“Projeto Mudando a
Cara da História”
Objetivo
§
Promover transformações no abordagem da Historia
ensinada nas escolas tendo como aliado as mídias digitais;
§
Contribuir para mudança de postura na relação
professor/aluno em sala de aula
§
Contribuir para fazer da escola um lugar mais
atraente que desperte o interesse, o senso critico e criatividade do aluno;
§
Contribuir para mudar a atitude dos professores
quanto à utilização didática das mídias digitais
§
Discutir
a produção do conhecimento histórico dentro e fora dos espaços
escolares;
§
Utilizar os recursos digitais, em especial a
Internet como proposta alternativa e
complementar no Ensino aprendizagem de História
Justificativa
O
projeto “Mudando a Cara da História” foi idealizado com a intenção de repensar o
papel das Ciências Humanas e suas tecnologias na escola básica por meio de um
estudo experimental no qual fosse possível a observação das tecnologias
digitais aplicada ao ensino, em especial a pesquisa na Internet e a produção de textos históricos através do
computador, promovem transformações no abordagem da Historia ensinada nas
escolas.
.
Descrição da Experiência
Como desafio aos
alunos da 2ª série do Ensino Normal, lançou-se a proposta de desenvolver o
projeto de caráter experimental com o objetivo de dinamizar o ensino de
História tendo como ferramenta fundamental, as tecnologias digitais, em
especial o computador através da
Internet.
Nesse projeto,
os alunos exploraram o computador dentro de uma perspectiva construtivista,
buscando ampliar seus conhecimentos históricos, partindo de temas combinados
com a professora de História, Elisabeth Gomes, desencadeadora do projeto. O
projeto foi acompanhado pelo Núcleo de Tecnologia Educacional de Santo Antonio de Jesus,
através da discussão e dos conhecimentos específicos de informática e do uso da
Internet.
Desenvolvido em
grupos de dois e três alunos, o trabalho favoreceu a atitude de cooperação e
compartilhamento de informações.
O projeto foi
organizado em etapas. Na primeira, os alunos conheceram o mesmo e foram
convidados a experimentá-lo.
Na segunda,
orientados em sala de aula e prévia ao ambiente informatizado, os alunos
conheceram o computador, muitos deles pela primeira vez trabalho desenvolvido
pelos multiplicadores de NTE/04 e posteriormente, iniciaram suas pesquisas na
Internet, coletaram e selecionaram materiais em revistas, livros, fotografias,
jornais etc.
Os sites
encontrados pelos alunos foram colocadas à disposição de todos, oportunizando o
compartilhamento desse material pelos envolvidos no projeto. As informações
selecionadas nessa etapa serviram de base para o início do trabalho, que depois
de estudado e internalizado ganharam
discussão em sala de aula.
No Laboratório
de Informática, a pesquisa tornou-se constante, buscando complementar e
aprofundar os estudos iniciados. Uma série de sites (páginas na Internet) sobre
História do Brasil, em especial Brasil Colônia foram disponibilizados em uma
pasta pública para que os alunos pudessem consultá-los no decorrer do projeto ou em
qualquer momento que comparecessem ao NTE para fazer uma nova pesquisa
ou ainda em qualquer lugar que tivesse acesso a Internet já que cada aluno
possui seu portfólio (memorial de desempenho) e nele constavam diversos
endereços de sites que tratavam do assunto.
Paralelo à
pesquisa, os alunos foram montando seus próprios portifólio ( memorial de
desempenho) o que permitiu o registro da trajetória da aprendizagem,
através da seleção, ordenação de documentos por ele produzidos, ou documentos
externos, como fotos, reportagens, textos, que de algum modo contribuíram com o
percurso de sua aprendizagem, colocando em evidência seu patamar de desempenho,
as hipóteses que levantou e se os fins que alcançou foram realmente os
propostos no início do trabalho
O memorial de
desempenho possibilitou ainda, ao
professor e ao aluno traçar um retrato
dos passos percorridos na construção das aprendizagens. Essa forma de registrar
a caminhada do aluno teve o objetivo de mostrar a importância de cada passo,
como uma situação de aprendizagem.
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A troca de informações entre integrantes de um mesmo grupo, e entre os grupos e com o professor incentivou o espírito de cooperação a representação de suas idéias e resultados de suas descobertas através da combinação de diferentes sites, links e textos informativos, mensagens recebidas através do correio eletrônico, imagens, sons, gráficos etc.
A troca de informações entre integrantes de um mesmo grupo, e entre os grupos e com o professor incentivou o espírito de cooperação a representação de suas idéias e resultados de suas descobertas através da combinação de diferentes sites, links e textos informativos, mensagens recebidas através do correio eletrônico, imagens, sons, gráficos etc.
Nesse processo
de “pesquisa virtual”, cada grupo,
orientado por um conjunto de aspectos sugeridos na Colonização do Brasil, e por um tema específico,
optou por onde iniciar seus estudos e como conduzi-los, de acordo com seus
interesses e motivação. Nesse espaço, quebra-se a estrutura tradicional de
aula, na qual o professor apresenta um determinado assunto em um dado momento,
sem oportunizar a escolha por parte do aluno. Ao contrário, o professor
apresenta-se como mediador, oferecendo a possibilidade ao grupo para escolher a ordem em que os
assuntos serão trabalhados, acrescentar aspectos de interesse e curiosidades do
conteúdo trabalhado e discutir com o grupo e com o professor o conhecimento
construído.
Durante o
processo de construção do jornal e dos sites, o professor interagiu com os
diversos grupos de alunos, nos diversos níveis
em que se encontravam, orientando-os no sentido de favorecer a busca e o
entendimento dos assuntos abordados.
A avaliação
aconteceu de forma constante e contínua, aula a aula, permitindo um
acompanhamento efetivo do processo de trabalho, do envolvimento e do progresso
decada aluno no desenvolvimento do projeto. O produto final também foi
avaliado, considerando o roteiro estabelecido, informações acrescentadas,
correção dos assuntos abordados e adequação das mídias empregadas. Os alunos
realizaram ainda uma auto-avaliação, analisando aspectos de participação e atitudes
individuais e em grupo, empenho na pesquisa e aproveitamento.
Público Alvo:
Professores e alunos do ensino médio
Nome da escola:
Colégio Estadual Francisco da Conecição Menezes
Número de alunos envolvidos/série:
25/ 2ª série do Ensino Médio
Professores envolvidos:
Elisabeth Costa Gomes
Multiplicador idealizador e responsável:
Antonio Wellington Melo Souza
Envolvidos no Processo:
Multiplicador do
NTE, Professora de História, NTE 04 e Colégio Francisco da Conceição Menezes.
Resultados Alcançados:
No Projeto Mudando a Cara da História, verificamos que, ao trabalhar com
as TICs em um processo de problematização dos conteúdos, o grupo assumiu uma
postura ativa e passou a exercer o papel
de pesquisador. A assimilação processou-se de forma contínua, ativa e
questionadora. Os estudantes deixaram de ser meros reprodutores (sujeitos
passivos) e passaram a ser construtores do seu conhecimento (sujeitos ativos),
agindo diretamente sobre o seu objeto de estudo.
Ao pesquisar na Internet, os alunos tiveram maior interesse em buscar os
assuntos correlacionados com o seu tema e foram muito além da pesquisa proposta
pela professora. Contudo, foi preciso muito jogo de cintura para que os alunos
não se dispersassem e desviassem do objetivo inicial. Foi preciso “esgotar” os
anseios da navegação. Foi necessário conscientizar os estudantes a todo momento
do objetivo maior do trabalho: a aprendizagem significativa, com aprofundamento
dos temas pesquisados.
A aprendizagem aconteceu a partir do interesse e da motivação da turma,
com colaboração da professora, na interação com o seu objeto de conhecimento,
na discussão em sala de aula e na (re)construção do conhecimento. Foi preciso
desestruturar os alunos para que eles buscassem construir seus processos
cognitivos e conceitos próprios.
As TICs deram o impulso necessário para que a interação e a colaboração
acontecessem. Entretanto, as TICs e os alunos sozinhos não produzem
conhecimento, pois os alunos ainda não têm maturidade suficiente para isso,
fato que justifica a importância da professora. Esta, ao problematizar o processo, tornou-se
fundamental colaboradora dos estudantes.
A postura da professora da turma sofreu alterações. A professora agiu
muito mais como problematizadora dos conteúdos estudados do que como expositora,
apesar de, em alguns momentos, ter sido necessário expor algumas situações e
conscientizar o grupo para o seu compromisso com a sua aprendizagem. A
auto-estima da turma melhorou, e os alunos passaram a ler mais, a discutir com
seu colega e com o grupo, a discutir as informações e ressignificá-las,
transformando-as em conceitos e passando a
ter opiniões próprias a respeito de determinados conhecimentos
históricos.
As aulas tornaram-se mais divertidas e prazerosas, além de se
constituírem em uma novidade, já que, de acordo com o mapeamento da turma, 80%
dos alunos não tinham nenhum contato com o computador.
O estudo mostra claramente que o computador e a pesquisa na Internet
ajudam os alunos na aprendizagem dos
conhecimentos históricos. O computador, como meio; a Internet, como fonte
“inesgotável” de informação que precisa ser “filtrada” e questionada, comparada
e avaliada para transformar-se numa possibilidade didática que represente
construção de conhecimento para os alunos.
A interação e a união do grupo foram intensificadas no decorrer do
estudo.
De nada adiantaria o aparato tecnológico se não fosse a atuação da
professora. Ela foi a responsável por provocar nos alunos situações que
favoreceram a aprendizagem. Por sua vez, ela também aprendeu com os alunos ao
investigar, questionar, estimular, organizar, sistematizar e apresentar
resultados.
Percebemos que o projeto foi uma forma de conciliar ação e conhecimento,
pois os alunos reconciliaram a história vivida por cada um com a História
estudada, a partir da relação entre o tempo presente e o passado, o agora e o
ontem, num movimento dialético. O desenvolvimento da pesquisa proporcionou um
ensino de História voltado para a educação da cidadania, pois tratava-se de uma
metodologia democrática que contou com participação, planejamento e avaliação
das partes envolvidas, os sujeitos históricos do processo: professores e
estudantes.
Concluímos afirmando que a nossa experimentação proporcionou uma nova
prática pedagógica para o professor de História e que foi possível inovar
utilizando recursos tecnológicos no ensino aprendizagem de História.
Acreditamos que o uso das TICs, associado à postura de um professor que
problematiza suas aulas e deixa de ser o centro do processo, pode proporcionar
uma mudança significativa no sentido de evoluir de um modelo pedagógico baseado
na memorização para um processo de construção de ensino e aprendizagem que
desperte o interesse, o senso crítico e a criatividade dos estudantes.
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