segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Projeto – Chá Poético

Projeto – Chá Poético

Projeto – Chá Poético
ESCOLA ESTADUAL PRESIDENTE TANCREDO NEVES
BIBLIOTECA CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
PERÍODO: 2ª quinzena de maio / 2011
ALUNOS ATENDIDOS: 4º e 5º ano do ensino fundamental
RESPONSÁVEIS: bibliotecária e professores do 4º e 5º ano do ensino fundamental
CULNINÂNCIA: 28/05/2011




Apresentação

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais da Língua Portuguesa (1998), é necessário contemplar, nas atividades de ensino, a diversidade de textos e gêneros, e não apenas em função de sua relevância social, mas também pelo fato de que textos pertencentes a diferentes gêneros são organizados de diferentes formas. A compreensão oral e escrita, bem como a produção oral e escrita de textos pertencentes a diversos gêneros, supõem o desenvolvimento de diversas capacidades que devem ser enfocadas nas situações de ensino. É preciso abandonar a crença na existência de um gênero prototípico que permitiria ensinar todos os gêneros em circulação social. (PCN, 1998, p.23-24)

É muito fácil verificar que, embora a diversidade de textos e gêneros seja um parâmetro nacional, as escolas priorizam as tipologias clássicas (narração, dissertação e descrição) em sua prática pedagógica. A tipologia poética é pouco explorada e muitas vezes é depreciada como instrumento didático.

Assim, o projeto “Chá temperado com Poesias” propõe eleger a linguagem, a sonoridade, o ritmo e a musicalidade da poesia não somente no intuito de sensibilizar a criança, incentivando-a a pensar seus sentimentos, mas também utilizá-la como instrumento de ensino e aprendizagem em várias disciplinas.


Justificativa

Vivemos em um mundo de muito movimento, informações e tecnologia. Tudo isso acarretou transformações na maneira do homem se expressar. Falar de emoções, aspirações, tristezas, alegrias tornou-se retrógrado e blasé. As crianças são grandemente afetadas com tudo isso. A expressão de seus sentimentos, na maioria das situações de estresse, ocorre por meio de gritos, “palavrões”, violência ou através do isolamento e da introspecção.

A poesia, nesse contexto, pode funcionar como uma oportunidade de auxiliar os alunos a repensarem o que sentem e o que pensam. Assim, o Projeto Chá Temperado com Poesias propõe exatamente auxiliar nesse processo resgatando, por meio da linguagem e da tipologia poética, o que verdadeiramente impulsiona o ser humano: suas emoções...
Nesse contexto aproveitaremos também para homenagear uma pessoa que realmente é o motivo da existência de nossos alunos e de todos os seres humanos a “mãe”, possibilitando ao aluno (a criança) pensar o quanto é importante ser mãe e ser filho. Na atualidade, sabemos o quanto nos falta tempo para cumprir essa “missão”devido a tantas atribuições que nos foram impostas pela vida moderna.
Aí está a magnitude do nosso projeto, criar situações de ensino-aprendizagem que possibilitam os alunos a pensarem em suas mãesenquanto pessoas humanas, dotadas de desejos, sonhos, medos, projetos e dúvidas e poder, com isso, tornar o Mundo delas, Encantado.
Objetivos

- Promover o gosto pela leitura, em especial, de poesias dedicadas as mães;
- Possibilitar o contato com a beleza, a brincadeira com as palavras, seus sons, significados e formas;
- Identificar recursos linguísticos como rimas, musicalidade, versos e estrofes;
- Incentivar a expressividade oral, a desenvoltura e a segurança;
- Despertar a criatividade para que o/a aluno/a possa “brincar” com a palavra;
- Ampliar a capacidade de análise crítica diante de textos e assuntos que poderão advir deles;
- Provocar inferências das possíveis intenções do autor marcadas nos textos;
- Identificar referências intertextuais presentes no texto;
- Expandir sua capacidade de monitoração das possibilidades de uso da língua;
- Estimular a produção escrita, a fim de que o/a aluno/a perceba que seus textos são produções culturais importantes para a coletividade;
- Promover a diversidade de pontos de vista do/a aluno/a e as formas de enunciá-los;
- Utilizar com propriedade e desenvoltura os padrões da língua escrita e falada;
- Incentivar e contribuir com o processo de reflexão e introspecção dos alunos, ensinando-os não somente a “pensar”, mas também a “sentir” e expor suas emoções de forma pessoal e artística.

Operacionalização
O projeto será desenvolvido durante a segunda quinzena do mês de maio com as turmas do 4º e 5º ano do Ensino Fundamental.
Interdisciplinarmente, a poesia será explorada como descrito a seguir:
Língua Portuguesa

 - Análise e interpretação de textos poéticos.
- Compreensão das poesias no nível do conteúdo, estrutura e discurso.
-  Estudo dos elementos estruturais dos textos poéticos.
-  Reflexão sobre o sentido denotativo e conotativo das palavras, dando ênfase no poder de significação da poesia.

Redação

- Produção de texto biográfico de vários autores, bem como a interpretação de algumas de suas poesias no Chá.
- Produção de poesias utilizando temas de inspiração do aluno para posterior memorização e apresentação expressiva no programa de culminância do Projeto.

Educação Artística
- Expressão artística ao declamar os poemas.
- Apreciação e análise de obras literárias de autores renomados.
- Representação das múltiplas significações da poesia por meio de desenho.

Culminância do Projeto

No final do bimestre, a bibliotecária, juntamente com os professores dos referidos anos organizarão um Chá temperado com Poesias. Preparar um ambiente carinhosamente e sofisticadamente ornamentado (dentro da realidade da escola). É imprescindível que o ambiente esteja agradável e que tenha no ar o clima romântico típico da própria poesia e do tema proposto.
As mesas devem ser dispostas em frente a um palco e as cadeiras deverão estar em semicírculo, porque os convidados tomarão chazinho quente com biscoitos enquanto as crianças fazem as apresentações das poesias.
É importante que os convidados sejam servidos sem que a movimentação atrapalhe o desenvolvimento do programa. Contudo, se não houver essa possibilidade, deve-se colocar cestinhas com os biscoitos e o chá nas mesas para que os pais sirvam-se sem sair do lugar.

Chá Literário

PROJETO - Chá literário!

COLÉGIO ESTADUAL FREDERICO BERNARDES RABELO
Projeto: Chá Literário                                     
Público Alvo: 9º ano “A” com participação do 9º “B”
Dinamizadoras: Neracy Garcez ,  Ivany Beltrão
Professora Regente: Luzilene Rodrigues

BIBLIOTECA  JOSÉ ALVES DE ASSIS

São João da aliança, 2010
Projeto: Chá Literário

Justificativa:
Buscando despertar o gosto pela leitura do Gênero – poema, introduzir este Gênero literário, e conhecer as produções literárias da cultura local, nos dinamizadoras da Biblioteca – Neracy Garcez da Silva, Ivany Beltrão, juntamente com a professora de Língua Portuguesa Luzilene Rodrigues da 9ª Série, elaboramos o Projeto de Leitura, utilizando as oficinas da Olimpíada de Língua Portuguesa – Escrevendo o futuro 2010 – Poetas da Escola.
Na realização do Projeto, os alunos conhecerão o gênero/poema, vários poetas da literatura brasileira, a poesia local e seus respectivos poetas.

Objetivo Geral:
-Proporcionar o conhecimento e a leitura do gênero poema;

Objetivos Específicos:

Conhecer alguns poetas e poemas consagrados da literatura brasileira;
Conhecer poetas da cultura local;
Descobrir a importância de ouvir e de dizer poemas.

Apresentação

Um poema pode falar de qualquer assunto:  pessoas, idéias, sentimentos, lugares ou acontecimentos comuns como: “uma pedra no meio do caminho”,  para Carlos Drummond de Andrade em seu poema e o modo pelo qual o poeta escreve seu texto.
O poema é criado como se fosse um jogo de palavras. Ele motiva o leitor a descobrir várias leituras possíveis. E o poeta faz isso... Com as palavras e com tudo o que se pode fazer com elas.
O poeta tenta mostrar o mundo com a intenção de sensibilizar, convencer, fazer pensar ou divertir os leitores.

Poesia

é brincar com palavras
 como se brinca 
com bola,
papagaio, pião.

(José Paulo Paes.)

Poetas da escola, Olimpíada de Língua Portuguesa – Escrevendo o Futuro.


Metodologias:
Aplicação das oficinas constantes do caderno o professor da Coletânea de Língua Portuguesa – Escrevendo o Futuro – Poetas da Escola.

Recursos:
Caderno do professor, Coletânea de textos e CD-RO. Olimpíada de Língua Portuguesa – Poetas da escola.
Livro de poemas – Água em poesia. Projeto de Ed. Amb. WWF. Data show, laboratório de informática.

Cronograma:

Abertura do Projeto, com as oficinas da Olimpíada de Língua Portuguesa – Poetas da escola, na aula de Língua Portuguesa com a Professora da disciplina Luzilene.
Encerramento do Projeto – apresentação de slides e leitura do poema Terceiros – pela professora e dinamizadora Neracy Garcez. (Olavo Bilac)
Apresentação dos escritores (poetas, locais) , e convidados, professores e alunos.
Leitura de poemas com professores, dinamizadores de biblioteca.
Leitura de poemas do varal de poesias feitas pelos alunos da 9ª série.

Avaliação:
Confecção do varal de poesias. 
Recitação, de poesias.

Bibliografia

Coletânea de desenhos e poesia do livro, Água em poesia – Projeto de Educação Ambiental WWF- Brasil Coletânea – Olimpíada de Língua Portuguesa, Escrevendo o Futuro – Poetas da escola.
http: // recontodasletras.uol.com.br/teorialiterária/1717789.

sábado, 30 de setembro de 2017

Projeto Brincadeiras Divertidas

Projeto Brincadeiras Divertidas

No mês dedicado às crianças, que tal resgatar brincadeiras que fizeram feliz uma outra geração e trabalhar todas as possibilidades que elas oferecem, inclusive a de proporcionar momentos de entrosamento no ambiente escolar?

* Objetivo 
* Vamos brincar
* Estátua
* Batata Quente
* Tico-Tico fuzilado
* Pique estátua
* Jogo dos Pontinhos
* Elefantinho Colorido
* Mãe da rua
* Cinco Marias
* Carrinho de mão
* Alfândega
* Peixinho e Tubarão
* Pare-bola
* Vamos formar grupos?
* Rouba-bandeira
* Jogo dos cinco
* Ceguinho
* Senhor caçador
* Coelhinho sai da toca
* E ainda...
* Avaliando
* Bibliografia

OBJETIVO:

• Recuperar, com as crianças, brincadeiras criativas e divertidas.

A recreação está para o homem (para seu corpo, alma e mente), assim como o alimento está para o seu organismo. Os jogos tonificam a alma, dão saúde física, promovem a auto-expressão, a alegria de viver.

A proposta é resgatar a história de nosso país, mergulhando na magia dos brinquedos e brincadeiras de antigamente. Essa viagem, certamente, trará momentos agradáveis de diversão e de alegria.

As crianças têm curiosidade em saber como as de outros países se divertem, quais são os seus brinquedos. Por isso é interessante fazer um trabalho de pesquisa para descobrir a origem de alguns brinquedos e brincadeiras. Assim, ficarão sabendo que, conforme a região, os brinquedos e brincadeiras recebem nomes e formas diferentes.

Jussimara Dias Rodrigues (professora de Ensino Fundamental em Belo Horizonte – MG) desenvolveu um projeto o qual considera a visão humanista de educação e a preocupação com a passagem da criança recém-saída da Educação Infantil para o Ensino Fundamental da forma mais tranqüila e lúdica possível. Houve, ainda, o propósito de formar uma turma mais coesa, já que o grupo tinha um número significativo de crianças novatas.

Seguem algumas descobertas feitas:

Vamos brincar?

O detonador do projeto foi uma briga acontecida no segundo dia de aula, devido a uma brincadeira criada pelos alunos. A atitude de um deles foi mal interpretada por outro que se sentiu agredido e revidou.

A partir do desentendimento surgido no recreio, professora e alunos conversaram, em roda, sobre alguns valores como alteridade e respeito. Em seguida, iniciou-se o debate.

__ O que é brincar?

__ É fazer uma coisa legal.

__ É divertir com os amigos e colegas.

__ Não! Você também pode brincar com quem não é seu colega.

__ É o que a gente faz na hora do recreio.

A professora sondou qual era a principal característica, a principal “marca” de uma brincadeira:

__ Todo mundo ajuda a escolher.

__ Você brinca junto com os colegas, com outras crianças.

__ Não, eu já brinquei de amarelinha sozinha.

__ É, mas é mais legal quando alguém brinca com a gente.

A discussão continuou calorosa até que concordaram:

__ Quando estamos brincando ficamos mais felizes.

__ Brincar é muito legal!

A professora interferiu questionando:

__ Se brincar é tão legal, por que um dos colegas, hoje, voltou aborrecido do recreio?

E ele respondeu:

__ Porque foi uma brincadeira de mau gosto.

A professora retomou a direção do debate e propôs às crianças que citassem algumas brincadeiras já conhecidas por elas. À medida que falavam, a professora repetia o nome, escrevendo-o no quadro.

Pode-se perceber que o repertório de brincadeiras que as crianças apresentavam era bastante pobre, o que, provavelmente, levava-as a imitar personagens agressivas da TV.

Como atividade do para casa, foi entregue uma folha de bloco a cada uma delas e pedido que escrevessem em cada lado os títulos:

* esenho (onde seria feito um desenho que identificasse aquela brincadeira);
* regra (onde seria escrito como se faz para brincar).

No dia seguinte, as crianças levaram o trabalho. A professora pediu que cada uma fosse à frente para apresentá-lo. Os colegas tentariam, pelo desenho, identificar qual era a brincadeira escolhida. A intenção da professora era buscar mais representação nos desenhos. Em sua grande maioria, a brincadeira levada foi o futebol. Pode-se perceber também uma dificuldade das crianças em executarem a proposta. Algumas listaram cinco brincadeiras e não escreveram regras, outras apenas desenharam, outras nada fizeram.

Nesse momento, a professora começou a questionar a respeito da diferença entre brincadeira e jogo. Elas percebiam que havia diferenças, mas não conseguiam identificá-las. Foi, então, que a professora começou a desafiá-las, perguntando:

__ Pique é jogo ou brincadeira?

__ Futebol é jogo ou brincadeira?

__ Queimada é jogo ou brincadeira?

__ Maria-viola é jogo ou brincadeira?

__ Alfândega é jogo ou brincadeira?

A partir daí, surgiram as seguintes hipóteses:

__ Se você errar no jogo, você sai.

__ Não, só leva falta.

__ É, mas se tiver dois cartões amarelos e fizer outra falta, aí sai.

__ E no jogo tem time, técnico, reserva.

Algumas crianças voltavam-se para o futebol como generalização de brincadeira. Outras já buscavam uma maneira de definir o que era jogo e o que era brincadeira. Ao final do debate, elas concluíram:

__ Jogo tem regra e é só desse jeito que vale. Na brincadeira, você pode combinar com seu amigo um jeito diferente de brincar. Mas tem que combinar.

Professora e alunos elegeram algumas brincadeiras conhecidas pela maioria da turma e, em grupo, as crianças ilustraram e escreveram como se faz para brincar. Esse momento de trabalho em grupo (o primeiro acontecido na turma) possibilitou que a professora percebesse a participação, a capacidade de liderança, a desenvoltura, enfim, as habilidades e dificuldades de cada criança.

Houve também o desafio da escrita de uma regra que deveria ser lida por outra criança e compreendida para ser jogada. Essa etapa ofereceu um momento de troca riquíssimo: na medida em que um colega falava a regra, outro escutava e elaborava a melhor forma de escrevê-la.

Como era objetivo montar um fichário de brincadeiras, em trios, as regras foram digitadas nas aulas de informática. Nas primeiras aulas, muitos trabalhos perderam-se por não terem sido salvos, outros não eram concluídos e alguns trios não conseguiram se organizar para iniciar o trabalho.

A professora propôs várias atividades para casa e em sala, para incentivar a busca de informações sobre outras brincadeiras. A internet foi um recurso usado para pesquisar, no site www.mundocriança.com.br as crianças descobriram, também, outros nomes para brincadeiras já conhecidas. As novas regras foram digitadas e incorporadas ao fichário.

Ao final de cada aula a professora avaliava o que foi positivo e o que precisava ser mudado. A grande variedade de recursos do computador (tamanho e tipo de letra, por exemplo), aliada à facilidade das crianças em lidar com eles, às vezes dificultava o trabalho: a cada descoberta, elas se entusiasmavam e queriam mostrar aos colegas suas conquistas, o que transformava o ambiente da sala mum lugar tumultuado, mas de muita troca.

A cada dia, era sorteada uma brincadeira para ser curtida no recreio. No início do trabalho, todo o tempo determinado para a brincadeira era tomado por discussões, porque cada um conhecia a regra de um jeito e o exercício de ouvir o colega e ceder ainda era muito difícil. No decorrer da atividade, as colocações já eram feitas de forma mais tranqüila, favorecendo o desenvolvimento da brincadeira dentro do tempo proposto. Foi um sucesso!

Outro objetivo era que as crianças levassem esse trabalho como lembrança da 1ª série. Por isso, a professora sugeriu que, além do fichário, fosse confeccionado um livro de jogos e brincadeiras.

Foi convidada a mãe de um aluno que é editora de livros, para esclarecer dúvidas e mostrar diferentes formas para encadernar o livro. Ela fez uma palestra sobre as diversas formas de ilustração e encadernação, apresentando vasto material. Chamou a atenção para outras formas de diagramação de um texto além das diferentes técnicas de ilustração, tópico que mais despertou interesse na sua apresentação. Ela falou também sobre a ficha técnica, onde devem constar os nomes de todas as pessoas que participaram da confecção do livro.

Foi definida a ficha técnica do livro a qual deveria conter várias informações:

* Editora – a pessoa que acreditou num trabalho bonito e bem feito, no nosso caso, a professora.
* Produtor – a pessoa que trabalhou na execução do livro; aqui houve um impasse porque as crianças sentiram-se também produtoras.
* Coordenadora editorial – quem incrementou o trabalho com novas idéias e formas de realizá-lo.
* Revisor – a pessoa que, depois do livro montado, lê e descobre palavras que estão erradas e devem ser corrigidas antes de ser impresso.
* Impressão – a identificação do local onde a impressão foi feita, quando deixou de ser uma idéia para se transformar em livro.

As ilustrações foram criadas pela crianças no programa Paint Brush. Estas ilustrações foram feitas para cada uma das brincadeiras pesquisadas redigidas pelas próprias crianças.

A seguir, serão transcritas algumas brincadeiras:

Estátua

Em roda, os participantes vão cantando de mãos dadas:

“A casinha da vovó,

cercadinha de cipó,

o café tá demorando,

com certeza não tem pó!

Brasil! 2000!

Quem mexer saiu!”

Todos viram estátua e não vale rir, nem piscar, nem mexer, nem coçar!

Batata Quente

Não tem time. Passamos a bola, ou outro objeto, para um colega enquanto todos cantam:

__ Batata que passa quente, batata que já passou, quem ficar com a batata, coitadinho se queimou!

Quem estiver com a bola quando for dito “queimou” , sai da roda.

Tico-tico fuzilado

Cada criança terá uma latinha. De um lado, ficarão as crianças, uma ao lado da outra. Do outro, as latinhas. Cada criança deverá jogar a bolinha (de tênis ou de meia), tentando acertar uma das latinhas enfileiradas. O dono daquela que for atingida, deverá pegá-la antes que os outros participantes joguem a bola novamente. Se ele não conseguir, será “fuzilado”: fica de pé e escolhe um lugar do seu corpo para que o colega jogue a bolinha e acerte o local escolhido. Quem for “fuzilado” três vezes sai da brincadeira.

Pique estátua

Escolher uma pessoa para ser o pegador. Todas as outras crianças começam a correr. Se o pegador encostar em alguma criança, ela vira estátua. Outro colega terá que encostar nela para salvá-la e, aí, ela poderá correr novamente.

Jogo dos pontinhos

Em uma folha toda pontilhada, você deve ligar um ponto ao outro com linhas, até formar um quadrado. Um jogador de cada vez. Ganha quem conseguir fechar mais quadrados.

Elefantinho colorido

As pessoas ficam em roda. Um menino ou menina fala:

__ Elefante colorido!

Os outros perguntam:

__ De que cor ele é?

A criança escolhe uma cor e as pessoas têm que tocar em alguma coisa que tenha essa cor. Se alguém não achar a cor, o “elefantinho” pode pegá-lo.

Mãe da rua

Uma pessoa fica no meio. As outras ficam dos lados. Elas têm de atravessar a rua correndo para a mãe da rua não pegá-los. Se ela pegar uma criança, esta vira a mãe da rua, e vai começar tudo de novo.

Cinco Marias

São cinco saquinhos cheios de areia ou cinco pedrinhas. Jogar um saquinho para cima e tentar pegar aqueles que estão no chão antes que o saquinho jogado para cima caia. Você pode criar etapas e ir vencendo-as, como na amarelinha.

Carrinho de mão

São dois times. Marcar uma linha de saída e outra de chegada. O carrinho é formado por um par de crianças. A da frente põe as mãos no chão e a de trás segura os pés da primeira. Andando com as mãos no chão, ela tentará chegar primeiro até a linha marcada.

Alfândega

Uma pessoa escolhe uma regra tipo: “só passa se for uma coisa que voa”. Se falar boi, não passa. Quem fez a regra sempre passa e fala se os outros passam ou não passam. O objetivo é descobrir a regra.

Peixinho e tubarão

São dois times – um de peixinhos, outro de tubarões. Quando tocar uma música ou apito baixinho, os peixinhos saem para passear. Quando a música for forte, os tubarões saem para tentar pegar os peixinhos, que deverão voltar correndo para sua casa. O peixinho que for pego por um tubarão vira tubarão também.

Pare-bola

Nós pegamos uma bola, fazemos uma roda e passamos a bola uns para os outros. Quando alguém deixar a bola cair, todos deverão correr. Quem deixou cair, pega a bola e grita:

__ Parebola!

Com a bola na mão, ela poderá dar, no máximo, três passos. Quando terminar de andar, terá que parar e tentar “queimar” um dos jogadores – se ele não agarrar a bola estará queimado.

Vamos formar grupos?

As crianças, em roda, vão girando e cantando. A um sinal – apito ou palma – a professora mostra um cartão com um número e elas terão que se organizar em grupos. Vamos supor que a professora mostrou o número 7. Aí, todos têm que se juntar em grupos de 7 e depois voltar para a roda.

Rouba-bandeira

São dois times. Cada um tem um campo e uma bandeira em seu grupo. O objetivo do jogo é roubar a bandeira do outro time, sem ser pego. Se você for pego no campo do adversário, fica “colado” até outro jogador da sua equipe te “descolar”. Ganha o time que conseguir roubar a bandeira primeiro.

Jogo dos 5

Separe as cartas do baralho do ás até o 5. Embaralhe bem as cartas. Cada jogador ganhará três cartas e as restantes ficarão no monte da mesa. O jogo rodará no sentido anti-horário. A cada vez que jogar, você deverá pegar uma carta no monte e tentar fazer com elas sempre um total de 5. Vence o jogador que conseguir formar um número maior de grupos de 5. Vale inventar o jogo do 6, do 7, do 8, do 9 e do 10. É só ir acrescentando mais cartas.

Ceguinho

Uma criança fica no centro da roda com os olhos fechados. A roda gira, com todos cantando “Pai Francisco”. Quando o “ceguinho” bater palmas, todos param e ele caminha para a frente até tocar em algum colega e descobrir em quem tocou.

Senhor caçador

Os participantes sentam-se em roda e um deles será o caçador, que ficará com os olhos vendados. Os outros cantam:

“Senhor caçador,

preste bem atenção!

Não vá se enganar,

Quando o galo cantar!

Canta, galo!”

Um dos participantes da roda imitará a voz do galo e o caçador terá que descobrir quem é o galo. 

Coelhinho sai da toca

Não tem time. Desenha-se no chão uma toca a menos que a quantidade de participantes. Cada coelho ficará dentro de uma toca, exceto um. O sem-toca dará os comandos:

__ O coelhinho vai escovar os dentes (não vale sair da toca, porque escovamos os dentes dentro de casa).

__ Coelhinho vai comprar pão (tem que trocar de toca).

O coelho sem toca vai tentar ocupar uma toca vazia e o dono dela ficará sem toca.

E ainda...

Brinquedos foram confeccionados pelas crianças, na maioria das vezes utilizando materiais da natureza ou sucatas. Serviram para a brincadeira individual, como a pipa e as rodas (pneus velhos que são rolados pela rua). Mas isto não aconteceu com as bolas de meia confeccionadas. As crianças trouxeram meias velhas e, divididas em grupo, confeccionaram as bolas de meia usando muita força e muita cooperação. Elas foram usadas no recreio divertindo não só as crianças da nossa turma, como também os outros colegas que brincam conosco, de uma forma bastante entrosada.

Houve, também, um Sarau de Poesia quando as crianças apresentaram “A bola de meia”, de Ângela Leite de Souza, com dramatização. Em seguida, cantaram a música “Bola de meia”, da autoria de Milton Nascimento e Fernando Brant.

Cada criança escolheu um brinquedo que tinha em casa, do qual, apesar de completo, não gostava mais. Então, fez um anúncio, para dispor dele. Os colegas leram o anúncio e, na sexta-feira, houve a feirinha de troca.

Avaliando

A professora avaliou este trabalho de forma muito positiva. Foi possível ver essas brincadeiras acontecerem de forma espontânea, no recreio, envolvendo um grande número de crianças. Nesses momentos, elas mostram-se mais tranqüilas e alegres, entrosando-se também, com as crianças maiores. Percebeu, no entanto, que alguns passos foram dados no escuro e fez algumas observações:

* Iniciar o dia com este trabalho deixava as crianças eufóricas e era difícil retomar a concentração necessária para outras atividades. O ideal seria terminar o dia com ele.
* Definir o tempo com mais exatidão. Apesar de defini-lo inicialmente, vendo a empolgação e o envolvimento das crianças, não queria interromper. Percebo hoje que esta firmeza, apesar de aborrecê-las bastante, define regras e direciona melhor o trabalho.
* Questiono o ritmo do trabalho no seu período inicial; um menor número de atividades xerocadas possibilitaria mais momentos de brincadeiras, favorecendo a participação dos mais tímidos e acalmando os mais agitados.

Bibliografia:

* ABRAMOVICH, F. Brincando de antigamente. Belo Horizonte: Formato, 1966.
* ADELSIN. Barangandão arco-iris. Belo Horizonte, 1997.
* ARAÚJO, AM. Danças, recreação e música. São Paulo: Melhoramentos. v.II.
* MELO, V. Folclore infantil. São Paulo: Itatiaia

Projeto dia das crianças

PROJETO PARA O DIA DAS CRIANÇAS

JUSTIFICATIVA:

O Dia das Crianças permite que sejam abordados junto dele outras importantes temáticas transversalmente, como a construção da identidade, a passagem do tempo e o envelhecimento (as fases da vida), entre outros. Também é um momento para promover a conscientização quanto aos direitos e deveres da criança, prevenindo (ou as ajudando a denunciar) eventuais abusos e violências que possam sofrer ou ter sofrido.

OBJETIVOS:

  • Trabalhar a linguagem oral e escrita;
  • Desenvolver a capacidade interpretativa, a criatividade e a abstração;
  • Ajudar no desenvolvimento pessoal e construção identitária;
  • Identificar e reconhecer as principais formas de violência e abuso que uma criança pode ser vítima e oferecer orientação de como proceder nestas situações;
  • Conscientizar quanto a seus deveres e direitos;
  • Entender o conceito de infância e introduzir ou aprofundar as noções de idade (fases do desenvolvimento humano), envelhecimento e passagem do tempo.
  • Desenvolver raciocínio lógico;

DESENVOLVIMENTO:

  • Não deixe para a última hora, trabalhe a temática “Dia das Crianças com algumas semanas de antecedência para que a culminância do projeto seja no próprio Dia das Crianças ou na semana em que o mesmo se dará;
  • Sonde os alunos: Em uma conversa aberta, pergunte para eles o que é ser criança? O que diferencia uma criança de um adulto? O que uma criança faz? Dessa forma você terá noção do que eles já sabem acerca da temática e terá um ponto de partida;
  • Traga músicas e filmes que falem sobre a infância;
  • Desenhos;
  • Jogos e brincadeiras dirigidas;
  • Recorte e colagem;
  • Use de atividades que desenvolvem a escrita espontânea e criativa, faça ditados, peça para que inventem um poema (caso tenha trabalho poesia com eles antes), ou produzir um texto narrativo sobre o tema;
  • O Brasil é um país com longo histórico de graves abusos e violências para com os mais jovens. Introduza, com cautela e levando em conta a faixa etária em que se encontram, as principais formas de abuso e violência que uma criança pode ser vítima, como o trabalho infantil, agressões, humilhações, assédios e aliciamento (sem se esquecer de ter cuidado com a linguagem utilizada);
  • Faça um mural comunitário que deixe explícitas as características da infância;
  • Confeccione brinquedos com material reciclável. Peça para que usem de toda criatividade e imaginação e inventem novos brinquedos.