domingo, 16 de julho de 2017

A LEITURA FAZ A DIFERENÇA

PROJETO PEDAGÓGICO – 2º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
PROJETO DE LEITURA E ESCRITA:
A LEITURA FAZ A DIFERENÇA

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TEMA: LEITURA E ESCRITA
TÍTULO: LENDO E ESCREVENDO NA ESCOLA
TEMPO PREVISTO: 04 MESES
1 APRESENTAÇÃO
Quando se fala em leitura, especialmente na sociedade brasileira logo se percebe o grande índice de resistência, principalmente pelos educandos no âmbito escolar, por ser uma tarefa que exige dedicação, esforço, vontade e acima de tudo persistência na busca do conhecimento. Ressalta-se que ler não se restringe a decodificação de letras ou palavras, mas a apreensão de seus significados, ou seja, é preciso se apreender a mensagem transmitida pelo conjunto de palavras que formam frases e textos.
Escrever e ler são duas atividades da alfabetização que devem ser conduzidas paralelamente. No entanto costuma-se dar muito mais ênfase à escrita do que à leitura. Pode-se creditar isto ao fato de as escolas acreditarem que é mais fácil avaliar um aluno pelos seus acertos e erros de escrita, o que fica difícil de realizar quando um aluno lê.
No entanto, ler é uma atividade tão importante quanto a produção de textos, principalmente para jovens e adultos em processo de alfabetização que, em muitos casos, vivem praticamente sem escrever, mas não sem ler. Necessitam da leitura para a sua vida cotidiana, principalmente em nossa sociedade atual. As pessoas que vivem nas cidades precisam saber ler as placas de ônibus, números, etiquetas de alimentos, documentos etc.
Além de ter um valor técnico para a alfabetização, a leitura é ainda uma fonte de prazer, de satisfação pessoal, de conquista, de realização, que serve se grande estímulo e motivação para que o aluno jovem e adulto permaneça em sala de aula e dê continuidade a sua formação.
O processo tradicional de introdução do aluno à leitura é através do bê-á-bá, isto é, através das famílias silábicas, o que pode acarretar problemas sérios para a formação do leitor. O reconhecimento das famílias silábicas, como o próprio reconhecimento das letras, faz parte do processo de decifração que já deve ser considerada um estágio inicial de leitura. Por isso, nem sempre é importante que o aluno conheça todas as palavras do texto. Deixá-lo ler, refletindo sobre as estratégias de leitura e o conteúdo do texto, é fundamental.
2 JUSTIFICATIVA
O referido Projeto surgiu após a observação da postura dos alunos diante da leitura e escrita percebendo-se que eles têm um enorme gosto por essa atividade. Os alunos em questão pertencem a uma turma do Ensino Fundamental da xxxxxxxxxxxx, Município de xxxxxxxxx. Partindo desse contexto, pretendemos trabalhar leituras orais e escritas de forma significativa e prazerosa. A leitura parte do interesse do aluno, mas as atividades para desenvolver devem ser trabalhadas de formas variadas.
O estudo faz-se necessário, pois a partir dele os alunos serão estimulados espontaneamente a construir, modificar e relacionar idéias, interagindo com outros e com o mundo. A leitura só desperta o interesse quando interage com o leitor, quando faz sentido e trás conceitos que se articula com as informações que já possui. Com a leitura, há possibilidades dos alunos se afastarem dos atos violentos, levando-os a serem mais críticos e tendo uma visão mais ampla sobre a sociedade.
O objetivo deste estudo é despertar a sensibilidade e o prazer pela leitura, levando o educando a refletir sobre seus atos, possibilitando que eles participem de situações de comunicação oral e escrita, como contar e recontar histórias, podendo também escrevê-las, Formar leitores é algo que requer condições favoráveis, não só em relação aos recursos materiais disponíveis, mas, principalmente, em relação ao uso do que se faz deles nas práticas de ler é, também, um modo de produzir sentidos. Assim, este Projeto tem a finalidade de despertar, nos educandos, o gosto pela leitura, interpretação de textos e pela escrita convencional. Cabe ao professor, então, realizar-se no universo de cada um deles, respeitando seus interesses, despertando a criatividade, dando-lhes a mesma oportunidade de tentar novas experiências que resultem em aprendizado, através da fala ou da escrita para assim, poder integrar-se no contexto social em que vivem.
3 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral:
  • Contribuir para o processo de alfabetização e letramento das crianças do 2º ano que apresentam dificuldades com a leitura e a escrita.
2.2 Objetivos Específicos:
  • Desenvolver estratégias e procedimentos de leitura eficientes para ensinar os alunos;
  • Propor situações didáticas que garantam, de maneira contínua, a abordagem de gêneros diversos selecionados em função de temas de estudo e com grau de dificuldade crescente;
  • Fazer parte de situações sociais de leitura, como as discussões sobre obras lidas e a indicação das apreciadas;
  • Buscar informações, selecionar estratégias de leitura conforme os propósitos específicos;
  • Oportunizar aos estudantes o acervo de inúmeras obras literárias de variados autores, buscando sempre, ampliar seus conhecimentos e suas capacidades criativas;
  • Incentivar o estudante a compreender e utilizar melhor as regras ortográficas da Língua Portuguesa;
  • Identificar as características dos gêneros estudados;
  • Ler individualmente e em grupo, conhecendo os clássicos e identificar recursos lingüísticos, procedimentos e estratégias discursivas para relacioná-las com seu gênero;
  • Reconhecer a leitura como uma fonte essencial para produzir textos;
  • Produzir e revisar textos em diferentes gêneros
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1 Decifração da escrita – o início da leitura
Um dia numa caverna, um homem começou a desenhar e encheu as paredes com figuras, representando animais, pessoas, objetos e cenas do cotidiano. Recebendo visitas de amigos, foi questionado sobre o significado dos desenhos. O homem começou a explicar os nomes das figuras e a relatar os fatos que os desenhos representavam. Depois, à noite, ficou pensando no que tinha acontecido e acabou descobrindo que podia “ler” os desenhos que tinha feito. Ou seja, os desenhos, além de representar objetos da vida real, serviam também para representar palavras que, se referiam a esses mesmos objetos e fatos na linguagem oral. Pode-se dizer que a moral desta história seria: quem inventou a escrita foi a leitura.
Com esta tentativa de registrar a linguagem a partir de desenhos, foi elaborada a escrita ideográfica, que parte dos significados, das idéias. Já a fonográfica é escrita a partir dos sons das palavras. O nosso sistema de escrita em particular é fonográfico, de base alfabético-ortográfica, ou seja, a escrita é a representação dos sons da nossa língua através de letras e o que estabelece as relações entre letras e sons não é o alfabeto e sim a ortografia.
No entanto, quando o homem explicou o significado dos desenhos da caverna, fazendo a sua decifração, ele não se restringiu a uma tradução de letras em sons, mas incluiu o reconhecimento dos significados das palavras, pois existia um contexto para o uso daqueles desenhos específicos. Isso ocorre também quando se inicia o processo de alfabetização onde o aluno traz consigo para a escola algumas representações e hipóteses sobre a linguagem oral e escrita. Como falar é fácil, segundo sua experiência de vida, eles acham que ler deve ser igualmente fácil. Ler é o primeiro desafio que eles encontram na escola.
Com o uso do alfabeto e com as devidas explicações sobre o conhecimento das letras que compõem as palavras (sejam elas quais forem), o aluno pode passar facilmente da decifração da escrita para a fala do que está escrito, realizando assim, o processo de leitura.

3.2 O que vem primeiro, a leitura ou a escrita?

Para Cagliari:
No processo de alfabetização, a leitura precede a escrita. Na verdade, a escrita nem precisa ser ensinada se a pessoa souber ler. Para escrever, uma pessoa precisa, apenas, reproduzir graficamente o conhecimento que tem de leitura. Por outro lado, se uma pessoa não souber ler, o ato de escrever será simples cópia, sem significado. (Cagliari, 1994, apud Massini-Cagliari, 1994, p. 26).
Para este autor, o fundamental é partir da leitura, ensinando as relações entre letras e sons, mostrando como estas relações são diferentes, em um sistema ortográfico, quando se parte da leitura para a escrita ou da escrita para a leitura.
Deve-se lembrar que a leitura não é a fala da escrita, mas um processo próprio que pressupõe um amadurecimento de habilidades lingüísticas em parte diferentes das que ocorrem na produção da fala espontânea. Uma leitura em voz alta, além de levar em conta o que se deve fazer para dizer algo em termos de produção sonora da fala, exige ainda que o leitor acompanhe um raciocínio sobre um pensamento exterior, expresso por outra pessoa, e que ele “declama” como se fosse um ator. A complexidade desse fato é enorme, e muitas vezes a escola não se dá conta disso, porque os adultos já amadureceram para a leitura.
É neste estágio, onde o leitor atinge um tal grau de maturidade e independência apropriando-se do texto como construção do outro e reconstrução sua, diz-se que o leitor chegou a um patamar ideal. E é somente a partir daí que o leitor pode usufruir plenamente da leitura em todas as funções que ela possa assumir na sociedade. Cabe ao leitor não somente decodificar o que foi escrito pelo escritor, mas principalmente reconstruir a coerência construída por ele.Como pode ser percebido, dá-se a leitura uma grande importância social, pois o seu desenvolvimento implica diretamente a formação do ser humano e do cidadão. Isso acabou por relegar a decifração da escrita a um segundo plano, pois esta limitaria a leitura somente a um processo de decodificação, matando todo o processo de construção e reconstrução de sentidos.

3.3 A leitura como atividade fundamental

Para Cagliari (1997), a atividade fundamental desenvolvida pela escola para a formação dos alunos é a leitura. É muito mais importante saber ler do que saber escrever.
A leitura é a realização do objetivo da escrita. Quem escreve, escreve para ser lido. O objetivo da escrita é a leitura. E ler é um processo de descoberta, as vezes requerendo um trabalho paciente, outras vezes é feita de forma superficial ou lúdica. Pode-se ter então várias atitudes perante a leitura. Ela é uma atividade profundamente individual e duas pessoas dificilmente a fazem da mesma maneira.
Ao contrário da escrita, que é uma atividade de exteriorizar o pensamento, a leitura é uma atividade de assimilação de conhecimento, de interiorização, de reflexão.
Portanto, a leitura é uma decifração e uma decodificação. O leitor deverá em primeiro lugar decifrar a escrita, depois entender a linguagem encontrada, em seguida decodificar todas as implicações que o texto tem e, finalmente, refletir sobre isso e formar o próprio conhecimento e opinião a respeito do que leu. A leitura sem decifração não funciona adequadamente, assim como sem a decodificação e demais componentes referentes à interpretação, se torna estéril e sem grande interesse. A leitura é uma atividade estritamente lingüística e a linguagem se monta com a fusão de significados com significantes.
Depois que o leitor decifrou a escrita, ele tem subsídios para processar o que decifrou em termos de produção de fala. Para tal, deverá lançar mão dos recursos que usa quando fala espontaneamente. Para conseguir ler, deve-se, pois, decifrar foneticamente a escrita, processa-la para a fala e realizar todas as etapas necessárias para a produção do que se vai dizer, da maneira como se vai dizer.
3.4 Atividades que colaboram para a decifração da escrita
É importante lembrar que saber para que serve a leitura e a escrita não é saber ler e escrever. Por isso, o desenvolvimento de atividades de produção / interpretação de texto podem ajudar o aluno a compreender os usos sociais da leitura e da escrita.
Além disso, deve-se considerar o fato que jovens e adultos das camadas populares normalmente não têm livros em casa e, então, não possuem o hábito da leitura. Este tipo de atividade funciona também como um incentivo à sua incorporação em sua vida.
A escola deve despertar o aluno para a atividade de leitura, percebendo a sua importância no processo de alfabetização. Esta torna o aluno apto a conquistar o mundo e se realizar enquanto indivíduo.
Este tipo de conquista é a motivação necessária para que o aluno valorize o seu desenvolvimento e o processo de alfabetização em si, pois é justamente ele que o irá auxiliar no desvendamento do seu mundo.
4 METODOLOGIAS/PLANO DE AÇÃO
Promover um aprendizado ativo, onde os conceitos que necessitam de uma memorização possam ser identificados nos próprios envolvidos. Portanto, selecionando conteúdos e escolhendo metodologias coerentes é possível envolver o aluno e desenvolver as competências e habilidades que lhe permitem as atividades. Montar o cantinho da leitura de forma organizada e acolhedora, construindo assim condições que motivam as crianças e facilitando a apropriação do conhecimento. Serão feitos horários de leitura, desenhos sobre a história lida e ouvida, dramatização, adivinhações, interpretações de textos, onde o livro será analisado nas partes mais sensacionais. Serão feitos também teatros com fantoches, explosão de idéias, imitações de personagens fazendo com que a criança entre no mundo da história como coadjuvantes. Todo o trabalho será desenvolvido por meio de dinâmicas e atividades pedagógicas
4.1 PLANO DE AULA
Caminho das letras
Compartilhar, debater, aprofundar e organizar práticas e métodos pedagógicos.
ConteúdoLeitura e escrita de nomes próprios
Por que trabalhar com os nomes próprios? Os alunos que estão se alfabetizando podem e devem aprender muitas coisas a partir de um trabalho intencional com os nomes próprios da turma.
Objetivos
Estas atividades permitem aos alunos as seguintes aprendizagens:* Diferenciar letras e desenhos;* Diferenciar letras e números;* Diferenciar letras, umas das outras;* A quantidade de letras usadas para escrever cada nome;* Função da escrita dos nomes, (função de memória da escrita) etc;* Orientação da escrita: da esquerda para a direita;* Que se escreve para resolver alguns problemas práticos;* O nome das letras;* Um amplo repertório de letras (a diversidade e a quantidade de nomes numa mesma sala);* Habilidades grafo-motoras;* Uma fonte de consulta para escrever outras palavras.
O nome próprio tem uma característica: é fixo, sempre igual. Uma vez aprendido, mesmo o aluno com hipóteses não alfabéticas sobre a escrita não escreve seu próprio nome segundo suas suposições, mas, sim, respeitando as restrições do modelo apresentado. As atividades com os nomes próprios devem ser sequenciadas para que possibilitem as aprendizagens mencionadas acima. Uma proposta significativa de alfabetização, aquela que visa formar leitores e escritores, e não meros decifradores do sistema.
É preciso considerar:Os conhecimentos prévios dos alunos.O grau de habilidade no uso do sistema alfabético.As características concretas do grupo.As diferenças individuais.
Desenvolvimento das atividades:
1. Identificar situações em que se faz necessário escrever e ler nomes. Alguns exemplos: Escrever o nome dos colegas, (pedir que os alunos distribuam tentando ler os nomes);
2. Pedir a leitura e interpretação dos nomes escritos (avental pedagógico);
3. Preparar oralmente a escrita: discutir com os alunos, se necessário, qual o nome a ser escrito dependendo da situação;4. Ser bem claro nas recomendações: explicitar o que deverá ser escrito, onde fazê-lo e como, que tipo de letra usar, etc;
5. Pedir a escrita dos nomes: com e sem modelo;
6. Fazer acrósticos através dos nomes;
7. Bingo;
8. Atividade lúdica, (Sei o alfabeto).
Objetivos
  • Ao final das atividades, o aluno deve:
  • Identificar a escrita do próprio nome;
  • Escrever com e sem modelo o próprio nome;
  • Ampliar o repertório de conhecimento de letras;
  • Interpretar as escritas dos nomes dos colegas da turma;
  • Utilizar o conhecimento sobre o próprio nome e o alheio para resolver outros problemas de escrita, tais como: quantas letras usar, quais letras, ordem da letras etc e interpretação de escritas.
Recursos didáticos
  • Folhas de papel sulfite com os nomes dos alunos  impressos;
  • Etiquetas de cartolina de 10cm x 6cm (para os crachás);
  • Cartelas de bingo;
  • Bola; Organização da sala
Atividade 1-
Ditado – Dite um nome da lista. Cada aluno deverá encontrá-lo na lista que tem em mãos e circulá-lo. Em seguida, peça a um aluno que escreva aquele nome na lousa. Peça aos alunos que confiram se circularam o nome certo. Para que essa atividade seja possível a todos é importante fornecer algumas ajudas. Diga a letra inicial e final, por exemplo.
Atividade 2 -
Separando nomes de meninas e meninos – Apresente a lista da chamada da classe. Peça para os alunos separarem em duas colunas: nomes das meninas e nomes dos meninos.
Observação: em todas estas atividades é importante chamar a atenção para a ordem alfabética utilizada nas listas. Este conhecimento: nomeação das letras do alfabeto é importante para ajudar o aluno a buscar a letra que necessita para escrever. Em geral os alunos chegam à escola sabendo “dizer” o alfabeto, ainda que não associando o nome da letra aos seus traçados. Aproveite esse conhecimento para que possam fazer a relação entre o nome da letra e o respectivo traçado.
5 RECURSOS
5.1 Recursos humanos
Direção, coordenação, professores, alunos e inspetores.
5.2 Recursos Materiais
  • Papel sulfite;
  • Cartolina;
  • Lápis de cor;
  • Lápis de escrever;
  • Giz de cera;
  • Régua;
  • Máquina digital;
  • E.V.A;
  • Cola quente;
  • Computador (internet);
  • STE
  • Aparelho de som;
  • Xérox;
  • Cola branca;
  • Caderno;
  • Borracha;
  • Revistas, jornais, livros e gibis, etc...
  • Livros didáticos;
  • CD
  • Aparelho de DVD;