“Desastre 1: MULHER APOSENTARÁ NA MESMA IDADE DE TODOS OS HOMENS, só aos 65 anos de idade. Não basta a mulher trabalhar até em tripla jornada, agora as companheiras trabalhadoras, sem exceção, só se aposentarão aos 65 anos de idade...”
“Desastre 2: os trabalhadores do chamado regime geral da previdência, geralmente os da iniciativa privada, precisarão contribuir 25 anos para poder ter acesso ao benefício da aposentadoria aos 65 anos, idade mínima para se aposentar. Isso é um desastre social para muitos trabalhadores que, no capitalismo, nem sempre possuem a possibilidade de ter somados 25 anos com carteira assinada, filiados ao regime geral da previdência, até os 65 anos de idade. Muitos, fruto das condições precárias e sem segurança do mundo do trabalho, passam períodos da vida fazendo os chamados bicos, sendo demitidos, perdendo e procurando novos empregos com carteira assinada. Portanto, na prática, essa nova regra dificultará e até impedirá milhões de trabalhadores de se aposentarem até os 65 anos, justamente porque não conseguirão contribuir 25 anos. Isso acabará empurrando muitos para aposentadoria bem acima dos 65 anos de idade ou mesmo correm o risco de nem se aposentarem, gerando indigência social na velhice.”
“Desastre 3: Adeus aposentadoria integral (100% do salário). Além de aumentar para 65 anos de idade o referencial mínimo para todos se aposentarem (homens, mulheres, trabalhadores rurais, professores), desde que tenham contribuído 25 anos com o Regime Geral da Previdência, nessa idade já avançada ninguém terá o direito a receber o salário integral (100% do valor). Todos receberão apenas 76% da média salarial que receberam, durante 51% do tempo de contribuição com a previdência. Para ter acesso a 100% do salário, é preciso contribuir 49 anos, que seriam a soma dos 25 anos obrigatórios de contribuição para iniciar a obtenção do benefício de forma parcial (76%), acrescidos de mais outros 24 anos obrigatórios para obter o salário integral da aposentadoria (100%). Ninguém ficará de fora do fim da aposentadoria integral (100% do valor). Mesmo os que estiverem nas chamadas regras de transição terão de somar 49 anos de contribuição obrigatória para receber 100% do benefício. Resumindo: todos ficarão mais POBRES, quando atingirem a idade mínima para se aposentar, pois passarão a receber apenas 76% do salário. Justamente na idade avançada, em que os gastos com alimentação e saúde aumentam, a proposta de Reforma da Previdência pretende empobrecer os(as) idosos(as). Isso será um grande DESASTRE SOCIAL.”
“Greve Geral contra essa REFORMA DA PREVIDÊNCIA que vai dificultar e muito a vida dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros.” Trechos extraídos do Blog:
https://socialistalivre.wordpress.com/2017/02/05/reforma-da-previdencia-desastre-social
1-De acordo com o texto, quais são os três desastres sociais que a Reforma da Previdência irá causar na vida da classe trabalhadora?
2-Qual a tese defendida no blog em relação aos desastres sociais previstos na Reforma Previdência? a-( ) não fazer nada, apenas esperar que a reforma aconteça; b-( )torcer muito para que a reforma não aconteça; c-( ) fazer uma Greve Geral para que a reforma não aconteça; d-( ) compreender que a reforma da previdência é um desastre social inevitável
3-O número 76%, usado três vezes no penúltimo parágrafo, serve de argumentação para: a-( ) mostrar que todos se aposentarão com o salário integral; b-( ) mostrar que não tem dinheiro para pagar os aposentados; c-( ) mostrar que a reforma não permitirá que os novos aposentados recebam o seu salário integral; d-( ) mostrar que o aposentado vai continuar recebendo muito dinheiro
4-Você concorda com a proposta de as mulheres passarem a se aposentar só aos 65 anos, mesma idade dos homens? Sim ou não. Justifique.
5-Você concorda com a proposta de que uma pessoa deva contribuir 49 anos para receber aposentadoria integral? Sim ou não. Justifique.
6-Escreva um texto direcionado à sua família, explicando o que acontecerá na vida de todos nós, caso a reforma da previdência seja aprovada.
Professor Gílber Martins Duarte, Doutor em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Uberlândia, Professor de Língua Portuguesa na Rede Pública Estadual de Minas Gerais
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