direito de ter uma idéia e poder expressá-la...”.
(B) ...“É poder votar em quem quiser...”.
(C) ...“revelam estágios de cidadania:...”
(D) ... “Foi uma conquista dura.”


5_ Leia o texto para responder a questão abaixo:
Há saída para os jovens
O Brasil tem hoje um grande exército de jovens na faixa etária de 15 a 24 anos aguardando uma possibilidade de apresentar ao mercado de trabalho o seu potencial. O maior drama deste exército juvenil é a ausência de vagas oferecidas àqueles que procuram o seu primeiro emprego. [...]
Além disso, parte das vagas oferecidas aos jovens são ocupadas por adultos, já que o desemprego também afeta gravemente os chefes de família, que desesperados, aceitam qualquer coisa. [...]
Apesar de tudo [...], há saídas para os jovens [...]. Por não haver alternativas individuais para todos, apenas para alguns, o país precisa de um projeto nacional de desenvolvimento que viabilize o crescimento econômico em mais de 5,5% ao ano e por toda uma década.
Fonte: http://www.estudeonline.net/revisao_
detalhe.aspx?cod=259

O trecho do texto que revela uma opinião é
(A) “[...] o país precisa de um projeto nacional de desenvolvimento[...]”
(B) “[...] parte das vagas oferecidas aos jovens são ocupadas por adultos [...]”
(C) “O Brasil tem hoje um grande exército de jovens [...]
(D) “[...] o desemprego também afeta gravemente os chefes de família [...]”


6_ Leia o texto abaixo e responda. A bola O pai deu uma bola de presente ao filho. Lembrando o prazer que sentira ao ganhar a sua primeira bola do pai. (...)
O garoto agradeceu, desembrulhou a bola e disse “Legal!”. Ou o que os garotos dizem hoje em dia quando gostam do presente ou não querem magoar o velho. Depois começou a girar a bola, à procura de alguma coisa. — Como é que liga? – perguntou. — Como, como é que liga? Não se liga. O garoto procurou dentro do papel de embrulho. — Não tem manual de instrução? O pai começou a desanimar e a pensar que os tempos são outros. Que os tempos são decididamente outros. — Não precisa manual de instrução. — O que é que ela faz? — Ela não faz nada. Você é que faz coisas com ela. — O quê? — Controla, chuta... — Ah, então é uma bola. — Claro que é uma bola. — Uma bola, bola. Uma bola mesmo. — Você pensou que fosse o quê? — Nada não... (Luis Fernando Veríssimo – Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001,pp. 41-42.) O fato incomum, no texto, aparece quando o menino (A) começou a girar a bola, à procura de alguma coisa. (B) demonstrou o que sabia fazer com uma bola. (C) concluiu que era mesmo uma bola. (D) não pensou nada em relação ao que era o presente.

7_ Leia o texto abaixo.
CAPA
A inspiradora reportagem sobre as crises de idade nos leva a muitas reflexões, mas acredito que a mais importante delas diz respeito à estrutura de personalidade que cada um desenvolve. É consenso, entre pessoas maduras e bem estruturadas emocionalmente, que vivemos a vida de acordo com nossa base psicológica. Por isso, é importante que, da infância até o início da vida adulta, saibamos estruturar o arcabouço daquilo que seremos. Quem tem um bom alicerce, enfrentará seguramente qualquer tipo de problema. Reinvente-se a cada idade. (José Elias)
Alex Neto, Foz do Iguaçu – PR
A palavra que marca a opinião do leitor em relação à reportagem é:
A) Consenso.
B) Importante.
C) Inspiradora.
D) Seguramente. 8_ Leia o texto abaixo e responda.
População mundial a caminho do empate
[...] Muito em breve – provavelmente ainda nos próximos anos –, a metade da humanidade terá apenas filhos suficientes para repor o seu tamanho. Isto é, grande parte dos casais terá entre dois e três filhos, no máximo, o que permitirá apenas a reposição e não o crescimento da população do mundo daquele momento. Traduzindo em linguagem demográfica, a taxa de fertilidade da metade do mundo será de 2,1 ou menos. [...]
Segundo a ONU, 2,9 bilhões de pessoas, quase a metade do total mundial de 6,5 bilhões, vivem em países com 2,1 ou menos de taxa de fertilidade. Para o início da década de 2010, a população mundial está estimada em 7 bilhões e a quantidade de pessoas com esta taxa de fertilidade será de 3,4 bilhões.
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A queda da taxa de fertilidade, em nível de reposição, significa uma das mais radicais mudanças na história da humanidade. Isso tem implicações na estrutura e na vida familiar, mudando o cotidiano das pessoas, mas também em relação às políticas públicas em níveis global e local, a serem implementadas pelos diferentes países ou sugeridas por instituições como a ONU.
FRANCESCONE, Léa; SANTOS, Regina Célia Bega dos. Carta na escola. fevereiro de 2010. Fragmento.
A opinião dos autores desse texto se manifesta em:
A) “... a metade da humanidade terá apenas filhos suficientes para repor o seu tamanho.”. (ℓ. 2-3)
B) “... grande parte dos casais terá entre dois e três filhos, no máximo, o que permitirá apenas a reposição...”. (ℓ. 4-5)
C) “... quase a metade do total mundial de 6,5 bilhões, vivem em países com 2,1 ou menos de taxa de fertilidade.”. (ℓ. 12-13)
D) “A queda da taxa de fertilidade, em nível de reposição, significa uma das mais radicais mudanças na história da humanidade.”. (ℓ. 18-19) 9_ Leia o texto abaixo.
As duas mãos
Quando começaram a surgir foram como duas pequenas folhas de cactos. Uma em cada punho. Levei tempos até descobrir que eram duas mãos que nasciam. Permaneci dias e dias observando o crescimento das duas mãos extras. Podia movimentá-las à vontade.
Eram delicadas como de crianças e, no início, machucavam-se com facilidade. Batiam nas portas quando eu utilizava as mais velhas para girar chaves e maçanetas. Feriam-se nas paredes, nas torneiras e nas gavetas. Algumas vezes levei pancadas no queixo quando me distraí ao comer. Mas essa fase passou e veio o reflexo que me fazia acrescentar espaço para elas.
Com o tempo tornaram-se fortes e hábeis como suas irmãs mais antigas. Mas não prestaram serviços. Permaneceram inúteis à espera de uma oportunidade que não veio.
Um dia fui a um hospital e operei minhas mãos novas.
Hoje sou novamente um homem de duas mãos, e, no entanto, quando olho os punhos, sinto-me aleijado.
FRANÇA JÚNIOR, O. As laranjas iguais. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1996, p. 85.
O trecho desse texto que expressa uma opinião é:
A) “Quando começaram a surgir foram como duas pequenas folhas de cactos.”. (ℓ. 1)
B) “Levei tempos até descobrir que eram duas mãos que nasciam.”. (ℓ. 3)
C) “Eram delicadas como de crianças e, no início, machucavam-se com facilidade.”. (ℓ. 7) D) “Hoje sou novamente um homem de duas mãos,...”. (ℓ. 21) 10_ Leia o texto abaixo e responda.
EDUCAÇÃO DE HOJE ADIA O FIM DA ADOLESCÊNCIA
Há pouco tempo recebi uma mensagem que me provocou uma boa reflexão. O interessante é que não foi o conteúdo dela que fisgou minha atenção, e sim sua primeira linha, em que os remetentes se identificavam. Para ser clara, vou reproduzi-la: “Somos dois adolescentes, com 21 e 23 anos...”.
Minha primeira reação foi sorrir: agora, os jovens acreditam que a adolescência se estende até, pelo menos, aos 23 anos?! Mas, em seguida, eu me dei conta do mais importante dessa história: que a criança pode ser criança quando é tratada como tal, e o mesmo acontece com o adolescente. Os dois jovens adultos se veem como adolescentes, porque, de alguma maneira, contribuímos para tanto.
A adolescência tinha época certa para começar até um tempo atrás, ou seja, com a puberdade, época das grandes mudanças físicas. E terminar também: era quando o adolescente, finalmente, assumia total responsabilidade sobre sua vida e tornava-se adulto. Agora, as crianças já começam a se comportar e a se sentir como adolescentes muito tempo antes da puberdade se manifestar e, pelo jeito, continuam se comportando e vivendo assim por muito mais tempo. Qual é a parcela de responsabilidade dos adultos e educadores?
Fonte: Disponível em: http://www.santanna.g12.br/professores/ana_paula_port/atividade_reforco_lp_9anos.pdf. Acesso em: 30 mai 2012. Adaptado. A opinião da autora em relação ao fato de que a educação de hoje adia o fim da adolescência é que
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A) os adultos contribuem para que isso aconteça.
B) a adolescência é uma fase que vai até 23 anos.
C) os adolescentes têm muitas responsabilidades.
D) os adultos devem ensinar a criança a se calçar sozinha. 11_ Leia o texto abaixo e responda.
Trindade terá sistema híbrido
Dependendo das condições climáticas, a energia eólica é muito indicada para regiões de acesso restrito, e, por isso, com menores demandas – como as ilhas. Seguindo esta linha, o CEPEL, juntamente com a Eletrobrás e a Marinha do Brasil, desenvolvem, desde 2005, projeto de instalação de fontes alternativas na ilha de Trindade, no litoral do Espírito Santo.
A ideia é implantar um sistema híbrido de energia solar e eólica com capacidade para gerar 120kW, o suficiente para reduzir de 60 mil para 2 mil litros o consumo anual de óleo diesel na ilha, que atualmente é atendida por geradores movidos a óleo.
– Localizada a 1.200 quilômetros da costa brasileira, a Ilha de Trindade é estratégica para garantir a extensão territorial do país, e por isso é ocupada pela Marinha. Mas, para que tenha energia, precisa ser alimenta por óleo diesel, que, de dois em dois meses, chega transportado por barcos, em viagem que dura cerca de quatro dias. Daí a grande importância desse projeto – exemplifica Ricardo Dutra, pesquisador do Cepel.
Jornal do Brasil. 27 jul. 2007.
Uma opinião emitida por Ricardo Dutra é:
A) o óleo diesel é levado em barcos para Trindade.
B) o projeto é de grande importância para Trindade.
C) a ilha de Trindade precisa ser alimentada por óleo diesel.
D) a ilha de Trindade fica a 1.200 quilômetros da costa.
12_ Leia o texto abaixo.
Desbravando o velho Chico
Conhecido carinhosamente por nordestinos e mineiros como “Velho Chico”, o rio São Francisco passa por cinco Estados e para todos eles tem um valor especial.
Não só pela sua água, que abastece populações ao longo de seus 2700 km, mas também pelas implicações históricas. Descoberto em 1501 pelo navegador Américo Vespúcio, ele serviu de caminho para os bandeirantes e é parte fundamental da cultura e das tradições de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas.
Agora, o rio está ganhando um projeto de recuperação de suas águas – afetadas pelo esgoto não tratado de 95% dos 504 municípios que cruza. O projeto do Ministério do Meio Ambiente deve empregar um bilhão de reais em dez anos de obras. Os cuidados podem estimular a Unesco a aceitar o pedido feito por organizações brasileiras e fazer com que o rio seja declarado patrimônio da humanidade. A campanha é obra do jornalista Américo Antunes, que está levando à frente uma expedição de 35 dias pelo rio, iniciada no dia 10 de outubro. A ideia é catalogar 56 pontos de interesse histórico ou cultural, de cavernas com desenhos rupestres a igrejas e centros de peregrinação religiosa. Um merecido presente de aniversário ao “Velho Chico” rio.
Revista Galileu, n. 124, nov. 2001, p. 14. *Adaptado: Reforma Ortigráfica.
Na segunda parte do texto, uma opinião é expressa em
A) “o rio São Francisco passa por cinco Estados”.
B) “ele serviu de caminho para os bandeirantes”.
C) “o rio está ganhando um projeto de recuperação”.
D) “Um merecido presente de aniversário ao ‘Velho Chico’ rio.”.
13_ Leia o texto e responda.
CURIOSIDADES PELO MUNDO
Sabia que no Egito é uma tremenda falta de educação mostrar a sola dos pés, enquanto que encher uma xícara de chá até transbordar é um gesto superelegante.
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Já na Áustria bater em uma mesa com os punhos fechados, significa boa sorte (com certeza a mesa não teve sorte).
No Japão, levantar o polegar quer dizer namorado, e levantar o dedo mindinho quer dizer namorada. Ah! Essa é superimportante, para o caso de você algum dia ir para Bulgária. É que lá, ao contrário daqui, balançar a cabeça para os lados significa “Sim”, e balançar para cima e para baixo significa “Não”. Bom, para terminar, se algum dia você estiver na Itália, saiba que levar uma garrafa de vinho em um jantar que você foi convidado é um grande insulto. E esperar todos se sentarem à mesa para começar a comer é uma falta de consideração com o alimento.
Com essas dicas, aposto que se algum dia você viajar para alguns desses países não irá pagar tanto mico, se bem que é uma delícia pagar micos em viagens para depois contar para os amigos, e fazer a viagem valer a pena.
NEVES, Ana Paula. Disponível em: <http://www.pequenoartista.com.br/pa/bocao/jornal1.aspx> *Adaptado: Reforma Ortográfica.
A frase que expressa uma opinião é:
A) “Já na Áustria bater em uma mesa com os punhos fechados significa boa sorte...”.
B) “...esperar todos se sentarem à mesa para começar a comer é falta de consideração com o alimento.”.
C) “...se bem que é uma delícia pagar micos em viagens para depois contar para os amigos,...”.
D) “No Japão, levantar o polegar quer dizer namorado, e levantar o dedo mindinho quer dizer namorada.”. 14_ Leia o texto abaixo.
Iracema
Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema.
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira.
O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado.
Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu, onde campeava sua guerreira tribo, da grande nação tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas.
Um dia, ao pino do sol, ela repousava em um claro da floresta. Banhava-lhe o corpo a sombra da oiticica, mais fresca do que o orvalho da noite. [...]
ALENCAR, José de. Iracema. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br> Acesso em: 29 jul. 2009. Fragmento.
O trecho desse texto que apresenta uma opinião sobre Iracema é:
A) “... além daquela serra [...] nasceu Iracema.”. ( . 1)
B) “O favo da jati não era doce como seu sorriso;...”. ( . 4)
C) “... ela repousava em um claro da floresta.”. ( . 9)
D) “Banhava-lhe o corpo a sombra da oiticica,...”. ( . 9-10) 15_ Leia o texto abaixo e responda.
A vida pelo telefone
Durante meses, eu e meu amigo nos falamos por telefone. Sempre reclamávamos da escassez de encontros pessoais.
– Precisamos nos ver! – ele dizia.
– Vou arrumar um tempinho, eu prometia.
Posso ser antiquado, mas acredito que nada substitui o olho no olho. A expressão, o jeito de falar, a gargalhada espontânea, tudo isso dá nova dimensão ao relacionamento. Cumpri minha promessa e fui a seu apartamento. Nos primeiros dez minutos, falamos da vida como não fazíamos havia bastante tempo. Em seguida, tocou o telefone.
– Um momento.
Iniciou-se uma longa discussão sobre quem compraria ingressos para um espetáculo. Já estava desligando, quando se ouviu o celular. [...] Falou rapidamente com a primeira pessoa, desligou e voltou ao celular. Foi a vez do bip, que tocou insistentemente. Pediu desculpas, foi ver a mensagem. Recado urgente para chamar determinada pessoa. Novamente, trocou mais algumas frases ao celular.
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Desligou. Pediu-me novas desculpas. Ligou para quem o havia bipado. Mais questões de trabalho. Quando anotava alguns detalhes, a linha, digital, anunciou que mais alguém queria falar. Pediu licença e atendeu a outra linha. Olhou paramim e pediu desculpas. [...] Entrou um fax.
Observei o relógio demoradamente. Aproveitei o intervalo entre o bip e um novo telefonema para dizer bem depressa:
Preciso ir. Depois eu ligo.
Sorriu, satisfeito.
– Então me chame depois. Não esqueça, hein?
– Mando um e-mail e você me responde. Assim o papo fica melhor.
Gostou da ideia, sem perceber a ironia. Pediu mais um minutinho no telefone, dizendo que ia me levar até a porta e já voltava. Comentou, já tranquilo:
– Nossa, como a gente tem coisas pra falar. Você ficou mais de duas horas aqui e nem botamos tudo em dia.
Repuxei os lábios, educadamente. Certas pessoas estão grudadas aos telefones, celulares, bips e e-mails. Inventou-se de tudo para facilitar a comunicação. Às vezes acredito que, justamente por causa disso, ela anda se tornando cada vez mais difícil.
CARRASCO, Walcyr. A vida pelo telefone. In: Veja São Paulo, Abril, 19 abr. 2000. *Adaptado: Reforma Ortográfica

MODELO DE PLANO DE ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO

MODELO DE PLANO DE ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO



Nome do(a) aluno(a):
Data de Nascimento : 
Ano escolar:
Diagnóstico da Deficiência conforme CID:                                                   
1. Objetivos do plano:
Objetivo geral:
·                     Proporcionar a aluna, atividades lúdicas que supere suas dificuldades cognitiva e motora , para que desenvolva suas potencialidades .
Objetivos específicos:
·                     Estimular o seu desenvolvimento cognitivo, através dos jogos, músicas e imagens.
·                     Possibilitar atividades para aprimoramento da memória, concentração e atenção.
·                     Organizar diversos recursos para escrita, pintura e recorte, aprimorando as dificuldades motoras.

2. Organização do atendimento:
• Período de atendimento: Fevereiro a dezembro de 2016
• Frequência : Dois dias da semana ( quinta-feira e sexta-feira )
• Tempo de atendimento: 1 hora e 36 minutos

Atividades a serem desenvolvidas no atendimento ao aluno:
·                     Estimular o seu desenvolvimento cognitivo;
Estratégias:
Exploração de imagens de livros e paradidáticos.
Atividades de desenhos , pintura, leitura de imagens, estudo de letras, números e palavras.
Trabalho com as letras móveis para relacionar a imagem com a letra inicial e a palavra.
Jogos pedagógicos diversos: encaixes, jogo da memória, boliche das letras e dos números.
Uso de DVD com músicas infantis.
Utilização do computador, acessando vídeos de contos no YouTube, para aprimorar a oralidade .
Construir cartões com imagens classificados por: animais, brinquedos, frutas, transportes, etc. para relacionar a gravura com a palavra.
·         Possibilitar atividades para aprimoramento da memória, concentração e atenção;
Estratégias:
Diversos jogos educativos acessados no computador com internet ou mesa alfabeto
Acessar nos sites:

·                     Organizar diversos recursos para escrita e leitura, pintura e recorte, aprimorando as dificuldades motoras;
Estratégias:
Diversas folhas xerocadas com atividades variadas, recorte e colagem ;
Colorir as imagens com tinta guache, lápis coloridos ou papel crepom, em forma de bolinhas amassadas, coladas por diversas cores.
As imagens servirão para: estudar palavras, produzir textos orais e escritos, onde o professor do AEE será o escriba.
Utilização do mouse na execução dos jogos, incentivando a sua coordenação motora.
Seleção de materiais ( a serem produzidos para o aluno).
• Confecção de cartões com imagens e palavras; ( para estimular o gosto pela leitura e escrita).
•  Números.
• Alfabeto móvel
• Folhas xerocadas com atividades variadas

5. Adequação de materiais:
 Tesouras adaptadas para recorte.
Avaliação dos resultados:
A avaliação será feita no decorrer da aplicação do plano, por ela ser sistemática, contínua e flexível. Acontecerá de acordo com o registro contido no relatório ( PDI ) .


Autora Edvânia Vieira