segunda-feira, 31 de julho de 2017

Competências do ENEM

Na semana passada, falamos aqui no Blog sobre algumas dicas preciosas para se escrever uma boa redação no Enem. Além das dicas básicas, como praticar bastante a leitura e a escrita, falamos também sobre estar bem informado acerca do que acontece no país e no mundo, sobre a importância de se estudar história para entender bem as questões contemporâneas, fugir dos clichês e fazer um rascunho a lápis e só depois passar o texto a limpo. Seguindo essas sugestões, você estará mais próximo de escrever um bom texto e ganhar pontos importantes na avaliação.

E para ajudar ainda mais neste desafio da redação do Enem, é importante estarmos atentos às cinco competências avaliadas pela prova:
1)    Domínio da norma padrão da língua escrita: Para a redação, os avaliadores buscam identificar a capacidade do estudante em se expressar empregando de forma correta as normas cultas da língua na modalidade escrita, que é diferente da modalidade oral.
Isso significa que há algumas diferenças entre a língua que usamos na escrita e a língua que utilizamos quando estamos falando. Um exemplo é que, na redação, não devemos utilizar gírias. Outra dica é ter precisão vocabular, ou seja, não inventar palavras, com a intenção de falar bonito.
Por fim, devemos sempre observar as regras gramaticais, segundo o último acordo ortográfico da Língua Portuguesa: concordância nominal e verbal, regência nominal e verbal, pontuação, flexão de nomes e verbos, pronomes, grafia correta das palavras, acentuação, além de detalhes que podem  parecer bobos, mas são importantes, como emprego correto de maiúsculas e minúsculas e divisão silábica correta na mudança de linha.
2)    Compreensão da proposta: toda redação do Enem é apresentada por um texto de apoio, também chamado de texto motivador. Este texto geralmente é acompanhado de um gráfico ou ilustração. Logo depois é apresentado o enunciado. O que os avaliadores esperam é que o estudante demonstre que compreendeu o texto motivador e o questionamento apresentado. Por isso, leia com bastante atenção o texto motivador, reflita sobre ele e comece a pensar em quais argumentos irá apresentar para desenvolver sua redação. Para ajudar nos argumentos, lembre-se de tudo o que estudou nas diversas áreas de conhecimento. E não fuja do tema proposto.
3)    Capacidade de organizar e relacionar: um bom texto é aquele em que a leitura é compreensível e lógica. E o que se espera na redação do Enem é exatamente isso: que o estudante consiga organizar as suas ideias. Essas ideias devem ser apresentadas de forma argumentativa e coerente, sempre baseadas em fatos e informações, para que os leitores (neste caso, os avaliadores) possam entender o que está escrito, sem confusão.
4)    Demonstrar capacidade e conhecimento da língua para argumentar no texto: o estudante deve ser capaz de desenvolver um texto de caráter argumentativo, apoiado nas questões formais da língua escrita. E quais seriam estas questões? Podemos começar pelos parágrafos bem construídos: ideia principal seguida de ideias secundárias. Além disso, os parágrafos devem estar conectados entre si, dando continuidade de uma ideia à outra, trazendo fluidez ao texto. Da mesma forma, os períodos devem ser bem elaborados, com uma ou mais orações, expressando causa-consequência, contradição, temporalidade, comparação, conclusão, entre outras.
5)    Elaborar uma proposta de solução para os problemas abordados, observando os direitos humanos, valores e diversidade: por último, neste quesito – um dos mais importantes -, os avaliadores do Enem esperam que as ideias apresentadas pelo estudante apontem possibilidades de intervenção na realidade social de forma viável. E, é claro, espera-se bom senso dos alunos, ou seja, que respeitem valores e direitos humanos como cidadania, liberdade, solidariedade e diversidade cultural.

Dicas redação ENEM

Você está se preparando para o Enem e quer fazer uma redação nota 10? Hoje trazemos algumas dicas imperdíveis para te ajudar nesse desafio. A redação é uma das partes mais importantes da prova do Enem e conseguir uma boa pontuação pode ajudar muito na sua classificação, seja qual o curso em que se queira ingressar. E, mais importante ainda, saber escrever um bom texto – com qualidades básicas como clareza, objetividade e gramática correta – é uma vantagem e um diferencial em qualquer profissão.  Por isso, não dê bobeira, pratique bastante e fique ligado nas nossas dicas:
1) Para começar, o básico e aquilo que o seu professor deve já ter falado repetidas vezes: leia e escreva muito! Para escrever bem é preciso praticar. Pesquise as provas de redação de edições anteriores e tente refazê-las. Além disso, é importante também ter referências de outros textos. Por isso, leia bastante: livros, jornais e revistas.
2) Ler é essencial não apenas para nos familiarizarmos com a linguagem escrita, aumentarmos nosso vocabulário e cometer menos erros gramaticais, mas também para nos mantermos atualizados com o que se passa ao nosso redor. Os temas das redações do Enem são desafiadores e exigem do estudante uma visão de mundo ampla e crítica. Para isso, busque estar informado sobre o que acontece no país e no mundo. Não se limite ao noticiário da TV ou do rádio. Leia jornais e revistas diferentes, com linhas editoriais distintas, para poder construir a sua própria opinião sobre diversos assuntos, com embasamento. É importante lembrar que, seja na redação do Enem, seja na vida, não basta termos uma opinião sobre algo: é preciso saber defendê-la com bons argumentos, que estejam respaldados por informações .
3) Para ter uma visão ampla e crítica dos assuntos da atualidade, é importante também conhecermos e estudarmos a história. O mundo em que vivemos é resultado de um contexto histórico e, por isso, conhecer e entender os fatos passados nos auxiliam a compreender os dias de hoje.
4) Além de se manter bem informado e praticar a capacidade crítica, uma dica importante é evitar os “clichês”. Fuja de ditados populares, de frases de efeito, crenças pessoais e, principalmente, fuja do senso comum! Frases que começam com “eu acho” e “eu acredito”, por exemplo, podem demonstrar que você não está muito certo sobre o que está dizendo ou está emitindo uma opinião muito pessoal e sem embasamento que a sustente.
5) Faça um rascunho a lápis com as ideias principais do texto antes de escrevê-lo. Liste aquilo que pretende escrever em tópicos e pense na ordem das ideias antes de transformá-las em texto, considerando sempre: apresentação (início), desenvolvimento (meio) e conclusão (fim). Cada parágrafo também pode ter este formato: primeira frase (apresentação), frases do meio (desenvolvimento da ideia) e última frase (conclusão). Esse método pode ajudar a deixar o seu texto mais claro, fluido e objetivo. Certifique-se de que a ideia do parágrafo anterior tenha continuidade lógica com o parágrafo seguinte.  
6) Releia o seu rascunho com muita atenção. Veja se há erros gramaticais e se imagine no lugar de quem está corrigindo a prova: o seu texto está compreensível? Está agradável de se ler? As suas ideias fazem sentido? Se for preciso, reescreva o que ainda precisa melhorar. Só então passe o seu texto a limpo, a caneta. 

domingo, 30 de julho de 2017

Entra em vigor lei que combate violência nas escolas e protege professores

Entra em vigor lei que combate violência nas escolas e protege professores




A lei determina a adoção de ações preventivas, criação de equipes de mediação e acompanhamento, registro eletrônico de ocorrências, realização de seminários e debates e a integração ao currículo escolar do tema sobre violência no ambiente escolar e cultura de paz
Entrou em vigor, na última sexta-feira (28), a Lei Estadual 22.623, que elenca medidas protetivas e procedimentos para casos de violência contra servidores da Secretaria de Estado da Educação, notadamente professores. Proposta pelo deputado estadual André Quintão (PT), a nova legislação foi aprovada pela Assembleia Legislativa em segundo turno no último dia 5 de julho.
Conforme a nova lei, configura violência contra os servidores qualquer ação ou omissão decorrente da relação de sua profissão que lhe cause morte, lesão corporal, dano patrimonial, psicológico ou psiquiátrico praticada direta ou indiretamente no exercício do seu trabalho, assim como a ameaça à integridade física ou patrimonial do servidor.
Para esses casos, a lei determina a adoção de ações preventivas, criação de equipes de mediação e acompanhamento e o registro eletrônico de ocorrências. Também prevê, para a efetiva prevenção e combate à violência nas escolas, a realização de seminários e debates e, ainda, a integração ao currículo escolar do tema sobre violência no ambiente escolar e cultura de paz.
Outras determinações são a criação de equipe multidisciplinar nas superintendências regionais de ensino (SREs) para a mediação de conflitos nas escolas estaduais e o acompanhamento da vítima no ambiente escolar, além da criação e manutenção de protocolo on-line para registro da agressão ou ameaça, com fácil acesso e uso e ampla divulgação, nas escolas e SREs.
Na forma de um protocolo, a lei relaciona providências específicas a serem tomadas até três horas e até 36 horas depois da agressão, tais como:
  • Acionar a Polícia Militar, comunicando o fato ocorrido, com o devido registro por meio de boletim de ocorrência;
  • Encaminhar o servidor agredido ao atendimento de saúde;
  • Afastar o agressor do convívio com a vítima no ambiente escolar, possibilitando ao servidor o direito de mudar de turno ou de local de trabalho ou se afastar de suas atividades;
  • Iniciar os procedimentos necessários para a caracterização de acidente de trabalho.
Observatorio Luziense


LEI N° 22.623, DE 27 DE JULHO DE 2017. 
Estabelece medidas e procedimentos para os casos de violência contra profissionais da educação ocorridos no âmbito das escolas públicas estaduais.
 O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, promulgo a seguinte lei:

 CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
Art. 1º – Em caso de violência contra profissional da educação ocorrido no âmbito de escola pública estadual, serão adotadas as medidas e os procedimentos previstos nesta lei

. Art. 2º – Para os efeitos desta lei, considera-se violência contra o servidor profissional da educa- ção qualquer ação ou omissão decorrente, direta ou indiretamente, do exercício de sua profissão, que lhe cause morte, lesão corporal, dano patrimonial, dano psicológico ou psiquiátrico, incluída a ameaça a sua integridade física ou patrimonial. 

CAPÍTULO II DA PREVENÇÃO E DO COMBATE À VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS
 Art. 3º – Para fins de prevenção e combate à violência nas escolas, serão adotadas as seguintes medidas: 
I – realização de seminários e debates anuais nas escolas sobre o tema da violência no ambiente escolar, com a participação de alunos e funcionários da escola e da comunidade;
 II – realização de seminários e palestras informando os procedimentos a serem adotados em caso de violência ou ameaça de violência no ambiente escolar, contando com o envolvimento dos servidores das escolas e das superintendências regionais de ensino; 
III – inclusão dos temas da violência no ambiente escolar e da cultura da paz no currículo e no projeto político-pedagógico da escola;
 IV – criação de equipe multidisciplinar nas superintendências regionais de ensino para mediação de conflitos no âmbito das escolas estaduais e acompanhamento psicológico, social e jurídico da vítima no ambiente escolar; 
V – promoção de formação para os agentes públicos que serão responsáveis pelos procedimentos definidos nesta lei e para a equipe multidisciplinar a que se refere o inciso IV; 
VI – criação e manutenção de protocolo on-line para registro de ameaça ou agressão física ou verbal, com fácil acesso e uso e com ampla divulgação, nas escolas e nas superintendências regionais de ensino; 
VII – outras medidas voltadas para a redução ou a eliminação da violência no ambiente escolar. 

CAPÍTULO III DAS PROVIDÊNCIAS EM CASO DE VIOLÊNCIA FÍSICA OU VERBAL OU DE AMEAÇA
 Art. 4º – Na hipótese de prática de violência física contra o servidor, sua chefia imediata, ao tomar conhecimento da ocorrência, adotará as seguintes providências:
 I – acionará imediatamente a Polícia Militar, comunicando o fato ocorrido, com o devido registro por meio de boletim de ocorrência; 
II – até três horas após a agressão:
 a) encaminhará o servidor agredido ao atendimento de saúde; 
b) acompanhará o servidor agredido ao estabelecimento de ensino, se necessário, para a retirada de seus pertences;
 c) no caso de violência praticada por aluno menor de dezoito anos, comunicará o fato ocorrido aos pais ou ao responsável legal do agressor e acionará o Conselho Tutelar, observado o disposto na Lei nº 18.354, de 26 de agosto de 2009, e o Ministério Público; 
d) comunicará oficialmente, por escrito, à superintendência regional de ensino a agressão ocorrida;
 e) informará ao servidor os direitos a ele conferidos por esta lei, em especial sobre o protocolo online a que se refere o inciso VI do art. 3°; 
III – até trinta e seis horas após a agressão:
 a) procederá ao registro em ata do ocorrido, contendo o relato do servidor agredido;
b) dará ciência à equipe multidisciplinar da superintendência regional de ensino para que esta promova o acompanhamento psicológico, social e jurídico da vítima no ambiente escolar;
 c) adotará as medidas necessárias para garantir o afastamento do servidor vítima de agressão do convívio com o agressor no ambiente escolar, possibilitando ao servidor, conforme o caso, o direito de mudar de turno ou de local de trabalho ou de se afastar de suas atividades, assegurada a percepção total de sua remuneração, observada a legislação pertinente; 
d) dará início aos procedimentos necessários para a caracterização de acidente de trabalho. Parágrafo único – Caso o prazo previsto para o atendimento do disposto na alínea “c” do inciso III do caput não possa ser cumprido em razão de licença para tratamento de saúde da vítima, o direito de mudar de turno ou de local de trabalho será assegurado ao servidor imediatamente após o regresso às atividades. 

Art. 5º – Na hipótese de violência verbal ou ameaça contra o servidor, sua chefia imediata adotará as medidas cabíveis para assegurar a integridade física e mental do servidor e, no que couber, as providências previstas no inciso I, nas alíneas “c”, “d” e “e” do inciso II e “a”, “b” e “c” do inciso III do art. 4º, observados os prazos estabelecidos nesse artigo para essas providências.

 Art. 6º – Compete à chefia imediata do servidor requerer aos órgãos competentes a caracterização de acidente de trabalho nos casos de agressão sofrida por servidor no ambiente escolar, mediante encaminhamento da seguinte documentação, no prazo obrigatório de oito dias úteis a contar da ocorrência: 
I – declaração preenchida em formulário próprio; 
II – fotocópia da ata a que se refere a alínea “a” do inciso III do art. 4º desta lei; 
III – fotocópia legível do boletim de ocorrência policial.

 Art. 7º – Em caso de incapacidade para o trabalho, será agendada avaliação pericial para o servidor agredido. CAPÍTULO IV DISPOSIÇÕES FINAIS 

Art. 8º – A inobservância das normas contidas nesta lei implicará responsabilidade administrativa para o infrator e para quem, direta ou indiretamente, tenha dado origem ao ato de omissão e perda do prazo legal, nos termos da Lei nº 869, de 5 de julho de 1952, e demais normas aplicáveis, sem prejuízo das medidas penais e civis cabíveis.

 Art. 9º – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Palácio Tiradentes, em Belo Horizonte, aos 27 de julho de 2017; 229° da Inconfidência Mineira e 196º da Independência do Brasil. 

FERNANDO DAMATA PIMENTEL

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Matemática

Plano de Aula
1. Identificação
 1.1. Nome: Escola Estadual de Ensino Médio e Fundamental Luiz de Gonzaga Burity
1.2. Série: Primeira Série do Ensino Médio
1.3. Disciplina: Matemática
1.4. Data: Abril de 2013

 2. Temática da Aula – Frações
O estudo das frações tem o objetivo de investigar as diversas representações de divisão de quantidades em partes iguais, chegando a construir uma classe infinita de números com estas representações. As frações se dividem em várias categorias, tais como;
2.1 Frações próprias, impróprias e aparentes
i) Frações próprias são aquelas em que o numerador é menor que o denominador e é diferente de zero ii) Frações Impróprias são aquelas em que o numerador é maior ou igual ao denominador e é diferente de zero.
iii) Frações Aparentes são aquelas em que o numerador é múltiplo do denominador – é um caso particular das frações próprias

2.2 Frações equivalentes São as que representam as mesmas partes
2.3 Frações decimais São aquelas em o denominador é uma potência de dez. A cada fração decimal está associado um número decimal e vice-versa. Um número decimal é representado pelo zero precedido de uma vírgula acompanhado de tantos zeros quanto for a potência do denominador seguida do numerador. Para transformar um número decimal em fração decimal faz-se o processo inverso, representa-se o denominador pela potência de dez, igual à quantidade de zeros e não zeros e o numerador pelos números diferentes de zero.
2.4 Comparações de frações; É uma estratégia que permite reconhecer quando uma fração é maior ou menor do que outra. Para comparar duas ou mais frações é necessário convertê-las de modo que todas tenham o mesmo denominador e, uma das estratégias mais usada é obter o menor múltiplo com de todos os denominadores.
2.5 Simplificações de frações; Uma fração pode estar representada de tal maneira que o numerador e o denominador sejam múltipos de um mesmo inteiro. Simplificar uma fração significa eliminar do denominador e do numerador números que servem de múltiplos do numerador e do denominador.

3. Objetivo Geral: Revisar e aprofundar conhecimentos sobre frações

3. Objetivos:
3.1 Levar o aluno a construir o conceito de números fracionários a partir de representações da realidade
 3.2 Construir representações do mundo real associadas às representações numéricas dos tipos de frações próprias, impróprias, aparentes e frações equivalentes.
3.3 Construir os conceitos de operações com frações a partir de comparações com os conceitos de herdados das operações com números inteiros.

 4. Estratégias
4.1 Desenvolver experiências com materiais concretos que esteja ao alcance dos alunos para construir conceitos. Construir desenhos de figuras geométricas que representem retângulos, discos de frações, etc. representando realidades vivenciadas pelos alunos.
4.2 Usar Data Show acoplado a um computador com o software Geogebra para ilustrar representações de partes de figuras geométricas representando frações.
 4.3 Usar questionários com espaços vazios para ser preenchidos pelos alunos com questionamentos que permitam a reflexão sobre os conteúdos trabalhados.
4.5 Usar listas de exercícios e problemas para os alunos construírem as soluções mediadas pelo professor quando se fizer necessário.

5) Metodologia:
5.1 Método expositiva associado ao método de estudo dirigido.
5.2 Aplicação de questionário com mediação
5.6 Resolução de Problemas


Bibliografia [1] GUERRA, DANIELA, et al, Maximo Divisor Comum & Mínimo Múltiplo Comum – Apostila, UFPA, Curitiba, 2011. [2] VORDERMAN, CAROL, Matemática Para Pais e Filhos, São Paulo, Publifolha, 2012 [3] BERTONI, NILZA EIGENHEER, Modulo IV Educação e Linguagem Matemática, UnB, 2009.
Projeto Alfredo Volpi
Escola Municipal Dom Miguel Fenelon Câmara

Projeto Pedagógico Alfredo Volpi

4º ano B - 2012

Professora Marli

“A gente se desliga e então só passa a existir o problema da linha, forma e cor. Minhas bandeirinhas não são bandeirinhas; são só o problema das bandeirinhas".

Alfredo Volpi


JUSTIFICATIVA

A Arte está em nosso cotidiano e deve ser um dos modos do homem refletir com o seu olhar, a sua sensibilidade ao que ocorre ao seu redor. Por outro lado, o outro deve perceber esta intenção do artista por apreciar sua obra e refletir sobre as mudanças ambientais, culturais, físicas, emocionais ou psicológicas que o homem pode ocasionar a si e a outros  no seu meio. Esta intencionalidade deve ser explorada na escola, especificamente na sala de aula pelo professor em administrar suas aulas de Arte.
Estes aspectos são contemplados ao estudar artistas com Tarsila do Amaral, Cândido Portinari, Romero Britto, entre outros. Este projeto propõe sistematizar um trabalho pedagógico transversal com o artista plástico Alfredo Volpi uma vez que o seu perfil artístico e pessoal possibilita interligar áreas do conhecimentos, tais como História (Imigração), Geografia (mudanças do espaço geográfico, influências culturais), Arte ( técnicas: linhas, pontos, cores), Matemática (Geometria), entre outros que são próprias do 4º ano no Ensino Fundamental.
A obra de Alfredo Volpi em sua fase mais conhecida explora a Geometria, a qual possibilita desenvolver situações pedagógicas em que o aluno irá compreender o vocabulário específico da Geometria. Em consequência desta observação de obras do artista, o educando irá perceber, relacionar e identificar estas formas geométricas, bem como com a harmonia das cores com o mundo que o rodeia. Além disso, proporciona atividades que irão desenvolver a observação. coordenação motora fina, concentração, entre outros ao recortar, colar, dobrar, medir, comparar, delimitar  com diversos materiais.
Além desse contexto, intenciona-se resgatar os valores culturais, morais e éticos necessários para uma boa convivência em sociedade. Bem como expor aos alunos a variação e a diversificação da expressão artística em todos os segmentos da sociedade é possível e devem ser respeitada por todos. Convém ressaltar  que este ano letivo foi trabalhado o Projeto Pintura Abstrata e Pintura Figurativa e dessa forma este projeto tende a ampliar a apreciação e a reflexão na obra de Volpi e estender este olhar para o mundo que o cerca.

PÚBLICO ALVO:    
          Trinta alunos do 4º ano B.

OBJETIVO GERAL
Desenvolver a sensibilidade e criatividade ao perceber o mundo que o rodeia e transportá-las em suas peças artísticas ou do outro.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
ü  Comparar a realidade social de nossos dias com a da infância e vida adulta do artista e perceber que há possibilidade de alterar ou conviver com este quadro.
ü  Identificar a intencionalidade do artista ao relacionar o nome dado e a própria produção artística.
ü  Localizar os destaques dados às cores primárias e secundárias utilizadas por Alfredo Volpi em suas obras.
ü  Notar os valores éticos abordados nas obras trabalhadas e perceber que são importantes na convivência dos seres humanos em sociedade.
ü  Aperfeiçoar a coordenação motora fina por meio das produções deste projeto.
ü  Explorar os conceitos geométricos contemplados nas telas do artista.
ü  Despertar um olhar observador no mundo identificando as suas formas geométricas contidas em seus aspectos físicos.
ü  Perceber as características das festividades culturais do povo brasileiro.
ü  Identificar as mudanças das cidades retratadas por Volpi com o passar do tempo.
ü  Reconhecer as diferenças das arquiteturas abordadas nas telas deste projeto.
ü  Perceber a diversidade de materiais que possibilitam a expressão artística.
ü  Valorizar o seu trabalho e do outro como uma variação ou releitura de uma obra de Alfredo Volpi.

ÁREAS DO CONHECIMENTO:
ü  Arte
ü  Língua Portuguesa
ü  Matemática
ü  Geografia
ü  História                                      
ü  Sociedade e Cultura
ü  Ética
ü  Pluralidade Cultural

METODOLOGIA
As ações metodológicas utilizados neste projeto pedagógico serão: leitura compartilhada, textos informativos, discussão, slides das telas e fotos de Alfredo Volpi, produções individuais de releituras de algumas obras com tinta guache, lápis de cor, recorte e colagem. Socialização, entre outros.
AVALIAÇÃO
Será somativa e formativa diante das áreas do conhecimento abordadas neste trabalho pedagógico, bem como pela participação individual ou coletiva do aluno, a criatividade, o respeito às diferenças e diversidades durante todo o processo de aprendizagem.

TEMPO PREVISTO
Dois bimestres.
CULMINÂNCIA
Socialização das atividades produzidas pelos alunos para a família e comunidade escolar.                                  

ATIVIDADES PROGRAMADAS

1º DIA: Biografia de Alfredo Volpi. Leitura individual e compartilhada. Interpretação oral. Identificação das palavras desconhecidas. Uso do dicionário. Trabalho em dupla. Socialização.

2º DIA: Projeção de slides. Obras e fotos de Alfredo Volpi. Análise das fases do artista plástico.

3º DIA: Soltando as pipas. Descobrindo as cores secundárias com lápis de cor ou giz cera. Trabalho individual.

 4º DIA: Tela: Barco com bandeirinhas e pássaros. Interpretação da tela ( cores, movimento, iluminação, primeiro e segundo planos). Releitura com lápis de cor ou giz cera e colagem. Trabalho individual.

5º DIA: Tela: Sem título. Interpretação oral (cores, movimento, iluminação, primeiro e segundo planos). Releitura com lápis de cor ou giz cera e colagem. Trabalho individual.

6º DIA: Tela: Grande Fachada Festiva. Releitura com recorte, colagem, pintura com lápis de cor  e giz cera. Trabalho individual. Socialização.

E 8º DIA: Tela: Bandeirinhas. Releitura. Papel 40 kg. Base com tinta guache. Recorte e colagem das bandeirinhas de revistas com gravuras coloridas. Socialização.

E 10º DIA: Tela: Bandeirinhas. Releitura. Papel 40 kg. Base com tinta guache. Recorte e colagem de retalhos de tecidos. Socialização.


11º E 12º DIA: Tela: Casario em Santos. Trabalho em dupla. Entregar uma parte fragmentada da obra para cada dupla. Completar como imaginam que é a tela. Socialização dos trabalhos realizados em comparação da tela do artista.


13º E 14º DIA: Releitura em papel 40 kg de uma das telas trabalhadas neste projeto a escolha do aluno, bem como uma ou mais técnicas: tinta guache, lápis de cor, giz cera, recorte ou colagem.


15º DIA: Socialização dos trabalhos desenvolvidos no projeto para a comunidade escolar e familiar.



terça-feira, 25 de julho de 2017

Vamos brincar com poesias

Vamos brincar com as poesias?”

Raquel Panise (T-10/E2A2/Mód Impresso/Ciclo Básico)
 
TEMA: “Vamos brincar com as poesias?”

DURAÇÃO10 dias
MÍDIAS UTILIZADAScâmera digital, TV, DVD, computador.


JUSTIFICATIVA:
           A tecnologia é foco de interesse e encanta crianças, jovens e adultos, a proposta é utilizar esse recurso a favor da alfabetização, juntamente com as poesias, que brincam com sons, usam e abusam dos trocadilhos e aproximam-se da linguagem e do jeito de ser das crianças, justificando-se por si só em um gênero textual que pode ser usado mesmo antes de saberem ler convencionalmente. Por isso, o objetivo fundamental deste projeto é a de que os alunos vivenciem o papel de leitores, também através de mídias como a câmera digital, a TV, o vídeo, o DVD, o computador e a internet.
Em geral, as crianças se sentem bastante atraídas por este tipo de texto e muitas vezes já o conhecem por intermédio dos tipos de tecnologia citados acima, de músicas infantis, de parlendas, de outros textos da tradição oral que têm predomínio da linguagem poética.


OBJETIVOS:
·         Através da mídia impresa, da tv/ vídeo,  apresentar esse gênero textual (poesias) para as crianças;
  • Oferecer variedades de poesias e autores;
  • Ler e ouvir poesias;
  • Familiarizar-se com a escrita por meio do manuseio de livros (mídia impresa);
  • Escutar poemas lidos, apreciando a leitura feita pela educadora;
  • Pesquisar e escolher poesias na internet  para ler e apreciar;
  • Entrar em contato com as características do texto poético (musicalidade, ritmo, diagramação);
  • Organizar o espaço da sala de forma que as crianças sintam-se convidadas a ocupar o papel de leitoras;
  • Ampliar o repertório de textos que se sabe de cor;
  • Promover interações significativas entre as crianças nas atividades de leitura.
  • Oferecer um variado repertório de poemas às crianças;
  •  
  •  
  • ESTRATÉGIAS:
·         Participação em situações em que o educador é o leitor;
  • Participação em atividades em que o educador é o escriba;
  • Participação em situações em que os alunos são os leitores, ainda que não convencionalmente;
  • Características, recursos e interação com textos poéticos;
  • Valorização da leitura como fonte de prazer;
  • Observação e manuseio de materiais impressos, como livros e textos, e de vídeos de sarais de poesias retirados da internet.
·         Pesquisas de poesias na internet.
·         Gravação do sarau de poesias.


DESENVOLVIMENTO:

1º DIA
  • Apresentação do projeto e da situação comunicativa que finalizará o projeto: a confecção de um livro com poesias e apresentação de um sarau de poesias.
  • Roda de conversa: oferecer vários livros de poesia e fazer a leitura de algumas delas.
2º Dia
·         Organizar com as crianças a biblioteca da sala com estes livros para ficarem permanentemente expostos.
3º DIA
  • Leitura de uma poesia feita pelo professor.
  • Escrita coletiva (professor escriba) de um bilhete destinado aos pais, explicando o projeto que desenvolverão e solicitando a ajuda para pesquisa na internet de uma poesia conhecida, que gostem, para a confecção do livro e a escolha de uma para a apresentação do sarau.
4º DIA
·         Leitura de uma poesia contida em um dos livros da biblioteca da própria sala.
·         Socialização das poesias trazidas pelas crianças e escolha de uma delas para leitura compartilhada.
4º DIA
  • Realizar a leitura da poesia escolhida pelas crianças garantindo que cada uma tenha o texto impresso e possa acompanhar a leitura.
  • Ilustração individual sobre a poesia.
5º DIA
  • Ler uma poesia com rima e conversar com as crianças sobre a possibilidade de troca de algumas palavras por outras. Deixar o texto exposto na sala, em um lugar onde possam ler diariamente.
6º DIA
  • Produção de uma poesia (poesia) coletiva (professor escriba) pelas crianças.
7º DIA
  • Organizar com as crianças as poesias enviadas pelos pais, para xerocopiar e organizar uma coletânea para confecção do livro (cada criança terá seu exemplar!).
8º DIA
  • Mostrar o livro organizado com as poesias enviadas pelos pais e com aquela que eles produziram coletivamente durante o projeto para as turmas da escola.
  • Combinar que um livro pertencerá ao grupo e ficará na biblioteca da sala e entregar uma cópia para as turmas visitadas.
9º Dia
·         Ensaio para a apresentação da poesia pesquisada na internet, cada criança apresentará a poesia que pesquisou com os pais.
10º Dia:
·         Apresentação do sarau de poesias.

AVALIAÇÃO: Será diária e continua.

PRODUTO FINAL:  Gravação do sarau em DVD.

SUGESTÃO DE SAITE PARA PESQUISAS: Google, Portal do Professor e revista Nova Escola.

SUGESTÕES DE LIVROS DE POESIAS

A poesia é um pulga, Sylvia Orthof, Atual.
Antologia poética de Manuel Bandeira, Martins Fontes.
Berimbau e outros poemas, Manuel Bandeira, Nova Fronteira.
Colombo, saudades e caracóis, Fernando Pessoa, FTD.
Di-versos hebraicos e Di-versos russos, trad. Tatiana Balinky, Scipione.
Lê com crê, José Paulo Paes, Ática.
O nariz de vidro, Mário Quintana, Moderna.
Ou isto ou aquilo, Cecília Meireles, Nova Fronteira.
Poemas malandrinhos, Almir Correa, Atual.
Poemas para a infância, Henriqueta Lisboa, Ediouro.
Poemas para brincar, José Paulo Paes, Ática.
Rimas no País das Maravilhas, José Paulo Paes, Ática.

Poesia

PROJETO LITERÁRIO POESIA



4° ano do Ensino Fundamental
 1º trimestre de 2010
 l.Introdução Temos como suporte didático deste projeto o poema Caixa Mágica de Surpresas, que será a introdução para o trabalho com o livro "Poesia fora da estante” da Editora Projetos e partes do livro didático adotado: “Aprender Juntos” de Português do 4º ano da Editora SM. A princípio, a poesia permitirá que a criança aprenda a olhar e sentir o mundo de uma forma lúdica e emotiva, posteriormente por meio da leitura do livro construirá a idéia de rima e será convidada a aplicar o conhecimento adquirido. A magia dos versos abre inúmeras portas de sonhos, lembranças e fantasia. Segundo as coordenadoras do livro, os versos imitam os sentimentos humanos, através de arranjos de sons e imagens, que podem ser interiorizados...

2.JUSTIFICATIVA “Um poeta é sempre irmão do vento e da água: deixa seu ritmo por onde passa” (Cecília Meireles). Os caminhos para a cultura são muitos, porém poucos têm acesso a ela se a escola não proporcionar: "A singularidade da "minha" escola é transformar os conteúdos escolares a ponto de colocar em primeiro plano a obra-prima e a alegria que o aluno pode extrair da obra prima; uma escola que ambiciona confrontar o aluno com as conquistas humanas essenciais, na esperança de que ele alcance assim as alegrias essenciais. (Georges Snyders)

3. Objetivos Contribuir para o desenvolvimento das habilidades e conteúdos disciplinares do 4º Ano do Ensino Fundamental sem fragmentá-los; Dominar diferentes linguagens; Construir o conceito de rima e aplicá-la; Identificar o poema como gênero textual; comparando-o a outros gêneros e reconhecer suas características; Ler e conhecer poesias de autores diversos; Interpretar o texto poético, desenvolvendo um pensamento reflexivo; Perceber as mensagens nas entrelinhas durante a leitura dos diferentes poemas; Proporcionar ambiente de interação entre diferentes grupos de alunos; Permiti-los brincar com as palavras e expressar-se por meio de diferentes linguagens; Resgatar sentimentos e valores.




Do Local ao Global

Do local ao global: problemas e soluções.
Área de Concentração: HUMANAS
Disciplina de Concentração: GEOGRAFIA/ HISTÓRIA
Professores: Carlos Nasser/Leonardo Pedroso/Manoel Pio/Wellington Barros
Uberaba
2015
Colégio Cenecista Dr. José Ferreira

DESCRIÇÃO GERAL DO PROJETO E SUAS CONSIDERAÇÕES.
Nome do projeto – Do Local ao Global – problemas e soluções
Tema: Fluxos migratórios Brasil-Europa e suas repercussões na contemporaneidade.
Série: 9º Ano do Ensino Fundamental II
Distribuição de Vagas: 30 alunos/disciplina (seis grupos com cinco alunos em cada um deles)
Considerando pressupostos presentes no projeto político pedagógico das unidades escolares que ofertam o ensino médio1 e fundamental, o envolvi-mento do presente projeto, em relação alguns desses pressupostos, em uma escala de 1 a 5 é:
 I - atividades integradoras artístico-culturais, tecnológicas e de iniciação científica, vinculadas ao trabalho, ao meio ambiente e à prática social; (5) (não é possível incluir no subter-ma as atividades integradoras artístico-culturais)
 II - problematização como instrumento de incentivo à pesquisa, à curiosidade pelo inusitado e ao desenvolvimento do espírito inventivo; (5)
 III - a aprendizagem como processo de apropriação significativa dos conhecimentos, superando a aprendizagem limitada à memorização; (5)
 IV - valorização da leitura e da produção escrita em todos os campos do saber; (5)
 V - comportamento ético, como ponto de partida para o reconhecimento dos direitos humanos e da cidadania, e para a prática de um humanismo contemporâneo expresso pelo reconhecimento, respeito e acolhimento da identidade do outro e pela incorpora-ção da solidariedade; (5)
 VI - articulação entre teoria e prática, vinculando o trabalho intelectual às atividades práticas ou experimentais; (5)
 X - atividades sociais que estimulem o convívio humano; (5)
 XI - avaliação da aprendizagem, com diagnóstico preliminar, e entendido como pro-cesso de caráter formativo, permanente e cumulativo; (5)
Outros:
VIII – utilização de diferentes mídias como processo de dinamização dos ambientes de
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aprendizagem e construção de novos saberes. (5)
(MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Conselho nacional de educação. Câmara de educação básica. RESOLUÇÃO Nº 2, de 30 de Janeiro 2012, Art. 16).
DESCRIÇÃO ESPECÍFICA DO PROJETO.
1. Justificativas
No passado e na contemporaneidade, vários problemas afetaram e continuam afetando o mundo e o Brasil. Problemas esses, de ordem socioeconômica, política e geopolítica que geraram e geram, dentre outras consequências: os fluxos de europeus para o Brasil no século XIX e, na atualidade, os fluxos de brasileiros para a Europa, a discriminação étnico-cultural, a exploração da mão de obra, as condições análogas de trabalho, as barreiras físicas e do plano ideológico, etc.
Os processos migratórios sempre fizeram parte da vida do homem por diversas razões e em diferentes sociedades. A busca por melhores condições de vida sempre impulsionou o homem a se deslocar e a mudar de ambiente e/ou país.
Em meados do século XIX e, sobretudo, no início do século XX, pode-se observar um forte fluxo imigratório da Europa para o Brasil. Processo este que contou com grande incentivo do governo brasileiro, que buscava, dentre outros objetivos, sanar a necessidade de mão de obra após a abolição da escravidão.
Incontáveis são as transformações decorrentes deste contato entre o estrangeiro e a sociedade brasileira ainda em formação, possibilitando profundas mudanças no campo econômico, político, social e cultural brasileiro.
Na atualidade, os avanços nos meios de transporte e na comunicação e a aproximação cultural entre brasileiros e europeus, ao longo dos séculos, possibilitaram a intensificação dos fluxos migratórios e o aumento de ocorrências problemáticas derivadas deste processo.
Munidos de tais informações sobre o impacto da imigração/emigração e da relação entre diferentes povos, propõe-se, neste projeto, um estudo mais aprofundado sobre as principais correntes migratórias da Europa para o Brasil e do Brasil para a Europa.
Busca-se, portanto, compreender quem são os imigrantes e os emigrantes que compõem este processo, as razões que os impulsionaram e impulsionam, e os reflexos decorrentes destas escolhas visando garantir aos discentes a possibilidade de perceber em tais problemas em escala local, nacional, regional e global e levantar propostas para minimizá-los.
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2. Objetivos
Objetivo Geral:
Compreender as causas e as consequências decorrentes dos fluxos migratórios Brasil-Europa no passado e na contemporaneidade.
2.1. Objetivos específicos
-Analisar fatores responsáveis pelo desencadeamento de fluxos migratórios entre o Brasil e a Europa.
- Compreender o impacto social, cultural e econômico das correntes migratórias.
- Refletir sobre soluções para situações-problemas decorrentes dos fluxos migratórios Brasil-Europa.
- Criar formas criativas de socialização do conhecimento obtido.
3. DINÂMICA METODOLÓGICA
Reuniões: As reuniões objetivam a discussão das múltiplas temáticas propostas e a preparação das simulações. Nessas reuniões, os alunos envolvidos com o fórum serão responsáveis pelas problematizações dos temas, por meio de rodadas2; em outras pala-vras, em cada encontro, pequenos grupos de alunos3 apresentarão nas reuniões os te-mas-problema sugeridos pelos professores orientadores, possibilitando debate entre os presentes, sempre focados nas propostas de solução.
Os temas poderão ser apresentados de diferentes formas, com ou sem a utilização de recursos digitais.
Da escolha dos temas: Os temas serão selecionados e propostos pelos professores orientadores, de acordo com propostas existentes em comitês da Organização das Nações Unidas ou conforme problemas recorrentes na sociedade contemporânea, como conflitos entre povos por disputas territoriais, intolerância cultural, étnico-racial, política e religiosa; deficiência na geração e no abastecimento energético; crises e conflitos relacionados aos recursos hídricos e à produção de alimentos; movimentos migratórios, as constantes trocas culturais e a imposição de barreiras que dificultam os fluxos.
Do registro das reuniões: Serão realizados registros das principais informações sobre o que foi discutido com as principais soluções para determinados problemas em forma de relatório, com modelo definido pelos professores orientadores.
2 As rodadas terão duração de dois horários, durante o período vespertino, e ocorrerão quinzenalmente.
3 O número de membros será decidido conforme o número de inscritos no fórum.
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Simulação: A simulação é o evento que ocorrerá ao fim do projeto, cuja preparação ocorrerá nas reuniões ao longo do ano. Por se tratarem de assuntos internacionais, seguirão modelos de conferências internacionais, como as da ONU – Organização das Nações Unidas, com critérios rigorosos e definidos anteriormente nas reuniões.
As simulações exigem um espaço maior, pois permitem a presença do público. Seguem também normas básicas no que diz respeito às vestimentas, ao comportamento e aos procedimentos do público e das delegações que participam dessa simulação.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação dos alunos será realizada ao longo dos três trimestres de vigência do projeto, conforme itens de avaliação a seguir:
Itens (critérios) de avaliação:
- Presença nas reuniões – A pontuação será distribuída proporcionalmente às presenças contabilizadas. A presença pressupõe a participação dos alunos na totalidade da carga horária da reunião, salvo casos em que se comprove necessidade de se ausentar antes do término por motivos de força maior.
- Relatórios das reuniões – RR – A cada reunião, os alunos formularão um relatório individual, abordando os assuntos discutidos e as propostas de soluções para os problemas apresentados.
- Guia de estudos – GE – O guia será realizado após amadurecimento do projeto, ou seja, após a ocorrência de reuniões e próximo ao trimestre de ocorrência da simulação. Consistirá em um documento contendo um arcabouço teórico sobre determinado problema (escolhido pelos professores orientadores) e soluções, conforme o país ou a instituição que o aluno representará. O guia também auxiliará os alunos no processo de tomadas de decisão para a simulação. Apresentará formato de artigo científico para fins de publicação, cujo destino será decidido ao longo do projeto e, portanto, será mais denso que os relatórios de reuniões e o Documento de Posicionamento Oficial – DPO.
- Documento de Posicionamento Oficial – DPO – Consistirá em um documento de somente uma única lauda, sintético, em modelo a ser definido, de forma geral, conteúdo que embase defesa do posicionamento do delegado (aluno) em seu respectivo comitê durante a simulação. Cópias deverão ser entregues para a avaliação dos professores orientadores poucos dias antes da simulação.
- Simulação – A Simulação será a etapa final do projeto. Seguirá modelo de comitês e
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conferências internacionais promovidas pela Organização das Nações Unidas. Ocorrerá em espaço amplo, em forma de mesa-redonda diplomática, com presença de público. Será moderada e terá regras específicas para sua ocorrência. Serão avaliados a postura, o desenvolvimento e o raciocínio lógico-argumentativo, a diplomacia, o comprometimento com o evento e as vestimentas.
Distribuição dos pontos:
1º Trimestre: Dois pontos para presença nas reuniões; dois pontos para relatórios das reuniões.
2º Trimestre: Dois pontos para presença nas reuniões; dois pontos para Guia de Estudos – GE.
3º Trimestre: Um ponto para DPO; 3 pontos para Simulação.
6. O Fórum Cenecista de Simulações – FCS / Equipes de Geografia e História
A proposta que se segue é baseada em diretrizes que visam à maior integração da comunidade acadêmica por meio de reuniões e simulação que discutam questões de destaque no cenário político internacional contemporâneo. Trata-se de uma abordagem interdisciplinar composta pelas equipes de Geografia e História.
DO FÓRUM
A palavra fórum, do latim, forum, nos remete à Roma e à Grécia Antigas, enquanto um grande espaço de encontros, palco de discussões de cunho político, associadas ao cotidiano daquelas sociedades. O objetivo do fórum é promover uma maior integração entre estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental II, possibilitando uma formação acadêmica mais privilegiada no que tange à criticidade e ao desenvolvimento moral e ético.
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JUSTIFICATIVA
A justificava para o desenvolvimento de tal proposta se baseia na necessidade de se discutir em temas atuais de relevância, possibilitando uma melhor compreensão e uma visão mais crítica acerca de diferentes acontecimentos, bem como o preparo dos alunos em termos de embasamento crítico e lógica-argumentativa, pautada nas soluções de problemas.
Além do mais, propostas metodológicas diferenciadas como as simulações são frequentemente cobradas pelos alunos, sobretudo pela evidente empolgação no ato da confirmação da ocorrência de eventos do tipo.
Sabe-se também que, a nível nacional, constatam-se algumas simulações de grande importância para o nível Médio, como a SINUS – Simulação das Nações Unidas para Secundaristas e a Mini ONU – Modelo Intercolegial das Nações Unidas, promovendo a integração de diferentes alunos oriundos de distintas instituições de ensino de todo o país. Além do enriquecimento intelectual, o fórum também seria o espaço responsável pela capacitação destes alunos.
DOS RECURSOS NECESSÁRIOS
Para realização das atividades, faz-se necessário o elenco de alguns componentes infraestruturais e de serviços:
Espaço Físico: Quinzenalmente, necessitar-se-á de um espaço específico em que cai-bam 30 pessoas; no caso, uma sala de aula no período vespertino. Ao fim do projeto, no último trimestre, será necessário um espaço maior, em que caibam os congressis-tas/conferencistas e o público; no caso, o Centro Cultural Cenecista Joubert de Carva-lho.
Recursos técnicos e tecnológicos: Quando não disponível em sala, quinzenalmente, aparelho projetor multimídia (data show).
Serviços gráficos: Impressões monocromáticas de atas, DPO – Documento de Posi-ção Oficial4; impressões coloridas de flyers e banners para divulgação da simulação, de menções honrosas e certificados de participação, bem como de plaquetas e filipetas de mesa com fins de identificação de países e suas respectivas delegações.
Serviços de marketing: Criação de uma logo que simbolize Nações Unidas e CNEC ao mesmo tempo, com o título Fórum Cenecista de Simulações (FCS)
4 Exemplos de DPOs em anexo, conforme modelo SINUS 2013.
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Outros serviços: Demais serviços que se relacionam à utilização do Centro Cultural Cenecista Joubert de Carvalho.
7. Referências
AS PERIGOSAS ROTAS DE MIGRAÇÃO PARA ENTRADA NA EUROPA. Disponível em: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/10/131028_mapa_imigracao_lk. Acesso em: 24 Fev. 2015.
ARBEX, Júnior José e Senise, Maria Helena Valente. Cinco séculos de Brasil: imagens e visões. São Paulo: Moderna, 1998.
GUIA DE ESTUDOS. III Mini-Onu. Puc-Minas. Belo Horizonte.
MARINUCCI, Roberto. O Fenômeno migratório no Brasil. Instituto Migrações e Direitos Humanos e Centro Scalabriniano de Estudos Migratórios: Brasília.
MIGRAÇÃO BRASIL-EUROPA: A situação dos imigrantes brasileiros na Espanha e Portugal e de portugueses e espanhóis no Brasil – aspectos legais e vivências. ICMDP e Ministério do Trabalho e Emprego: Brasília.
MIGRAÇÃO DO SÉCULO XXI: desafios e oportunidades. Disponível em: http://www.csem.org.br/index.php/csem-em-foco/323-xix-forum-brasil-europa-migracao-no-seculo-xxi-desafios-e-oportunidades. Acesso em: 24 Fev. 2015.
MIGRAÇÃO E XENOFOBIA: motivação política e econômica. Disponível em: http://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/migracoes-e-xenofobia-motivacao-politica-e-economica.htm. Acesso em: 24 Fev. 2015.
MIGRAÇÕES INTERNACIONAIS DE E PARA O BRASIL CONTEMPORÂNEO: volumes, fluxos, significados e políticas. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-88392005000300002&script=sci_arttext . Acesso em: 24 Fev.2015
XENOFOBIA NA EUROPA: Os padrões atuais de migração internacional. Disponível em: http://conhecimentopratico.uol.com.br/geografia/mapas-demografia/42/artigo252496-1.asp.
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Acesso em: 24 fev. 2015.
ANEXO A
EXPERIÊNCIAS
MINIONU e SiNUS
O MINIONU é um projeto realizado pelo Departamento de Relações Internacionais da PUC Minas que objetiva levar temas internacionais aos alunos do Ensino Médio. Ele insere-se no conjunto de simulações das Nações Unidas realizadas em todo mundo. É um projeto pedagógico com concepção abrangente de aprendizado (MINIONU, 2014).
Através do engajamento de estudantes do curso de Relações Internacionais, formam-se comitês (ambiente de simulação de organismos internacionais ou instituições nacionais com agenda internacional) que serão palco de discussões de temas relevantes da agenda internacional. Cada comitê procura reproduzir o que acontece na realidade. Os alunos do Ensino Médio transformam-se em delegados que defendem interesses do ator a ele atribuído. Para tanto, esses alunos passam por um período de preparação em suas escolas, sob supervisão de professores (MINIONU, 2014).
A Simulação das Nações Unidas para Secundaristas (SiNUS), por ser um projeto exclusivo de alunos da Universidade de Brasília (UnB) e idealizado no Instituto de Relações Internacionais (IREL), configura-se como atividade de forte potencial para o desenvolvimento de habilidades únicas para tais estudantes. O fato de ser voltado para um público-alvo específico, alunos Secundaristas, torna a realização do evento um desafio ainda maior, consolidando-o como modelo de excelência a nível nacional (SINUS, 2015).
Neste sentido, a SiNUS, ao corroborar e difundir os ideais das Organizações das Nações Unidas (ONU), contribui, por meio de seu viés pedagógico, para a formação de jovens mais conscientes de sua realidade, assim como das dinâmicas que os cercam. Ao discutir assuntos da agenda internacional, os jovens secundaristas, na representação de embaixadores, chefes de Estado, ministros, juízes e jornalistas provam de uma experiência singular cujo impacto social positivo é imensurável (SINUS, 2015).