sábado, 15 de abril de 2017

ATRIBUIÇÕES DOS PROFESSORES DE APOIO

Atribuições do professor de apoio:
• Atuar de forma colaborativa com o professor regente da classe comum para a definição de estratégias pedagógicas que favoreçam o acesso do aluno com necessidades educacionais especiais ao currículo e a sua interação no grupo;
• Promover as condições para a inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais em todas as atividades da escola.
• Orientar as famílias para o seu envolvimento e a sua participação no processo educacional;
• Orientar a elaboração de materiais didático-pedagógicos que possam ser utilizados pelos alunos na sala de aula;
• Indicar e orientar o uso de equipamentos e materiais específicos e de outros recursos existentes na família e na comunidade;
• Desenvolver formas de comunicação simbólica, estimulando o aprendizado da linguagem expressiva;
• Preparar material específico para uso dos alunos na sala de aula;
• Prover recursos de Comunicação Aumentativa e Alternativa;
• Garantir o suprimento de material específico de Comunicação Aumentativa e Alternativa (pranchas, cartões de comunicação e outras), que atendam a necessidade comunicativa do aluno no espaço escolar;
• Adaptar material pedagógico (jogos e livros de histórias) com a simbologia gráfica e construir pranchas de comunicação temáticas para cada atividade, com objetivo de proporcionar a apropriação e o aprendizado do uso do recurso de comunicação e ampliação de vocabulário de símbolos gráficos;
• Identificar o melhor recurso de tecnologia assistiva que atenda as necessidades dos alunos, de acordo com sua habilidade física e sensorial atual, e promova sua aprendizagem por meio da informática acessível;
• Ampliar o repertório comunicativo do aluno, por meio das atividades curriculares e de vida diária.
Carga horária de trabalho:
O profissional deverá cobrir a carga horária do aluno, cumprindo a exigência curricular quando necessário.
Surdocegueira
A surdocegueira é uma deficiência única com graves perdas visuais e auditivas combinadas. Essa condição leva a pessoa surdocega a ter necessidade de formas específicas de comunicação, para ter acesso à educação, lazer, trabalho, vida social, etc. Não há necessariamente, ter uma perda total dos dois sentidos.
Guia-Intérprete: é o profissional que serve de canal de comunicação e visão entre a pessoa surdocega e o meio no qual ela está interagindo (o mundo). Sendo assim, este profissional deve apresentar algumas habilidades essenciais para que consiga transmitir todas as informações de modo fidedigno e compreensível á pessoa surdocega


Atribuições do Guia Intérprete:
• Compreender a mensagem em uma língua, extrair o sentido através da informação lingüística (palavras, orações, aspectos como intensidade, tom, timbre, entonação, acentuação, ritmo e pausa), extralingüística (pistas sonoras ou visuais provenientes do emissor e da situação comunicativa) contextualizar o sentido na língua de destino – Interpretação – ou na mesma língua em outro sistema de comunicação utilizado pela pessoa surdocega;
• Descrever o que ocorre em torno da situação de comunicação, a qual inclui tanto o espaço físico em que esta se apresenta como as características e atividades das pessoas envolvidas;
• Facilitar o deslocamento e a mobilidade da pessoa surdocega no meio.
Observação: Os professores que desejam tornar-se especialistas para atuar com os alunos surdocegos deverão preencher alguns pré-requisitos, o que significa ter domínio da Libras, do Sistema Braille e de Orientação e Mobilidade.
Carga horária de trabalho:
O profissional deverá cobrir a carga horária do aluno, cumprindo a exigência curricular quando necessário.


https://www.facebook.com/PlantaoInspecaoEscolar/posts/367018116775959

SALA DE RECURSO

Sala de Recursos
A sala de recursos caracteriza-se como um atendimento educacional especializado que visa à complementação do atendimento educacional comum, no contraturno de escolarização, para alunos com quadros de deficiências ou de transtornos globais do desenvolvimento matriculados em escolas comuns, em qualquer dos níveis de ensino. Nesse atendimento devem-se abordar questões pedagógicas que são diferentes das oferecidas em escolas comuns e que são necessárias para melhor atender às especificidades desses alunos. As atividades desenvolvidas nesse serviço não devem ter como objetivo um ensino para desenvolver conteúdos acadêmicos tais como a Língua Portuguesa, a Matemática, dentre outros. A abordagem na sala de recursos não pode ser confundida com uma mera aula de reforço, nem com o atendimento clínico, tão pouco um espaço de socialização. A finalidade do atendimento educacional especializado é disponibilizar programas de enriquecimento curricular, o ensino de linguagens e códigos específicos de comunicação e sinalização, ajudas técnicas e tecnologias assistivas. Ao longo de todo o processo de escolarização, esse atendimento deve estar articulado com a proposta pedagógica do ensino comum. Reafirma-se o caráter pedagógico desse atendimento, cujo objetivo é suprir a necessidade do aluno, assegurando o direito de acesso a recursos que possam potencializar suas capacidades, promover o seu desenvolvimento e aprendizagem e, conseqüentemente, levar o aluno à sua própria emancipação, garantindo, assim, uma plena convivência social.
Atribuições do professor da sala de recursos:

• Elaborar, executar e avaliar o Plano de AEE do aluno contemplando: a identificação das habilidades e necessidades educacionais específicas do aluno; a definição e a organização das estratégias, serviços e recursos pedagógicos e de acessibilidade; o tipo de atendimento conforme as necessidades educacionais específicas do aluno; o cronograma do atendimento e a carga horária individual ou em pequenos grupos;
• Programar, acompanhar e avaliar a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade no AEE, na sala de aula comum e nos demais ambientes da escola;
• Produzir matérias didáticos e pedagógicos acessíveis, considerando as necessidades educacionais específicas dos alunos e os desafios que estes vivenciam no ensino comum, a partir dos objetivos e das atividades propostas no currículo;
• Estabelecer a articulação com os professores das salas de aula e com os demais profissionais da escola, visando à disponibilização dos serviços e recursos e o desenvolvimento de atividades para a participação e aprendizagem dos alunos nas atividades escolares; bem como as parcerias com áreas intersetoriais;
• Orientar os demais professores e as famílias sobre os recursos pedagógicos e de acessibilidade utilizados pelos alunos de forma a ampliar suas habilidades, promovendo sua autonomia e participação;
• Desenvolver atividades próprias do AEE, de acordo com as necessidades educacionais específicas do aluno: ensino da Língua Brasileira de Sinais – Libras para alunos com surdez; ensino da Língua Portuguesa escrita para alunos com surdez; ensino da Comunicação Aumentativa e Alternativa – CAA; ensino do sistema Braille, do uso do soroban e das técnicas para a orientação e mobilidade para alunos cegos; ensino da informática acessível e do uso dos recursos de Tecnologia Assistiva – TA; ensino de atividades de vida autônoma e social; orientação de atividades de enriquecimento curricular para as altas habilidades/superdotação; e promoção de atividades para o desenvolvimento das funções mentais superiores.
Carga horária de trabalho:
O profissional deverá cumprir a carga horária estabelecida pelo cargo, ou seja, incluindo o módulo II e conforme o plano de atendimento estabelecido para a turma de AEE, ou seja, atendendo os alunos em grupo ou individualmente e oferecendo o apoio para a escola de origem do aluno.


https://www.facebook.com/PlantaoInspecaoEscolar/posts/367018116775959

ATRIBUIÇÕES DO INTERPRETE DE LIBRAS

ATRIBUIÇÕES E CARGA HORÁRIA DOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM EM ATENDIMENTOS EDUCACIONAIS ESPECIALIZADOS
Intérprete de Libras
O intérprete educacional é aquele que ocupa a função pública estadual de Intérprete de Libras, tendo como função primordial estabelecer a intermediação comunicativa entre os usuários de Língua de Sinais – Língua Brasileira de Sinais – e os de Língua Oral – Língua Portuguesa – no contexto escolar, traduzindo/interpretando as aulas, com o objetivo de assegurar o acesso dos surdos à educação.
Atribuições dos intérpretes:
• Esclarecer e apoiar os professores no que diz respeito à escrita dos surdos, acompanhando os professores, caso necessário e mediante solicitação, na correção das avaliações e na leitura dos textos dos alunos;
• Traduzir todas as questões da avaliação – do Português escrito para a Língua de Sinais – sem acréscimo de esclarecimentos, adendos, exemplificações ou demais auxílios, pois eles, quando necessários, dizem respeito somente ao professor;
• Auxiliar os alunos, durante a avaliação, no que se refere, exclusivamente, à Língua Portuguesa: significado, estrutura, léxico, contexto;
• Redirecionar ao professor os questionamentos, dúvidas, sugestões e observações dos alunos, a respeito das aulas, pois ele é a referência no processo de ensino-aprendizagem;
• Esclarecer aos alunos somente as questões pertinentes à língua e ao processo interpretativo, salvo em casos extraordinários em que a instituição o incumbir de algum aviso específico aos surdos;
• Buscar, quando necessário, o auxílio do professor antes, durante e após as aulas com o objetivo de garantir a qualidade de sua atuação, bem como a qualidade do acesso dos surdos à educação;
• Assegurar, para o melhor desempenho de sua função, o tempo hábil necessário para integrar todo o contexto textual registrando no quadro negro, antes de o professor expô-lo ou discuti-lo;
• Estimular a relação direta entre alunos surdos e professor, ou entre alunos surdos e outros participantes da comunidade escolar, nunca respondendo por nenhuma das partes;
• Oferecer ao professor, quando este solicitar, um feedback do processo de ensino-aprendizagem decorrente de sua intermediação interpretativa sem, contudo, assumir qualquer tipo de tutoria dos alunos;
• Informar ao professor as particularidades dos surdos, reconsiderando com ele, sempre que necessário, a adequação da forma de exposição dos conteúdos a tais especificidades, com o intuito de garantir a qualidade do acesso dos surdos a esses conteúdos escolares;
• Estar presente às reuniões pedagógicas e administrativas, limitando sua participação aos seus interesses profissionais, às questões de comunicação e acessibilidade dos surdos, bem como àqueles que se referem à sua função interpretativa e educativa;
• Reunir-se com um representante da instituição escolar e com os demais intérpretes, sempre que surgir uma questão inusitada e complexa relacionada à sua atuação profissional e ética, para discuti-la e, só então, emitir um posicionamento.
Carga horária de trabalho:
O profissional deverá cobrir a carga horária do aluno, cumprindo a exigência curricular quando necessário.
Instrutor de Libras
O instrutor/professor de Libras é aquele que ocupa a função pública estadual de Instrutor de Libras, tendo como função primordial o ensino da Língua de Sinais – Língua Brasileira de Sinais – no contexto escolar, tanto a alunos surdos, quanto a ouvintes e a professores da Rede Pública de Ensino.
Atribuições dos instrutores:
• Organizar e administrar a sala de aula, durante sua atuação, segundo os padrões determinados pela instituição;
• Preparar previamente suas aulas, buscando sempre melhores recursos e estratégias para o ensino da Libras;
• Construir uma relação de cooperação com os demais profissionais do contexto escolar, principalmente com os intérpretes;
• Esclarecer aos alunos somente as questões pertinentes à língua de sinais, cultura e identidades dos surdos, não cabendo a ele nenhuma explicação sobre os conteúdos específicos de outras disciplinas, ainda que os domine;
• Informar aos professores e intérpretes as particularidades dos surdos e, sempre que necessário, sugerir a adequação da forma de exposição dos conteúdos a tais especificidades, com o intuito de garantir a qualidade do acesso dos surdos aos conteúdos escolares;
• Considerar os diversos níveis da Língua de Sinais dos alunos surdos e também ouvintes, e se dedicar ao desenvolvimento da fluência e ao aperfeiçoamento de todos os seus alunos no uso da Libras;
• Reunir-se com um representante da instituição escolar e com os demais integrantes do contexto escolar e (ou) instrutores sempre que surgir uma questão inusitada e complexa relacionada à sua atuação profissional e ética, para discuti-la e, só então, emitir um posicionamento.
Carga horária de trabalho:
O profissional deverá cumprir a carga horária estabelecida pelo cargo, ou seja, incluindo o módulo II.

PAPEL DE CADA UM NO APOIO PEDAGÓGICO

O papel de cada um no apoio pedagógico

Conheça as ações das Secretarias de Educação, da direção, da coordenação pedagógica e do professor para a implantação de grupos de apoio

Secretaria da Educação 
- Realizar um levantamento da situação real da rede sobre os índices de aprendizagem dos alunos 
- Definir critérios para a formação dos grupos de apoio 
- Estabelecer parâmetros para a seleção de professores 
- Definir as questões operacionais junto aos diretores 
- Analisar os aspectos financeiros para implantação dos grupos de apoio 
- Acompanhar periodicamente o desempenho dos alunos 
- Buscar a legislação que subsidia as tomadas de decisão, por exemplo: pagamento dos professores de apoio, remanejamento de alunos, transporte, seleção de professores, reclassificação alunos 

Diretor 
- Analisar os índices de aprendizagem dos alunos de sua escola em parceria com o supervisor/coordenador 
- Analisar, junto com o supervisor/coordenador, as variantes sobre o processo de ensino 
- Formar classes de acordo com o critério pré-estabelecido pela rede 
- Garantir as condições físicas da escola para atendimento destes alunos (gestão do espaço) 
- Definir horários para as aulas de apoio (gestão do tempo) 
- Manter a comunicação com os pais (gestão das relações interpessoais) 
- Indicar professores (gestão dos recursos humanos) 
- Garantir os materiais necessários para as aulas (gestão material) 
- Compreender o processo de ensino e de aprendizagem para respeitar e assegurar o apoio pedagógico na escola (gestão pedagógica) 
- Acompanhar a frequência de professores e de alunos no grupo de apoio (gestão administrativa) 
- Acompanhar a aprendizagem dos alunos (gestão administrativa) 
- Fazer avaliação permanente e compartilhada com o supervisor do processo da implantação do grupo de apoio na escola (gestão administrativa) 
- Assegurar que o professor de apoio cumpra com as suas atividades de apoio regularmente (gestão administrativa) 

Formador ou supervisor 
- Conhecer os critérios pré-estabelecidos para a formação de grupo de apoio 
- Definir critérios de avaliação para a indicação de alunos para o grupo de apoio 
- Acompanhar as aprendizagens dos alunos 
- Fazer avaliação permanente e compartilhada com o diretor do processo da implantação do grupo de apoio na escola 
- Analisar as variantes sobre o processo de ensino 
- Participar da indicação de professores 
- Ter conhecimentos didáticos para fazer a formação dos professores 
- Acompanhar e orientar o planejamento dos professores 
- Articular o trabalho do professor regente e o do professor de apoio 
- Acompanhar a frequência de professores e de alunos no grupo de apoio 
- Acompanhar, registrar e avaliar o desenvolvimento do aluno e compartilhar os apontamentos com os professores 

Professor 
- Conhecer os critérios pré-estabelecidos para enviar alunos para o apoio 
- Ter conhecimentos didáticos para planejar as atividades 
- Dominar conhecimentos pedagógicos para saber acompanhar as aprendizagens dos alunos 
- Preencher instrumentos de avaliação e acompanhamento das aprendizagens dos alunos


https://gestaoescolar.org.br/conteudo/672/o-papel-de-cada-um-no-apoio-pedagogico

PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES DOS PROFESSORES DE APOIO

As principais atribuições do professor da sala de recursos são: 

- Oferecer apoio pedagógico a alunos integrados em classe comum;
- manter intercâmbio com a comunidade escolar para um trabalho de conscientização sobre as potencialidades do portador de surdez;
- atender diariamente, na sala de recursos, alunos surdos integrados, individualmente ou em pequenos grupos, de no máximo seis alunos;
- oferecer, na sala de recursos, complementação curricular específica, visando, principalmente, ao aprendizado da Língua Portuguesa (leitura, interpretação e redação de textos variados);
- organizar um cronograma de atendimento às necessidades e às condições de cada aluno surdo;
- reunir sistematicamente os pais dos alunos surdos para orientações e incentivos à participação em reuniões da escola e no processo de integração dos alunos;
- elaborar material pedagógico, visando a sanar as dificuldades encontradas pelos alunos integrados em classes comuns, nas diferentes áreas do conhecimento;- atuar como professor de ensino dirigido de todas as disciplinas, visando ao aprendizado do vocabulário e mensagem ali expressos em Língua Portuguesa;
- registrar a freqüência dos alunos da sala de recursos, bem como contactar os pais, quando houver faltas consecutivas;
- realizar visitas periódicas às classes comuns, registrando as informações relevantes que coletar;
- realizar periódica e sistematicamente avaliação das atividades desenvolvidas quanto à forma de agrupamento, metodologia, materiais utilizados, horário de atendimento, etc. e trocar impressões com o professor da classe comum quanto ao rendimento alcançado pelos alunos surdos integrados;
- avaliar o processo de integração escolar, juntamente com toda a equipe da escola regular e a família.

GENERO MUSICAL

Oficina nº 11: Gênero musical
1- ORIENTAÇÕES AO PROFESSOR
            É importante desenvolver atividades voltadas para a música nos contextos educativos, uma vez que esta relação com o som, com a visualidade ocupa hoje um importante lugar nas manifestações culturais e na aprendizagem, já que neles circula um grande suporte de informações e de ações culturais. Assim, pela via da cultura e da arte, a palavra cantada deve estar presente no currículo escolar, uma trilha que nos conduzirá ao entendimento no processo de educar, da formação da sensibilidade de jovens e crianças nos diferentes espaços de formação. Procurar manter sua magia de maneira a senti-la, não como um elemento, um código a ser simplesmente sinalizado e interpretado por si só, mas associada à música, à sonoridade, à visualidade, à plasticidade que ela contém. São ações que poderão resgatar a palavra e o seus usos nas ações educativas.

2-Objetivos:
 • desenvolver atividades prazerosas para aguçar a realidade sonora, tátil e plástica na imaginação do aluno;
 • trabalhar esses gêneros textuais como valor  estético e percepção de mundo;
 • relacionar os diferentes gêneros textuais e formas musicais;
• trabalhar as palavras como o som e sentido, manifestadas nas poesias, na música, o seu diálogo com os diferentes gêneros;
 • estimular a sensibilidade dos alunos para a linguagem poética, para as associações melódicas e rítmicas; • compreender as canções de acordo com seu contexto histórico;
 • posicionar-se criticamente diante de textos lidos, apresentando apreciações e valorações estéticas, éticas, políticas e ideológicas;
• reconhecer as relações semânticas que organizam o conteúdo dos textos: tempo, espaço, causa, finalidade, condição, oposição, conclusão, comparação entre outras;
 • identificar os efeitos de humor e ironia nos diversos gêneros textuais; • distinguir fato de opinião;
• desenvolver a competência da expressão oral,  da criatividade e trabalho  em equipe;
• identificar variedades lingüísticas que ocorrem para a construção do sentido do texto;
• desenvolver a percepção crítica do entorno social; • redigir diferentes textos.

 3-   Tempo previsto : 3 a 6 horas

 4-   Material necessário
 • Tesoura sem ponta • computadores – sala de informática
• CD de canções populares
• Aparelho de som
• Papel colorido
• Cola
• Cartaz com desenhos de caixinhas
 • Caderno Brochurão
 • Lápis preto, canetas hidrocor, lápis de cor, lápis de cera
 • Pincéis para papel ( marcadores tipo Pilot)
• Papel pardo
• Fita crepe
• Papel A4 ( 1 folha por participante)
• Papel pardo
• Objetos e adereços diversos para encenação improvisada
 • Canções dos gêneros estudados ( sem sugestão, fica a critério do professor)
• Poema “Estatuto do Homem”, de Thiago de Melo
• Canções populares / raps
• Declaração Universal dos Direitos Humanos – texto para cada aluno
 • Figurino: chapéus, máscaras e adereços de todo tipo, peças de vestuário, jornais velhos, papel pardo, tinta à base de água.
• Sugestões de cantores e compositores dos vários estilos musicais : José Ramalho, Chico Buarque de Holanda, Zeca Baleiro, Milton Nascimento, Titãs, Arnaldo Antunes, Cazuza, Renato Russo, Capital Inicial, Pato Fu, Skank, Fagner, Gabriel Pensador, Marisa Monte, Ana Carolina, Nara Leão,  João Gilberto, Miúcha, Maísa, Geraldo Vandré, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Paulinho da Viola, Cartola, Demônios da Garoa, Martinho da Vila, Timbalada, Afro-reggae, Paulinho Mosca, Caju e Castanha, Luís Gonzaga, Gonzaguinha, Lulu Santos, Jota Quest , Marisa Monte, Engenheiros do Havaí, Clara Numes, Caetano Veloso, Gal Costa, etc


  5-  Aquecimento para o tema : disposição em círculo Com os alunos sentados em círculo falar sobre a importância dos  gêneros musicais, informando-lhes que no Brasil, a tradição ibérica dos trovadores deu origem aos cantadores. Esses eram poetas populares que iam de região em região para cantar seus versos, que apareciam em forma de trovas, samba de roda e repentes. Essa tradição dos trovadores e cantadores   foi, durante muitas décadas, principalmente, no Nordeste, uma prática bastante comum, que envolvia adultos, jovens e crianças, reunidos nas praças das pequenas cidades ao final das tardes, independentemente de datas comemorativas. . Nesses versos há grande força rítmica e agilidade mental que seduzem pela força das palavras, há uma memória viva e inteligente para a segurança da improvisação. A palavra cantada, aliada ao jogo, também ocorria como composição estética nas brincadeiras das crianças. Muitos jogos infantis possuíam versos que eram falados pelos jogadores. Os jogos eram desenvolvidos nas ruas e calçadas, nos jardins e parques e  podiam ser cantados, ritmados ou musicados. Jogos populares foram usados em brincadeiras por crianças e por adultos em várias partes do Brasil. Os diálogos, escritos em versos, possuíam rimas, ritmo, assim, como nas composições poéticas. Brincar com os jogos era também brincar com as palavras, como nas  composições poéticas, como na brincadeira chamada “Padeiro, padeiro”: “ Padeiro! Padeiro!: Quantos pães queimou por dia?/Vinte e um queimados/Quem foi que os queimou?/Foi o padeiro/ Padeiro! Padeiro! Eu já vou lá! Ainda na brincadeira “ A raposa e as galinhas”: Podes farejar, raposa/ Todo o nosso galinheiro/E até mesmo se quiseres/Permanecer o dia inteiro/Para a fome saciares/Nada, nada encontrarás/ Procura como quiseres/Que galinha não terás”.
 ● Explicar aos alunos que as palavras exercem diferentes funções na relação entre texto e melodia, nas composições de poetas e músicos. À medida que as palavras são compostas em versos, em diferentes formas e gêneros, observamos uma variedade muito grande de  associações melódicas e rítmicas, que são responsáveis pelos diferentes movimentos estéticos da poesia e da música. O texto e a melodia favorecem uma riqueza enorme de modulações.
 ● Depois dessa explicação, promover um debate regrado a partir da seguinte problematização: Como as formas melódicas da palavra evoluem, tendo em vista esses estilos? Como a melodia pode transformar o texto, ou, ao contrário, como o texto se acomoda à melodia?
 ● Criar espaços para que os alunos falem do gênero musical que apreciam e por quê?
● Acrescentar durante a discussão que em canções da MPB, da Bossa Nova, do Roque, por exemplo, o texto busca, na maioria das vezes, acomodar-se à melodia para atingir a
persuasão. Vinicius de Moraes, Tom Jobim, João Gilberto, assim como os demais compositores da Bossa Nova, promoveram uma revolução estética, pois passaram a entender a relação palavra e som não somente do ponto de vista melódico da integração da melodia, ritmo, harmonia e contraponto, o que revolucionou, também, tanto a escuta quanto o fazer musical, porque as letras das músicas passaram a ser valorizadas não pelas idéias ( significado), mas também pela sua sonoridade ( significante). A palavra ganha, assim, um outro valor de representação, ou de individualidade sonora. Assim, considerando a palavra valorizada pelo conteúdo e pela forma, temos conseqüentemente, uma maior valorização da interpretação. 6- Vivência ( jogo e representações) • Fazer uma “chuva de idéias”  em torno das palavras MPB, Bossa Nova , Pop-Roque, Afro-reggae, Tropicália, Funk,  Samba “ Rap” “Rock-punk”, etc. Escrever as palavras em painéis e incentivar os participantes a dizer espontaneamente o que associam a cada uma delas. • Registrar, nos painéis, as expressões exatas dos membros do grupo. Sintetizar e organizar os conceitos com o apoio em transparências e cartazes.
 • Provocar o grupo para a reflexão da diferença entre os  estilos musicais e como influenciaram e continuam influenciando nossas atitudes e comportamentos.
 • Selecionar previamente algumas canções dos  estilos acima  e ouvir as canções, fazendo associações da letra com a vida.
) Que tipo de  necessidade ou aspiração a música procura explorar?
 b) A que tipo de público ela se dirige? Onde ela circula?
 c) Que valores teria esse público – ou deveria ter – segundo a música?
 d) Como era o momento histórico, cultural,  político e econômico  em que  ela ocorreu?
e) Qual a intenção do autor  ao compô-la?
 f) Esclarecer que as conclusões do grupo deverão ser apresentadas em plenário por um representante.
• Reconhecer as relações semânticas que organizam o conteúdo dos textos: tempo, espaço, causa, finalidade, condição, oposição, conclusão, comparação entre outras.
• Organizar as apresentações dos subgrupos no plenário. • Provocar o aprofundamento das reflexões e a elaboração de perguntas polêmicas para as quais o grupo não tenha respostas prontas.
 • Ir registrando no painel  “Banco de Perguntas”.

7- Reflexão dialógica –  participando do diálogo  -
 ORALIDADE
 • Propor que o grupo desenvolva a capacidade de pensar coletivamente, participando de uma discussão dialógica ou debate regulado.
• Posicionar-se criticamente diante de textos lidos, apresentando apreciações e valorações estéticas, éticas, políticas e ideológicas
. • Retomar as perguntas surgidas durante a apresentação e levar o grupo, por meio de um diálogo investigativo, a explicitar o que as perguntas, de fato, estão questionando e os pressupostos que, eventualmente, encubram. Se necessário, conduzir o grupo a desdobrar as perguntas que contenham pressupostos que precisam ser questionados. Procurar também agrupar as perguntas por semelhanças, eliminar repetições e ter clareza dos pontos que estão sendo questionados ou polemizados.
 • Numerar as perguntas e solicitar que cada participante indique, em voz alta, no plenário, o número daquela que gostaria de discutir no grupo
 • Dar oportunidade para os que não se sentirem satisfeitos com a escolha, argumentem a favor de seu ponto de vista e tentem convencer os demais. O objetivo é chegar a um
acordo negociado com base em argumentos.
 • Solicitar que o grupo defina os critérios para a realização de uma discussão dialógica produtiva.
• Registrar os critérios no cartaz, com o cuidado de pedir aos participantes que explicitem, quando necessário, o querem dizer, que traduzam palavras e expressões abstratas ou genéricas.
 • Organizar a discussão, definindo o tempo de duração ( no máximo, 30 minutos), focalizando a pergunta escolhida pelo grupo e identificando dois voluntários: um para avisar o professor quando faltarem cinco minutos para terminar o tempo combinado; e outro, para controlar as inscrições, anotando, por ordem, o nome dos participantes que pedirem a palavra.
 • Desenvolver a discussão e, quando faltarem 5 minutos para terminar o tempo, interromper os pedidos de intervenção e levar os participantes a elaborar, individualmente uma idéia significativa que lhes tenha ficado na discussão. Não se trata necessariamente de consenso ou de conclusão fechada, mas de  uma idéia, percepção ou sentimento novo que tenha sido acrescentado ao que cada um já sabia.
 • Criar oportunidades para que o grupo avalie a discussão com base nos critérios previamente estabelecidos.
 • Ao final, os participantes deverão rever os critérios e os modificar caso julguem necessário (acréscimo, explicitação, etc.).
• O importante é que os alunos compreendam os diversos estilos musicais e os apreciem.


8- Aplicação: trabalhando mais canções
● Colocar a música para ser  ouvida
. ● Criar oportunidades para que os alunos possam manusear o CD musical, pedir-lhes que façam a perigrafia do suporte.
● Fazer uma pesquisa na Internet sobre os “Titãs”
● Expor, em um cartaz ou datashow,  a 1ª estrofe da letra da música “Comida” e solicitar aos alunos que  comentem o que entenderam e, assim sucessivamente. Explorar as questões sociais, os princípios da eqüidade, o reconhecimento das diferenças entre as pessoas, o apelo ao espírito de fraternidade, as desigualdades sociais, etc.
● Criar oportunidades para que os alunos participem e façam os comentários que quiserem.
 ● Levar o grupo a perceber que existem vários tipos de violência  como a fome, a exclusão econômica, autoritarismo, racismo, sexismo, intolerância religiosa, intolerância sexual.
● Solicitar que os alunos estabeleçam relação com o seu entorno.
 ● Realizar um debate regulado ( discussão dialógica) para compreender melhor as causas e as possíveis soluções para o problema apresentado na letra da música.
 ● Dividir o grupo em quatro subgrupos e solicitar a cada um que redija os seguintes textos: resenha, paródia, poema e crônica.
● Criar oportunidades para que os alunos socializem suas produções de gêneros diferentes. ● Distribuir aos mesmos grupos canções populares brasileiras. Essas quatro canções selecionadas previamente deverão denunciar problemas sociais ( podem ser raps). ● Os grupos irão ensaiar as peças teatrais de acordo com a letra.
● Propor que as equipes que encenaram cada uma das canções, analisem a letra à luz dos artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
● Pedir-lhes que leiam e comentem os artigos, localizando no texto os direitos que estão sendo desrespeitados na situação presente da canção.
● Sugerir quatro formas de apresentação:
a) imaginar que os alunos estão criando uma associação de bairro para defender os direitos dos moradores;
b) apresentação em cartazes e faixas;
c) apresentação em forma de paródia;
d) dramatização curta que mostra a mensagem da letra.
● Organizar as apresentações dos grupos em plenário.
● Explorar fatos e opiniões a partir das colocações dos alunos.
9- Novas aprendizagens
 ● Retomar com o grupo os temas discutidos nas atividades anteriores e comentar que um poeta brasileiro, Thiago de Melo, escreveu, na época da ditadura, um canto à liberdade, à dignidade e ao amor, que ele chamou de Estatuto do Homem.
 ● Distribuir para o grupo o texto, fazendo uma leitura coletiva dos artigos, de acordo com os seguintes procedimentos:
 a) pedir aos alunos para formar uma roda;
b) dar alguns minutos para que os participantes façam a leitura silenciosa de seu texto;
 c) combinar que cada participante vai dar um passo para dentro da roda,  ler em voz alta um trecho do poema e comentá-lo;
d) solicitar que estabeleçam relações da poesia com as canções estudadas;
e)  propor que os alunos dramatizem  o texto;
 f) solicitar produções de texto como: crônicas, contos maravilhosos e resenhas;
g) estabelecer a diferença entre poema e prosa.

10- Informação e reflexão: pesquisando
Para introduzir o “RAP” - Rhytm and Poetry, Ritmo e Poesia - , os alunos serão colocados em círculo  e ouvirão Marcelo D2 “           “ (sugestão), após  ouvirem a música, será passada uma caixinha de perguntas  sobre o “RAP”.
• O que você já ouviu falar sobre o RAP?
 • É importante conhecermos bem a letra para que tenhamos uma posição crítica a respeito de seu conteúdo? • Todo RAP é ruim? Explique.
• Que tipo de cuidado devemos ter  frente a determinadas letras de música? • Onde surgiu o RAP?
• Quais são os cantores e compositores  brasileiros de RAP?
• Existe diferença entre o RAP e a MPB?
• Existe semelhança entre o RAP e o Repente?
• Que  efeitos de humor e ironia  estão presentes em alguns gêneros musicais.
 • Como podemos distinguir fato de opinião nos gêneros estudados.
 • Quais as variedades lingüísticas presentes nos textos musicais?

 Em seguida, Os alunos irão para a sala de informática fazer pesquisa sobre esses gêneros musicais Rap e Repente. Na própria sala de informática será aberta uma discussão em que o professor deverá trabalhar algumas informações, como por exemplo,   que o gênero musical RAP é um texto de denúncia que surge na periferia das grandes cidades americanas, sendo também híbrido de ritmos jamaicanos e africanos. As letras, geralmente longas, tratam de temas cotidianos como a violência, a corrupção, a pobreza, a riqueza. É um tipo de discurso calcado nos problemas urbanos. O acompanhamento rítmico, nesse tipo de música, o ”RAP” situa-se nesse limite entre a fala e a canção. Pedir aos alunos que pesquisem na Internet  compositores do “RAP” e compositores do Repente, gênero embolada que, embora, não haja consenso entre os “rappers”, o “RAP” parece trazer também em suas músicas uma dose de métrica e da entonação dos repentistas dos cordéis nordestinos. Deve-se chamar a atenção dos alunos  para o fato de que os textos dos repentes são improvisados, mais em tom de brincadeiras e desafios – como em uma batalha verbal que faz com que os emboladores, com doses de humor e ironia, provoquem-se, afrontem-se – sem dúvida, eles dialogam. O texto verbal do “RAP” é marcado por esses desenhos melódicos, pelas vozes em eco,
pela repetição das palavras e de várias técnicas de “discotagem”, tudo isso demonstra a tensão da palavra e sua semelhança com o Repente. Após o trabalho de pesquisa, abrir uma discussão lembrando que são muitas as confluências entre estes arranjos na música e na poesia, que perpassam cada criação, misturando-se.
• Samba bossa;
• o Samba “reggae”;
 • o “Pop-rock”;
 • o “Rock-Punk”;
 • o Samba “RAP” (nova modalidade do “RAP”, que tem expressão maior com Marcelo D2)
• o samba choro;
 • a Bossa “Jazz”; • o “Rock-regaee”;
• o Afro-blue;
 • o “Britpop”, entre tantas outras vertentes que, nos aspectos melódicos e líricos das composições, mesclam ritmos urbanos e regionais.


11- Discussão e reflexão : compreendendo o contexto musical
• Dividir  a turma em três subgrupos e entregar a cada um deles a letra de uma das canções.
 • 1º grupo – Samba “reggae”

 • 2º grupo – Bossa “Jazz” • 3º grupo – Afro-blue

• Explicar que cada subgrupo vai discutir a letra da canção para inferir
1. de quem poderia ser a voz que fala na letra da canção;
 2. como essa voz fala dos problemas se parece com o que acontece na realidade?
 3. Em que contexto social, cultural, político esses fatos ocorreram?
4. Qual a finalidade do compositor ao abordar tal tema?
• Combinar que cada subgrupo terá de encontrar uma forma criativa de apresentar o resultado da discussão para os colegas.
 • Após as apresentações, provocar o grupo a se manifestar sobre o sentido da letra, usando a seguinte técnica: .
1 o grupo vai se organizar em duas rodas, uma de dentro e outra de fora, com as pessoas de frente umas para as outras, formando pares.

2 As duas rodas vão girar para a direita ao som de “Britpop”.
.
3 Quando a música parar, o professor fará uma pergunta que deverá ser discutida pelo par que se formar. .

4 Assim que a música recomeçar, as rodas voltarão a girar até que a música pare novamente e cada um esteja em frente de uma outra pessoa. .

5 O professor  fará, então, outra pergunta que será discutida pelo par e, assim, sucessivamente.

.6 Sugestões de perguntas:
 • Qual a relação entre o Rock e o estilo sertanejo?
• Qual é o teor das músicas sertanejas?
• Quais são as duplas sertanejas mais conhecidas.
 • Qual a contribuição de cada gênero musical para os grandes momentos vividos pelo povo brasileiro.
• Qual a relação da música com  os acontecimentos históricos, políticos e sociais.
• Em sala de aula, solicitar aos alunos para transformarem o gênero textual “RAP” em um “Repente”. Eles deverão ser lidos em voz alta e depois fazer um mural .
 • Outras atividades como: transformar repente em poesia e vice-versa.
 • Promover concursos  com o gênero textual “Repente”, com o objetivo de desenvolver a oralidade, o poder de criticidade e criatividade.

12- Metacognição • Solicitar que cada aluno escreva no Caderno de Registro sua resposta pessoal para as seguintes perguntas:
a) Quais outros gêneros que não foram estudados? Dê exemplos.
 b) Sobre o que trata o estilo “Funk”
. c) O que diferencia os gêneros musicais?
 d) Identificar as variedades lingüísticas presentes nas letras musicais.
 e) De que forma o momento histórico, político, social e cultural influencia as letras de música?
 f) Qual a importância das músicas nas vidas das pessoas.
g) É importante estimular os participantes a compartilhar os registros individuais e fazer uma apreciação pessoal sobre o tema estudado. Mais conhecimento, mais poesia! ( sugestão para o professor)
● Para aprofundar os conhecimentos, o professor pode utilizar o “vídeo-poema” de Arnaldo Antunes, chamado Nome Nã. Nele muita coisa poderá ser discutida a partir da idéia de que a poesia é intersemiótica, ou seja, ela dialoga com várias linguagens e signos.
● Nesse vídeo-poema percebemos que o poeta cria muitos sentidos, unindo a poesia à visualidade, à imagem, à música. As imagens ajudam a criar novos significados através de recursos como a repetição, a colagem e o jogo de palavras. O poeta constrói e desconstrói as palavras, o verso e, dessa forma lhes atribui um novo sentido.
● A poesia, assim apresentada no vídeo, parece que foi jogada em um liquidificador  e misturada a uma porção d ingredientes que são imagens, sons e cores. Através de associações e analogias de sensações e impressões adquiridas a partir deste jogo intersemiótico, percebemos que as palavras são poéticas, polissêmicas e não simplesmente um nome.
 ● São trinta “vídeos-poema” em que o professor pode explorar a ortografia, a gramática contextualizada, a exploração de fonemas e letras, a semântica, a lingüística, etc. Apresenta um dinâmico jogo que parte da idéia de que os nomes dados as coisas ou aos seres, por meio das palavras, são códigos que poderão ultrapassar os limites do sentido referencial, usual e atingir o contexto subjetivo. Ou seja, os nomes das coisas não são coisas em si, mas representam as coisas.
● De fato, as palavras são representações, são símbolos que nos pegam de surpresa quando as percebemos em seus mais inesperados sentidos.  E, isto só é possível quando é feita uma leitura “ao avesso”, uma leitura que subverte a sua ordem aparente. A palavra aparece revestida de associações que refinam com delicadeza sutileza os significado e os significantes nela presentes, desvinculado de seu sentido normativo, lógico.
 ● Focar para  os alunos que a poesia está cada vez mais se ocupando de outros espaços de comunicação como o computador; o vídeo, o poema cartaz, o “outdoors”, as canções. Vemos a poesia nos jogos educativos e folclóricos, podemos vê-la também no teatro, na dança, em projeções a laser, e ● Exemplo de jogos com as palavras. Sugerir  aos alunos que façam associações como: a) várias palavras brancas : paz, nebulosa, vazio b) palavras gostosas: sorvete, bolo, lenga-lenga ( o conceito de determinada palavra se estende ao significante (imagem acústica da palavra) e não somente ao significado – gostosa – lenga-lenga). Na verdade, o que é considerado gostoso nesta palavra não diz respeito ao seu sabor, mas ao seu som. Ou melhor, diz respeito ao sabor do som. Os vídeos favorecem o exercício dessas ricas associações. c) palavras sonoras: tambor, estrondo, paralelepípedo
. ● Podem ser propostas com atividades como “Cara a Cara”, “Domingo Legal”, “truco”, “Paciência”, “Fedor”, “Loto”, “Banco Imobiliário”, “Cai não Cai”,  “Dominó”. Esses jogos
permitem trabalhar o estudo de substantivos, adjetivos e sílabas tônicas invertendo a lógica normativa da gramática e objetivando entender o conceito, valorizando o sentido das palavras.
 ● Vários jogos de mesa são trazidos para a sala de aula.
 ● As crianças se agrupam para jogar.
 ● Enquanto jogam, elas vão listando as palavras mais importantes que surgem no jogo.
 ● Os jogadores vão estabelecendo uma comunicação entre eles que é propriamente a linguagem do jogo.
● Cria-se uma situação de diálogo e interação bastante interessante, pois já não é mais uma linguagem do cotidiano que se comunica , mas uma linguagem dos símbolos, dos gestos, do olhar. Este movimento é fundamental ao jogo.
● Deixar os alunos jogarem por cerca de 100 minutos. Após esse tempo eles devem selecionar as palavras listadas e agrupá-las de acordo com a tonicidade.
● Assim vão estabelecendo associações e correspondências sonoras entre vogais átonas e tônicas.
 ● Depois pedir que agrupem-nas, buscando semelhanças em sua sonoridade. Deve ser formados jogos rítmicos, combinando seu sons, primeiro de duas a duas palavras, depois de três a três e assim sucessivamente.
 ● Selecionar sons finais ( baixei/ ganhei), sons com eco ( bigode/ bode – ouro/tesouro); sons nasais ( falo/mando, canto/ longo, longe/lambe), sons fortes ( paixão/ canção – ação/gozação); sons abertos ( olho/molho/monto), sons fechados ( jogar/olhar) e assim por diante.
 ● Trabalhar as rimas agudas, graves, consoantes e toantes.
● Mas o que vale mesmo é o exercício de pronunciar a palavra, de sentir o seu timbre, a sua cor, o seu ritmo o seu eco.
● Explorar os nomes associados a um esquema rítmico musical.
 ● Colocar para o grupo a música “Criança não trabalha” de Paulo Tatif e Arnaldo Antunes, observando o ritmo, as rimas, e  os refrões e as divisões em estrofes.
● Exemplo: “Lápis, caderno, chiclete, peão/ sol, bicicleta; skate, calção/ esconderijo, avião, correria/ tambor, gritaria, jardim, confusão/ bola, pelúcia, merenda, crayon/ banho de rio, banho de mar, pula, sela, bombom/ tanque de areia/ pirata, baleia, manteiga no pão... Criança não trabalho, criança dá trabalho...”
● Pedir aos alunos que tentem escrever versos e quadras, com os nomes e qualidades listados por eles durante o jogo.
● Chamar a atenção dos alunos que ao listarem os nomes, há uma associação espontânea entre a palavra e o seu significado, reforçada pelos recursos sonoros e pela experiência do jogo. Lembrar que a palavra foi ressignificada no contexto da imaginação. O que facilita  a compreensão e assimilação do  significado novo.
 ● Por outro lado, a composição/combinação que os alunos estabelecem entre as palavras foge do automatismo, adquire certa independência sintática, principalmente, em relação aos conectivos ou elementos de ligação. Isto pode ser percebido nos versos: novela canção/ poesia, emoção/ a lembrança do coração.
● Todas estas associações são possíveis porque nestas brincadeiras experimentamos, conhecemos as palavras por meio dos sentidos, formamos uma idéia e entendemos as palavras. Assim, a palavra atua num cenário de imagens e possibilidades. Isto, sem dizer que estudar substantivos e adjetivos ficou bem mais divertido, pois não é preciso se prender a nomeclatura. O véu é retirado das palavras, elas são descobertas e mostradas, primeiro são decifradas, sem dizer o que elas são imediatamente.
● Aproveitar a oportunidade para introduzir os “limeriques” . Explicar para os alunos que quando aliamos palavra e som ao humor, formamos os limeriques – poemas de origem inglesa, que se compõem em estrofes de cinco versos rimados. Além de propor uma pequena história, os limeriques se caracterizam pelo humor, pelas situações maliciosas, absurdas e engraçadas. Exemplo:   Uma vez um médico de Mococa
  Queria tirar amígdalas da muriçoca  O inseto se revoltou  E o nariz pinicou  Daquele  amigdalítico doutor da Mococa    Edward Lear
● Solicitar que os alunos escrevam “limeriques”. Criar espaço para leitura dos mesmos. Fazer um mural no corredor da escola para que todos possam ler.
● Partindo de uma frase poética do poema de Oswald de Andrade “Amor/Humor, introduzir os “Hai-Kais” japoneses.
● Explicar aos alunos que os “Hai-Kais” tentam buscar uma expressão singular que possa resumir uma impressão, um conceito qualquer. A poesia japonesa não usa rima, mas se utiliza de muitos jogos verbais, aliterações e paranomásias – palavras que pronunciamos da mesma forma, mas que têm significados diferentes o importante não é explorar a nomeclatura, mas o sentido dessa palavras). Essa poesia expressam brevidade da palavra, a economia verbal e a objetividade. É a correspondência entre o que dizem e as palavras e o que os olhos vêem. É um tipo d poesia de extraordinária simplicidade, feita com três versos, com intensa pluralidade de reflexos e grande amor pela imagem exata e sólida. O sentido atribuído à palavras não depende diretamente da extensão do texto, mas antes, da expressão que se busca exprimir.
● Fazer uma pesquisa na internet sobre os “Hai-Kais” e alguns poetas conhecidos como Mtsuo Bashô, Teitamura, Teitoku ( Japão); no Brasil : Paulo Leminski, Alice Ruiz, Ângela Leite, entre outros. Exemplos: a) Lua de estio/ Se lhe pões uma mangueira? Vira um leque ( Matsuo Bashô) b) À beira do poço/ Sentei-me com um desejo / Não perder a sede (Ângela Leite) c) Meio dia/ Dormem ao sol / Menino e melancias ( Alice Ruiz)
● O professor deve escandir um “Hai-Kai” no quadro, contando as sílabas poéticas com os alunos.
 ● Propiciar várias leituras das poesias.
● Os alunos deverão escrever vários “Hai-Kais”.


13- Avaliação
• Portfolio • Observação • Registros
Oficina 22 – Direitos humanos e cidadania
1- Objetivos • Refletir sobre os processos de inclusão e exclusão das pessoas em grupos 
• Vivenciar o processo de decidir quem tem o direito a ter direito
 • Respeitar as diferenças 
• Aprender a trabalhar em grupo
 • Refletir sobre o exercício da cidadania
 • Refletir sobre o sentido e a origem do que entendemos por direito
 • Compreender a violência como desrespeito ao direito 
• Conhecer a Declaração dos Direitos Humanos
 • Desenvolver o poder da argumentação 
• Desenvolver a criticidade
 • Distinguir fato de opinião
 • Analisar efeitos de humor e ironia 
• Fazer inferências
 • Introduzir o gênero textual : resenha e sinopse.

 2- Material Necessário 
Som e CDs Música dos Titãs “ A gente não quer só comida”
Tirinhas e charges Artigos da Constituição Federal 
Filme : O preço do desafio ( Stand and deliver) 
crepe Folha de papel A4 ( 1 por participante) 
Folhas de flip ou papel pardo para os registros 
Folhas impressas com a história 
A águia e a galinha Cartaz com perguntas para discussão dialógica 
Folhas de flip para o Banco de perguntas.
 Pincéis para papel ( marcadores tipo Pilot) 
Texto : Declaração dos direitos humanos 

3- Tempo previsto: entre 3 e 4 horas 

4- Aquecimento para o tema
 – Como nos agrupamos? 
Iniciar o assunto com o gênero textual “A águia e a galinha”.
 Contar a história e discutir com os alunos a compreensão da fábula. 

Debate regrado.
 a) Espalhar três tipos de figuras geométricas ( retângulo, triângulo, círculo) de três cores ( vermelho, azul e amarelo) no centro da sala e mais duas ou três figuras diferentes das demais ( por exemplo, o recorte de uma rosa, de um barco, de um pássaro voando).

 b) Pedir que cada participante escolha uma figura e que o grupo se subdivida em três subgrupos, considerando as figuras e os critérios que serão decididos e negociados pelos participantes.

c) Refazer o grande círculo e provocar a reflexão sobre o que aconteceu: como se formaram os agrupamentos? Com base em que critérios? O grupo negociou o critério? Foi fácil negociar? O que aconteceu com quem escolheu figuras diferentes? Algum grupo se formou a partir das diferenças? O que perdemos e o que ganhamos ao agrupar pela diferença? E pela semelhança? Sempre procuramos os iguais? Que relações você estabelece entre o que aconteceu aqui e o seu dia-a-dia?

 d) Levar o grupo a perceber que são as próprias pessoas que decidem como vão se organizar em sociedade e que, a partir do estabelecimento de critérios, que podem ser negociados ou impostos por alguns, começam a surgir questões do tipo quem pode fazer parte de determinado grupo e quem não pode, quem pertence e quem não pertence, quem tem direito e quem não tem direito de participar e decidir. Introduzir, então a pergunta O que é ter direito?

 5- Reflexão dialógica : o que são direitos e de onde vêm os direitos? 
a) Propor que o grupo discuta o tema direitos, usando a técnica dos círculos concêntricos: o grupo se organiza em duas rodas uma dentro da outra; as pessoas da roda de dentro ficam de frente para as da roda de fora, formando pares.
 b) Combinar com o grupo o código da atividade: quando for dita a palavra circular, as duas rodas vão girar para a direita, quando for dita a palavra parar, a duas rodas vão parar, e as pessoas da roda de fora ou de dentro, conforme instruções do facilitador, vão responder rapidamente a uma pergunta que será feita em voz alta. Explicar que o processo se repetirá várias vezes, com perguntas diferentes, e que ora os participantes da roda de fora vão responder e os da roda de dentro vão ouvir, ora inverso. Ressaltar que quem estiver ouvindo só pode fazer perguntas de esclarecimento. Não pode opinar sobre a resposta do par. 

c) Refazer o grande círculo e solicitar que os participantes comentem as respostas que ouviram e deram às perguntas. Sugestão de perguntas • O que é um direito? • Por que os seres humanos estabelecem direito? • Quem define os direitos? • Quem tem direito a ter direito? • O que faz um direito valer de fato como direito, isto é, ser respeitado? • Quem é responsável por garantir os direitos das pessoas? • É possível viver em grupo sem estabelecer os direitos de cada um? • Quais são os direitos das crianças? • Os direitos das crianças estão sendo respeitados? • Todo mundo que tem direito tem também deveres e responsabilidades? • Quais são os deveres e responsabilidades dos alunos? d) Finalizar esta etapa do trabalho, explicando ao grupo que a definição de direitos e sua distribuição entre as pessoas e grupos são construções humanas, históricas, instituídas no próprio processo de convivência e organização social. Por isso variam, não só no tempo, mas também no espaço, entre as culturas. Apresentar exemplos de conhecimento comum para que os alunos entendam a idéia do processo sociocultural de construção dos direitos: a escravidão, até o século XIX, não era considerada crime porque se acreditava que os negros não eram iguais aos brancos; portanto, era “natural” que não tivessem os mesmos direitos que estes últimos. Em muitos países do mundo, ainda hoje se considera que as mulheres não podem ter os mesmos direitos que os homens. Convidar, então o grupo a conhecer um pouco da história dos Direitos Humanos na cultura ocidental.


 6- Informação : A construção histórica dos Direitos Humanos Alunos em círculo • Fazer uma exposição sobre a evolução histórica dos Direitos Humanos, desde a instituição dos direitos civis no século XVIII, passando pelos direitos políticos, no século XIX, e chegando aos direitos políticos, nos séculos XX. Fazer referência à Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada pela Assembléia Geral da ONU em 1948, como o primeiro grande Projeto da Humanidade que expressa valores e crenças elementares, em torno dos quais povos do mundo inteiro estabeleceram consenso. Relacionar a cidadania com acesso pleno ao conjunto de direitos fundamentais por parte da pessoa de uma dada sociedade e como liberdade, autonomia e responsabilidade de exercer esses direitos em busca do bem comum. • Apresentar, em transparências ou cartazes, os artigos da Declaração universal dos Direitos Humanos ( ou a síntese desses artigos), identificando aqueles que se referem aos direitos conhecidos como civis (direitos fundamentais à vida, à liberdade, à propriedade e à igualdade perante a lei), políticos ( direitos relacionados à participação do cidadão no governo e na sociedade) e sociais ( direitos de participação na riqueza coletiva). • Apresentar e explicar os Artigos 1º, 3º e 227 da Constituição Universal dos Direitos Humanos. Explicar que o artigo 227 deu origem a uma Lei, o ECA, Estatuto da Criança e do Adolescente, que todos os cidadãos, em especial as crianças e jovens, precisam conhecer e compreender. 

7- Aplicação : que direitos estão sendo desrespeitados? • Colocar a música dos Titãs “ A gente não quer só comida” • Apresentar a letra e discuti-la com os alunos • Dividir o grupo em cinco subgrupos e pedir a cada um a produção de um gênero textual a respeito do tema : poema, crônica, resumo, resenha descritiva e conto. • Fazer a leitura e a discussão a respeito dos textos produzidos. • Fazer um mural com o material produzido. • Apresentar, em cartazes ou transparências, charges ou tirinhas que denunciem criticamente situações de desrespeito aos Direitos Humanos. • Estimular o grupo a interpretar as charges apresentadas, compartilhando no coletivo sentimentos e percepções. 

8- Para fixar o que foi aprendido, na sala de vídeo passar o filme “O preço do desafio” O enfoque deste filme é especificamente o ensino de Matemática. O professor é um boliviano radicado nos Estados Unidos e seus alunos pertencem a uma comunidade pobre, de origem hispânica. Percebe-se, nos diálogos, a baixa autoestima de cada aluno; o professor tenta, de todas as maneiras, incutir-lhes orgulho e confiança em si mesmos. A percepção que eles têm das disciplinas do currículo é de que todas são difíceis, particularmente a matemática; rotulam-se a si mesmos de estúpidos e incapazes de aprender. O professor os desafia a participar de um concurso. E é através da Matemática que eles vão superar seus preconceitos e suas frustrações. A preparação para o concurso é dura; exige persistência e determinação. O professor os acompanha, procurando elevar o autoconceito de cada um e eliminar o estereótipo negativo que têm de si mesmos, alimentado pelas famílias e pela sociedade que privilegia valores e costumes anglo-saxões. Pessoas que não têm seus direitos respeitados. Ao final, a escola e os demais professores se rendem à vitória daqueles que eram considerados e rotulados de eternos fracassados e perdedores. Ocorrerá uma discussão entre os grupos e em seguida apresentarão em forma de júri simulado. Por fim será feita uma sinopse do filme. Observação: Se as crianças forem muitas pequenas, nas série iniciais, recomenda-se outro filme. 

9- O professor de educação física irá desenvolver, paralelamente, atividades como: • Teatro sobre os Direitos Humanos • Introduzir o Vôlei e trabalhar os limites, o respeito, o trabalho em equipe, os deveres, os direitos • O jogo de xadrez • Festival de dança – coreografia voltada para os Direitos Humanos • Grafitismo com o tema : Direitos Humanos • Visitas às instituições que prestam serviços de solidariedade • Pintura , desenhos e maquetes que ilustram situações dos Direitos Humanos 

10- Avaliação Portfolio

oficina esporte e lazer

O que é?
Atividade que descreve uma forma de encaminhar uma entrevista com grupos de crianças e jovens.

Materiais
Flip chart para anotações; pincel atômico; cadernos de anotações para os participantes;  jornais, revistas e/ou textos da internet sobre a modalidade esportiva do entrevistado; etiquetas de identificação dos participantes (contendo nome completo e o nome da escola ou organização); se possível, gravadores, câmeras fotográficas ou filmadoras. 
 
Para quem?
Jovens de 11 a 14 anos.
Em quanto tempo?
Aproximadamente 90 minutos.


Onde fazer?
Em sala ampla onde todos possam sentar-se em círculo.



Para quê?
Conhecer a vida de um esportista: preparação física, hábitos alimentares, tipos de lazer, conquistas e perspectivas.

Como desenvolver

E Se?
DPode acontecer que algumas pessoas da turma nunca tenham participado de uma entrevista. Por isso é muito importante que você mostre exemplos de entrevistas da mídia impressa, radiofônica ou televisiva. Além disso, são muito comuns atualmente entrevistas (chats) realizadas em canais de grandes provedores da Internet. Estas são transmitidas em tempo real, com dinâmica semelhante ao das entrevistas ao vivo a que podemos assistir na televisão ou ouvir no rádio. Umas são apenas escritas, outras televisadas.
Faça uma lista de possíveis nomes de esportistas e entre em contato com os eventuais “candidatos” para agendar a data e o possível local. Procure saber se alguém conhece um esportista e se consegue identificar os hábitos de vida daqueles que praticam esportes. Se houver alguém que já tenha tido essa oportunidade, peça-lhe que conte aos demais sua experiência. Pense nas condições necessárias para que esse entrevistado vá até o local combinado ou, então, numa possível saída do grupo para ir ao encontro dessa pessoa.

Escolhido o entrevistado, é importante compartilhar com o grupo o objetivo da atividade.

A seguir inicie o planejamento da entrevista. Ofereça ao grupo algumas informações sobre o entrevistado: nome, dados biográficos e a modalidade esportiva que pratica.

Caso sinta necessidade, convide a turma a fazer uma pequena pesquisa sobre a modalidade esportiva praticada pelo entrevistado. Para este trabalho, pode-se oferecer o material necessário (jornais, revistas, imagens e textos recolhidos na internet, etc.) e, com base nesse material, incentivar o grupo a elaborar as perguntas a serem feitas. Veja alguns exemplos de perguntas:
  • Como nasceu sua vontade de praticar esse esporte?
  • Desde quando você se dedica a esse esporte?
  • Como é sua rotina de treinos?
  • O que é mais difícil na vida de um esportista?
  • E na sua modalidade, o que é mais difícil?
  • De quais campeonatos você já participou? Teve vitórias?
  • Qual sua vitória mais marcante? E qual foi a pior derrota pela qual passou?
  • Como é a sua alimentação?
  • Que conselhos você costuma dar às crianças e jovens?
  • O que o esporte ensina às pessoas?

Antes da entrevista propriamente dita, talvez se possa propiciar à turma um momento de ensaio geral da atividade.. Organize o grupo para esse trabalho e arrume o ambiente colocando em destaque a cadeira do entrevistado. Convide  alguém para “ocupar” esse lugar.

Faça uma fala de anúncio da presença do entrevistado, indicando seu nome e esclarecendo o objetivo do trabalho.Ofereça a palavra ao “entrevistado” para que possa se apresentar. Convide a turma a fazer as perguntas já preparadas e distribuídas entre o grupo.
E Se?
Se acontecer de alguém ficar nervoso na hora de formular uma pergunta, tente acalmar o grupo. O ensaio proposto pode ajudar a preparar o momento real..
Explique a todos que o segredo de uma boa entrevista está nas perguntas. Para tanto, valem as perguntas preparadas na sessão 1 dessa oficina e também perguntas espontâneas, que surgirão da interação dos entrevistadores com as respostas do entrevistado. Quando estiver mostrando o exemplo de entrevista, destaque perguntas que o entrevistador pinçou da resposta do entrevistado. Faça você mesmo perguntas que não foram preparadas previamente e dê destaque para o que está fazendo. Assim, o grupo poderá perceber que se ficar atento às respostas do entrevistado novas e importantes perguntas poderão ser feitas na hora da entrevista.

Na hora da entrevista, não se esqueça das fotos e das gravações das respostas do entrevistado. Tudo isso será útil para a organização do registro da entrevista.

Terminada a entrevista, lembre o grupo de agradecer a presença do esportista convidado e de entregar a ele um “presente”: por exemplo, um cartão de agradecimento feito com o nome de todos.

Hora de avaliar
No final da atividade, reúna o grupo num grande círculo, peça que se sentem no chão para descansarem um pouco. Enquanto isso, pergunte-lhes o que acharam da atividade, se gostaram ou não e por quê, o que observaram durante a dança, o que perceberam na movimentação uns dos outros.

Permita que todos expressem suas opiniões. Você pode chamar atenção para pequenos incidentes ou ocorrências que tenha notado, propondo que o grupo tente explicar por que o fato observado aconteceu, o que ele pode significar, etc.

Por último, você pede que cada um diga como se sentiu enquanto dançava. Se você achar pertinente,  registre uma síntese das respostas.

O que mais pode ser feito?
Se for possível, você pode gravar a atividade em vídeo e depois assistir à gravação com o grupo, recolocando as mesmas questões do final da atividade e levando-os a observarem a si próprios.

Pode sugerir também que observem em suas casas, na escola, no bairro como as pessoas se movimentam, o que esse movimento pode expressar, o que o corpo e o jeito de se mexer revelam sobre as pessoas observadas etc.

Pode solicitar que cada um converse com essas mesmas pessoas sobre as danças de que mais gostam, o que elas têm de especial, o que os movimentos revelam sobre as pessoas.

Pode-se extrapolar a discussão sobre o movimento convidando uma pessoa com algum tipo de restrição (um cadeirante, por exemplo, ou uma pessoa com algum tipo de necessidade especial) para que o grupo a entreviste sobre as dificuldades que ela porventura enfrente, como essas dificuldades são superadas, sua relação com o movimento e o próprio corpo. 

É possível pedir que os meninos e meninas falem sobre as coreografias que eles percebem em programas da tevê, jogos e práticas esportivas, refletindo sobre o seu significado: para que servem, como se realizam, o que acrescentam aos programas em que estão inseridas  etc.).

Pode também sugerir que pesquisem sobre a origem de danças que se dançam coletivamente, como as danças de roda, a quadrilha, o balé, as danças contemporâneas e tantas outras, e o significado que podem ter.

Gostou?
Consulte a oficina É proibido falar, que procura desenvolver habilidades complementares às da A dança coral
Vôlei em duplas

O que é?
Oficina que estimula a cooperação e o trabalho em equipe durante a prática de esportes coletivos.

Materiais
Esparadrapo ou fita adesiva hospitalar (se possível) ou fita adesiva comum; bola inflável de borracha ou plástico, maior e mais leve que a
utilizada normalmente na prática esportiva escolhida; rede de vôlei (ou algo que a substitua). 

Como desenvolver

Relembre ao grupo, se necessário, as regras do vôlei.

Divida o grupo em duplas, por sorteio ou negociação entre pares. Convoque os membros de cada dupla a se juntarem: eles deverão jogar de mãos dadas. É importante que, nesse momento de constituição das duplas, você ajude cada dupla a decidir quem jogará com a mão esquerda e quem jogará com a direita, porque as mãos unidas dos dois jogadores não podem ser utilizadas. Com essas duplas, constitua duas equipes que tomarão parte no jogo. É importante salientar que cada dupla deve ser contada como se fosse um só jogador, pois é assim que irá atuar.

Explique o funcionamento das duplas e estabeleça as regras dessa competição.

Uma das duas equipes sorteadas dá início ao jogo com o saque inicial. A outra equipe recebe a bola e precisa dar um passe interno antes de enviar a bola para o outro lado da rede. A equipe recebe a bola e deve dar dois passes internos antes de enviar a bola de volta para a equipe adversária. E assim por diante, aumentando o número de passes a cada recepção da bola.

Fará um ponto a equipe que conseguir chegar aos cinco passes internos. Perderá um ponto a equipe que deixar a bola cair antes de completar o número de passes internos da rodada. Perderá também um ponto a equipe em que alguma dupla tocar a bola com as mãos atadas. Quando qualquer uma dessas situações ocorrer, o jogo recomeça com um novo saque.

A primeira equipe que completar cinco pontos será declarada vencedora, e as duplas devem ser refeitas para compor as novas equipes, para novas rodadas.


Hora de avaliar

Para avaliar, verifique se as equipes foram capazes de dar os passes internos e externos. Isso porque deve haver colaboração interna (entre as duplas de cada equipe) e externa (entre uma equipe e outra), pois só há pontuação quando uma das equipes chegar a cinco passes internos. Assim, as duas equipes que disputam devem ter sido capazes de perceber que, mesmo quando há competição, devem trabalhar juntas, colaborativamente,  para atingir o objetivo. Com isso, você mede o grau de competitividade e de colaboração entre as equipes.

Ao longo da partida, as equipes devem ir percebendo que o jogo só prossegue quando elas forem capazes de equilibrar competição e colaboração. Senão, o jogo será sempre interrompido.

Ao final de cada rodada, você pode conversar com os jogadores, para que expliquem como se sentiram jogando “grudados” um no outro, o que foi difícil nessa situação e por quê, como a dupla teve de se organizar para conseguir realizar e receber os passes.


Se quiser, registre por escrito uma síntese das observações do grupo.

O que mais pode ser feito?
O jogo pode ter variações na forma de pontuar as equipes.

Além disso, você poderá propor essa estratégia do jogo em duplas para outros esportes coletivos, como basquete ou futebol. Lembre-se de que apenas as mãos das duplas devem ser unidas, pois, para esportes de velocidade (em que os jogadores correm pela quadra), cada membro da dupla deve poder movimentar livremente as pernas com segurança.

Outra estratégia possível é a formação de trios ou quartetos de jogadores, aumentando ainda mais o grau de dificuldade da estratégia.

Gostou?
Veja também a oficina: “A nova regra do jogo” que permitirá a você dar continuidade ao trabalho com a noção de cooperação coletiva. 
A nova regra do jogo


O que é?
Esta oficina propõe a prática de esportes coletivos tradicionais com a inserção de uma regra nova ou de uma dificuldade no jogo.  Pode ser desenvolvida com grupos pequenos ou grandes e com qualquer esporte coletivo jogado em equipes opostas. Para isso, realize os passos sugeridos a seguir.


Materiais
Acessórios necessários à prática do esporte escolhido (bola, rede, tacos, bastões etc.)
.

Como desenvolver

Organização do grupo em equipes

Para a organização inicial do grupo, promova um aquecimento a fim de preparar os meninos e meninas para a prática esportiva (veja como fazer isso na oficina “A dança coral”).

Estabelecimento das regras do jogo
Formando as equipes

Depois do aquecimento, você propõe que o grupo defina qual esporte jogar. Ou, se preferir, você mesmo define este esporte e comunica sua decisão ao grupo. Forme as equipes (times), com o número de jogadores necessários à prática do esporte escolhido (por exemplo: se o esporte é vôlei, cada equipe deve ter cinco jogadores no mínimo; se é futebol de salão, serão seis). Para formar as equipes, você pode fazer sorteio de nomes ou usar qualquer outra estratégia que considerar adequada. (Clique aqui e conheça uma estratégia divertida para formar equipes).
Faça, coletivamente, uma listagem das regras do esporte escolhido. Esse levantamento não precisa ser exaustivo. Limite-se ao que considerar suficiente para que o grupo retome os princípios e as principais regras do esporte que vai praticar.

Agora entra a principal regra do jogo: você anuncia ao grupo que, desta vez, além das regras convencionais, será preciso respeitar uma regra adicional – esta “nova” regra introduz uma variação sobre o esporte e não poderá, sob nenhuma hipótese, ser quebrada ou deixar de ser seguida.

O tipo de variação pode ser infinito. Alguns exemplos:

Com esportes de bola, será possível utilizar duas (ou mais) bolas para o jogo. Nesse caso, é possível que a bola suplementar tenha uma marcação especial (seja de outra cor) e que alguns jogadores escolhidos (dois ou três por equipe) sejam impedidos de tocar nessa bola especial, sob pena de perder pontos.

Ao praticar vôlei, uma variação poderá ser cobrir a rede com um pano escuro, lona ou sacos de plástico pretos, de forma que quem estiver de um lado não possa ver o outro. Assim, os jogadores de uma equipe não serão capazes de prever o movimento da outra e deverão estar muito mais atentos à bola. Isso os ajudará a desenvolver habilidades como ter reflexos mais rápidos e respostas mais dinâmicas.

Outra variação com vôlei pode ser aumentar a altura da rede. Ao lançar a bola para a outra equipe, esse lançamento exigirá maior potência, esforço ou concentração.

Ainda com vôlei, é possível esticar uma corda a um ou dois metros da rede. Neste caso, a bola não poderá tocar ou passar por sobre essa corda.

Com basquete pode-se acrescentar duas (ou mais) cestas suplementares, em pontos equidistantes da quadra, de modo que as equipes poderão pontuar lançando a bola nessas novas cestas. Pode-se estabelecer um escore maior para pontos marcados quando essas cestas suplementares são utilizadas.

Com futebol, será possível aumentar (ou diminuir) a largura das traves. Pode-se também suprimir o goleiro ou permitir que cada equipe jogue com dois goleiros. Ou então, impedir que o goleiro utilize as mãos para defender o gol. Pode-se inverter as traves, colocando-as no meio do campo em vez de nas laterais, o que exigirá do grupo novas estratégias de jogo para marcar gol.


Estabelecimento das regras de pontuação e andamento do jogo

Combine a forma da pontuação e o tempo de cada rodada de jogo. Você pode estabelecer um rodízio de equipes, colocá-las para jogar através de sorteio, deixar permanecer em jogo a equipe vencedora (ou a perdedora) etc. O importante será dosar o tempo de modo que todos possam jogar.

Esteja também atento ao respeito à nova regra combinada (ela é a regra mais importante), de modo que qualquer infração cometida contra ela tenha alguma punição preestabelecida (perder pontos, por exemplo).

Encerre o jogo conforme foi combinando.


Hora de avaliar
Converse com as equipes, ao final de uma rodada, para que cada um exponha como se sentiu diante da nova regra, se foi mais fácil (ou difícil) jogar com ela e por quê, quais estratégias ou táticas foi necessário que cada equipe criasse para resolver o jogo com a nova regra, entre outros comentários.

Se quiser, registre por escrito uma síntese desses comentários.
O que mais pode ser feito?
Essa mesma dinâmica de estabelecimento de uma nova regra ao jogo pode ser trabalhada em outros tipos de esportes, como os individuais.

Você pode aproveitar essa oficina para, ao final, discutir com o grupo que há coisas que aparentemente não podem ser modificadas (como as regras de um jogo) e, no entanto, basta estabelecer um combinado para que ela mude – é possível decidir quando e por que mudar. Você pode estender o alcance da discussão, propondo que o grupo levante pequenas mudanças que são possíveis em outros setores da vida: mudar os móveis de casa de lugar, a forma de preparar um comida, uma rotina doméstica ou escolar estabelecida, o corte de cabelo, a roupa que se usa, entre outros. Nessa discussão, será sempre importante ressaltar que qualquer mudança numa regra impõe novos compromissos e efeitos em nossas vidas (efeitos que podem ser bons ou não).

Outra possibilidade é comentar sobre a importância dos combinados iniciais em qualquer atividade coletiva que exija colaboração do grupo, seja de esporte ou não.


Gostou?
Veja também a oficina “A dança coral”, para formação de equipes de trabalho colaborativo.
É proibido falar!


O que é?
Jogo em que os participantes têm o desafio de se comunicar durante a prática esportiva sem usar palavras.
Para quem?
Crianças e jovens, a partir dos 11 anos. 

Materiais
Um apito; acessórios necessários à prática do esporte escolhido (por exemplo.: bola, rede, cordas, raquetes, etc.)
 Onde fazer?
Numa quadra ou espaço aberto onde seja possível a prática de atividades esportivas.
 Em quanto tempo?
Rodadas de aproximadamente 5 minutos. O tempo de que se dispuser determinará o número possível de rodadas.
 Para quê?
Estimular a cooperação e desenvolver atitudes de respeito e colaboração em atividades coletivas. Tomar consciência da importância da palavra para a comunicação.
 Como desenvolver
Combine com o grupo o esporte que se deseja jogar, escolhendo algum de prática habitual, cujas regras sejam conhecidas de todos. Isso é importante porque evitará a necessidade de se aprenderem as regras do esporte escolhido para a execução da oficina.
Divida o grupo em equipes, conforme o esporte escolhido. Por exemplo, no vôlei, cada equipe costuma ter seis jogadores. No futebol de campo, onze.
Anuncie a regra: “Durante o jogo, ninguém poderá falar nada. É proibido falar! Quem desobedecer à regra, sai do jogo. Prestem atenção uns aos outros e observem-se. Para comunicar algo, usem gestos, expressões corporais, sinais e mímica. Mas não vale falar”.
Sorteie as duas equipes que iniciam a primeira rodada. Estipule o tempo (5 minutos) e inicie a partida, seguindo as regras da modalidade escolhida.
Seja rigoroso(a): quando algum jogador falar algo, você apita imediatamente, paralisa o jogo e o retira da competição.
Quando o tempo da rodada terminar, você dá o apito final e encerra a partida. Será vencedora a equipe que terminar com o maior número de jogadores em campo, e não aquela que marcar mais pontos.  Essa equipe continua no jogo e terá direito a uma nova rodada com a próxima equipe sorteada. Todas as equipes formadas deverão jogar ao menos uma vez.
Se quiser, você poderá estipular um prêmio simbólico para a equipe vencedora e prêmios de consolação para as demais. Nesse caso, antes de dar início à primeira partida, anuncie que haverá premiações.
Se todos os jogadores de uma equipe tiverem de sair antes do final do tempo da rodada, a equipe adversária é declarada vencedora, mesmo que esteja em posição de desvantagem no placar.
Se ninguém for retirado das equipes em disputa, não há perdedores. Ambas as equipes devem ser declaradas vencedoras e permanecem na rodada seguinte.
Você poderá criar variações desse jogo, permitindo, por exemplo, que um único jogador use a palavra para se comunicar durante o jogo. Esse jogador poderá ser escolhido por sorteio, por exemplo. Ou então, você pode estipular que a equipe vencedora de duas rodadas seguidas passará a ter direito à palavra.

Hora de avaliar
Após o termino das rodadas, faça uma roda de conversa com todos os jogadores. Pergunte-lhes:
 
  • Foi difícil ficar sem falar durante o jogo? Por quê?
  • Existem situações em que é fácil ficar sem falar? Quais?
  • Quais recursos vocês utilizaram para se comunicar durante a partida?
  • O uso desses recursos deu certo? Justifique.
  • Ficar sem falar trouxe alguma vantagem ou desvantagem? Qual? 

Ouça os comentários de todos e analise com o grupo. Você deve verificar se todos os jogadores foram capazes de perceber a importância do trabalho colaborativo: quando se combina coletivamente suprimir alguma coisa em determinada situação, todo o grupo se empenha em encontrar substitutos para ela, quando ela é fundamental. É o caso da comunicação.
 
Por fim, peça que cada equipe se reúna e faça um comentário por escrito sobre o seu próprio desempenho durante as rodadas. Conceda 15 minutos para o grupo se reunir e concluir a atividade.

O que mais pode ser feito?
 
É importante que o uso da palavra seja percebido como o grande prêmio do jogo. Assim,  os jogadores vão aos poucos percebendo a importância de saber respeitar um ao outro, usando a palavra de forma coletivamente aceitável.

Encerrada a conversa, pode-se sugerir ao grupo pesquisar sobre situações de uso da palavra na nossa sociedade, a importância da comunicação, a origem das palavras e das línguas, a história da Torre de Babel, a linguagem dos surdos-mudos, etc.

Gostou? Veja também...
Procure neste banco a oficina A dança coral. Com ela você poderá ajudar o grupo a desenvolver, por meio da dança,  o senso de cooperação e trabalho em equipe.
Pode-se  solicitar que os grupos leiam e  dramatizem a crônica Comunicação, de Luís Fernando Veríssimo.
Futebol amarrado  

O que é?
Atividade de coordenação motora, realizada com restrição de movimentos de uma parte do corpo.
Para quem?
Crianças (a partir de 9 anos) e adolescentes.
Materiais
Um rolo de barbante, apito, bola de futebol de salão.
 Onde fazer?
Na quadra.
 Em quanto tempo?
Um encontro de aproximadamente 1h30min.
 Para quê?
Tomar consciência de que o organismo age como um todo, de forma integrada, mesmo em atividades que aparentemente requerem mais envolvimento de uma determinada parte do corpo. 
Como desenvolver
Sessão 1
Inicie uma conversa com o grupo perguntando quem alguma vez teve torcicolo por realizar um movimento brusco, quem torceu o pé ou mesmo quebrou um braço, num jogo de futebol ou em outras situações. Peça que contem como foi e o que aconteceu com os seus movimentos rotineiros. Houve algum tipo de impacto na forma de virar a cabeça, de comer, de andar?
Provavelmente falarão que encontraram dificuldades em realizar as pequenas atividades cotidianas e tiveram que compensar essas restrições com movimentos de outras partes do corpo. Às vezes até chutar uma bola, quando estamos com um braço enfaixado, fica mais difícil porque nos desequilibramos. Problematize: por que será que isso acontece, mesmo quando o membro afetado aparentemente não tem nada a ver com o outro?
Proponha que realizem uma atividade vivenciando essa condição: o futebol amarrado.
Divida a turma em duas ou três equipes, dependendo do número de participantes. Em cada equipe, todos serão jogadores, exceto um, que será o goleiro (a). Com a ajuda dos colegas e de você, educador, cada um amarrará os punhos com um pedaço de barbante, deixando aproximadamente 15 cm entre as mãos. Os goleiros amarrarão os tornozelos, deixando uma folga de aproximadamente 30 cm.
Inicie uma conversa com o grupo perguntando quem alguma vez teve torcicolo por realizar um movimento brusco, quem torceu o pé ou mesmo quebrou um braço, num jogo de futebol ou em outras situações. Peça que contem como foi e o que aconteceu com os seus movimentos rotineiros. Houve algum tipo de impacto na forma de virar a cabeça, de comer, de andar?
Provavelmente falarão que encontraram dificuldades em realizar as pequenas atividades cotidianas e tiveram que compensar essas restrições com movimentos de outras partes do corpo. Às vezes até chutar uma bola, quando estamos com um braço enfaixado, fica mais difícil porque nos desequilibramos. Problematize: por que será que isso acontece, mesmo quando o membro afetado aparentemente não tem nada a ver com o outro?
Proponha que realizem uma atividade vivenciando essa condição: o futebol amarrado.
Divida a turma em duas ou três equipes, dependendo do número de participantes. Em cada equipe, todos serão jogadores, exceto um, que será o goleiro (a). Com a ajuda dos colegas e de você, educador, cada um amarrará os punhos com um pedaço de barbante, deixando aproximadamente 15 cm entre as mãos. Os goleiros amarrarão os tornozelos, deixando uma folga de aproximadamente 30 cm.
As regras são as do futsal, podendo ser adaptadas para o espaço disponível na instituição.
Converse com eles sobre os cuidados que devem ter com os colegas para não perderem o equilíbrio.

E se?
Se algum jogador se prevalecer
dessa situação mais frágil para
empurrar o colega, pare o jogo
e o advirta. Se alguém cair, por
    falta de equilíbrio, também apite,  
interrompendo a partida até que
o jogador se levante.               
Se forem três equipes, cada uma joga por três minutos, revezando-se. A equipe A joga com a equipe B, enquanto a C assiste; em seguida, a equipe C entra no lugar da equipe A, que passa a ser espectadora e depois entra no lugar da equipe B e assim por diante.

Após duas rodadas, promova uma variação do jogo para desmanchar aquelas equipes e formar outras novas. Assim, numere os participantes das três equipes. Começam jogando, de novo, as equipes A e B e a equipe C assiste. Na hora de trocar, após os três minutos combinados, ao invés de se trocar a equipe A inteira pela equipe C, que estava aguardando, trocam-se alguns jogadores. Assim, os números pares da equipe C, substituem os jogadores pares de A e os números ímpares da equipe C entram no lugar dos jogadores ímpares da equipe B. Os jogadores que saem das duas equipes ficam como espectadores. E assim, continua o jogo, até se cansarem.

Obs. Todos os links desta oficina foram testados no dia 25 de março de 2013.


Hora de avaliar

Sentados em roda, conversem sobre como foi o processo de jogar “amarrado”. Em que medida a restrição dos braços, amarrados pelos punhos, dificultou as jogadas? E os goleiros, que defendem o gol do seu time com as mãos, impedindo que a bola adversária entre na rede, em que medida os pés amarrados influenciaram sua tarefa habitual?
Ajude-os a entender que sempre que há uma parte do corpo imobilizada ou com movimentos reduzidos, todo o corpo tem que se readaptar, aprendendo novas formas de se movimentar para dar conta das atividades habituais.
Estenda a problemática para a condição dos deficientes físicos. Eles são impossibilitados de jogar futebol por não terem o movimento das pernas? Observe que, dependendo da deficiência, eles podem ser perfeitamente incluídos nos jogos dos colegas sem deficiência.
O que mais pode ser feito?

Uma campanha na ONG/escola com a participação dos eventuais deficientes e a ajuda de professores de Educação Física, explicando aos colegas da instituição que eles podem perfeitamente participar das atividades esportivas e dos jogos promovidos na comunidade. Poderão, ainda, convidar atletas cadeirantes, por exemplo, para dar seu depoimento ao grupo a respeito de sua trajetória: o que foi difícil, o que foi mais gratificante, como é seu dia a dia. Iniciativas como essa aproximam e quebram preconceitos.


Fonte de referência

VIEIRA, Adriano; JORGE, Laércio de Moura. Movimento é vida: Ensinar e Aprender - Educação Física - Ensino Fundamental Ciclo II. São Paulo: Cenpec, 2007.
Movimentando-se no escuro

O que é?
Exercício de atenção, concentração e de colaboração.


Para quem?
Crianças (a partir de 9 anos) e adolescentes. 

Materiais
Duas bolas de borracha de tamanho médio, uma corda de dois metros para ser estendida no chão, dois bancos suecos (ou parecidos), uma pequena escada, de dois ou três degraus, um apito.

Onde fazer?
Na quadra.

Em quanto tempo?
Um encontro de aproximadamente 1h30.

Para quê?
Aprender a lidar com situações que nos impõem limites físicos; desenvolver atitudes solidárias.


Expectativas de aprendizagem
Desenvolver a concentração; aprender a explorar os vários sentidos para captar sinais de perigo no ambiente; aprender a comunicar, com precisão, o que o outro precisa fazer para não correr riscos.

Como desenvolver
Na conversa inicial, anuncie que nesta oficina irão desenvolver um circuito de atividades, com quatro estações e, portanto, com quatro modalidades de exercícios. Após conhecerem bem o que se espera que façam em cada uma delas, irão fazer as mesmas atividades, só que de olhos vendados. Por isso, é preciso que prestem bastante atenção ao que existe em cada ponto do circuito e concentrem-se em como desenvolver a atividade nele solicitada.
Distribua os materiais pelos quatro cantos da quadra, formando as quatro estações do circuito: a primeira, com as bolas; a segunda, com a corda estendida; a terceira, com o banco sueco e a última, com a escadinha.
Organize as crianças e os adolescentes, também em quatro grupos. Cada grupo iniciará a atividade por uma estação do circuito.
Explique que na estação das bolas, em fila, eles passarão as bolas, de um para outro, por cima da cabeça, sem deixar cair; na estação da corda estendida e na do banco, andarão sobre eles e na da escadinha, subirão e descerão os três degraus. Repetirão os mesmos movimentos até que você dê ordem para mudar.
A um apito seu, após aproximadamente dois a três minutos, os grupos trocarão as estações, no sentido horário. Após alguns minutos, apite novamente, para outra troca. E, assim sucessivamente, até que todos os grupos tenham passado três vezes pelas quatro estações.
Depois que exercitaram bem o que lhes foi solicitado em cada estação, organize-os em duplas. Um deles terá os olhos vendados e o outro será o seu condutor pelas estações, cuidando para dar as informações necessárias para o deslocamento entre as estações e a realização dos exercícios, tanto em relação aos próprios materiais, como em relação aos demais colegas, que estão participando da mesma atividade, naquela estação.

Hora de avaliar
Terminada a atividades no circuito, em roda, eles conversarão sobre a atividade, tendo como foco, os dois papéis desempenhados, ora sendo condutor, ora sendo conduzido. O que foi mais fácil em cada situação? E o que foi mais difícil? Que sentimentos despertou o ter cuidado com o outro? E ser cuidado?

Aproveite a oportunidade para discutir a situação do deficiente visual. Como ele consegue manter sua autonomia de ir e vir, de conviver com as demais pessoas? Que sentidos compensam a visão reduzida ou a cegueira? Ele estaria impedido de fazer atividade física? O que nós podemos fazer para ajudá-los a manter sua autonomia?
O que mais pode ser feito?
Um contato com alguma associação de deficientes visuais para se fazer uma visita e interagir com eles, conhecendo um pouco mais de perto as aprendizagens que desenvolveram para se movimentar no dia a dia das cidades. Nesse caso pode ser programado também, em conjunto com os professores de Português e História, um debate sobre as questões do deficiente na sociedade atual. Esse debate pode ser precedido por um levantamento feito no bairro, para que conheçam o número de deficientes visuais, como eles vivem, que apoio recebem, que legislação os ampara etc.

É interessante também pesquisar a participação de atletas brasileiros deficientes visuais nas Paraolimpíadas.


Para saber mais


A atividade física, nas situações educacionais, não tem como objetivo estimular a competição, nem os melhores resultados. Ela tem como finalidade contribuir para o desenvolvimento saudável do organismo, para se aprender a tomar decisões e para a formação do espírito de equipe.

Assim, ao fazer atividade física, várias questões precisam ser consideradas. Uma delas é entender como nosso organismo funciona e de que ele precisa para interagir bem no meio ambiente e se manter saudável, outra, é desenvolver atitudes colaborativas com os demais participantes.

Uma atividade desenvolve a cooperação quando duas pessoas ou mais unem seus esforços para realizar um objetivo comum. Implica a interdependência dos participantes que, em conjunto, buscam um objetivo concreto, e nessa busca, obtém o prazer de fazer junto, de partilhar. Compreende a comunicação, a confiança e a solidariedade entre os participantes.
Aprender a ser solidário é um valor que deve impregnar todas as atividades educativas, curriculares ou não, num projeto de sociedade em que todos cabem.


Gostou?
Acesse a oficina Futebol amarrado, deste banco.


Fontes de referências
Livro

Fortin, Christine. 100 jogos cooperativos: eu coopero, eu me divirto. São Paulo: Ground, 2011.il.

Site

Prefeitura Municipal de Santos- Estância Balneária. Secretaria de Educação- Departamento Pedagógico. Educação Física. Jogos de Quadra. Disponível aqui.
Movimento e Dança


O que é?

Atividade de adequação do repertório motor a uma demanda de interação social.


Para quem?

Adolescentes e jovens. 


Em quanto tempo?
Um encontro de aproximadamente 1h30min.


Onde fazer?
Em qualquer espaço livre.

Material

 Aparelho de som e CD com gravações de músicas de ritmos variados: rock, samba, forró, dança de rua, valsa, música clássica, salsa etc., terminando com uma ciranda, máquina fotográfica ou filmadora.
Para quê?
Entender que todo movimento pode se constituir em dança e que, para participar de uma manifestação cultural como essa, é preciso adequar os movimentos do nosso repertório motor aos significados expressos nessa manifestação, que são socialmente construídos.


Expectativa de aprendizagem

Desenvolver a habilidade de organizar os próprios movimentos, de forma a poder interagir com os outros e participar adequadamente de diferentes situações sociais; vislumbrar a dança como linguagem artística pertinente às sociedades humanas. 

Como desenvolver
Converse com os adolescentes e jovens sobre sua experiência com a dança: se gostam de dançar ou não, onde dançam, com que frequência, quando começaram a dançar e com quem aprenderam.  Pergunte quem já assistiu a um espetáculo de dança. Onde? Já foram a um teatro ou a outro espaço cultural para ver algum grupo dançar?
E se?

Se algum adolescente ou jovem se recusar a participar, não insista. Peça para ajudar você a fotografar ou filmar o exercício. No decorrer do mesmo, convide-o novamente. Pode ser que, observando os colegas dançarem, sem seguir os padrões convencionais, anime-se e resolva entrar no grupo.















Problematize com eles as razões pelas quais algumas pessoas dançam e outras não. Deixe que expressem suas hipóteses e registre as razões que apontam, em dois cartazes, um para as razões que levam as pessoas a dançar e outro para as razões que levam as pessoas a não dançar.
Convide-os então a experimentarem um exercício de dança, no qual cada um realizará os movimentos que quiser, da forma que quiser, para acompanhar os diferentes ritmos que serão tocados ao longo do exercício.
Oriente-os a se espalharem o máximo possível pelo espaço disponível para poderem se movimentar, sozinhos, à vontade, e anuncie que, durante a dança, você fará algumas paradas e dará algumas comandas para seguirem. Anuncie ainda que registrará os movimentos do grupo, por meio de fotos e filmagem.
Comece a atividade, colocando um determinado ritmo (valsa, rock, salsa, tango, samba, forró, por certo tempo. Cada um fará os movimentos que quiser, tentando acompanhar o ritmo tocado.  
Aos poucos, dê algumas comandas para que:
 façam movimentos, em duplas, no ritmo da música que está tocando;
 formem grupos de três, sendo que cada componente do grupo criará um movimento e o grupo fará uma coreografia utilizando esses três movimentos;
 formem depois, da mesma forma, grupos de quatro  e de cinco.
A seguir, mude o ritmo da música e repita as diferentes comandas, e assim sucessivamente até que tenham vivenciado as várias possibilidades:de dançar sozinho, em duplas e em grupos maiores.
Termine o exercício tocando uma ciranda, com todos participando numa grande roda.

Hora de avaliar
Terminada a ciranda, os adolescentes e jovens, sentados em roda, conversarão sobre o exercício feito. Pergunte se foi prazeroso, agradável; se reconhecem os ritmos com os quais se movimentaram; quais as capacidades físicas e motoras que foram mais solicitadas e o que isso exigiu de seus repertórios motores; se além da música, alguma outra coisa interferiu nos movimentos quando dançaram individualmente, em duplas, trios etc.; se alguém do grupo usou movimentos padronizados convencionais e, se isso aconteceu, como se sentiram os que não sabiam usar esses passos.
Retomem os cartazes do início da oficina e verifiquem se há semelhanças entre o conteúdo que está em discussão na roda e as razões apontadas nos cartazes que levam ou não as pessoas a dançarem. Questione o que poderia ser feito para que todos pudessem usufruir do prazer da dança, sem ficarem constrangidos.


O que mais pode ser feito?
Vocês podem organizar:
 Um ciclo de projeções de vídeos de manifestações culturais brasileiras que incluam danças típicas para analisar os movimentos utilizados nas diferentes coreografias: são movimentos diferentes ou “arranjos” diferentes dos mesmos movimentos? Desde quando a humanidade dança?

 Projeção de um vídeo de dança clássica para analisarem os movimentos e ampliarem o repertório.

 Uma tarde de dança na instituição, envolvendo as diversas turmas; para que todos participem e ninguém fique de fora, combinem de alguns jovens “puxarem” as pessoas para dançar, com movimentos fáceis e coletivos. Afinal, quem já deixou de entrar num trenzinho de carnaval?

 Investigar que espetáculos de dança ocorrem na sua cidade e/ou bairro e organizar saídas para assistir a um deles, ampliando a sua visão de dança e o seu repertório cultural.
Gostou?

Veja a oficina "A dança coral" deste banco.
Para saber mais
Cada ser humano tem um repertório motor único que corresponde a seu histórico de vida, podendo ou não incluir determinadas ações como a dança. Muitos movimentos corporais são culturalmente determinados. Assim, no caso da nossa cultura ocidental, podemos dançar para interagir com os outros, partilhando nossos sentimentos e afetos; para desenvolver ou aprimorar determinadas capacidades físicas, para expressar esteticamente sentimentos ou ideias ou simplesmente para ter a sensação prazerosa de se movimentar num ritmo musical.
A padronização de movimentos na dança ocorre em contextos muito definidos. É o que acontece nas danças rituais, nas quais cada movimento é carregado de significados específicos, como nas afro-brasileiras ou nas indígenas; nas danças convencionais, chamadas danças de salão, em que os movimentos básicos foram socialmente definidos e padronizados e nas danças artísticas, que se utilizam de coreografias.

Obviamente, dependendo do nosso histórico sociocultural e econômico, podemos
 enfrentar dificuldades ao dançar, principalmente quando seguimos modelos e padrões de movimentos convencionais. Na dança, quanto maior a necessidade de representação pelo movimento, maior será a exigência do repertório motor e da
capacidade de coordenação do sujeito. Mas, todo movimento pode se constituir em dança e, em consequência, todos podem dançar.

Na dança livre, cada um se movimenta segundo seu próprio
 sentimento e ritmo, utilizando os movimentos que tem disponíveis no seu repertório motor. Por isso, ela deve ser estimulada nas situações de aprendizagem oferecidas às crianças e aos adolescentes, que podem, a partir de movimentos livres, criar suas próprias coreografias, não deixando ninguém de fora, sem participar.

A dança, no contexto educacional brasileiro, constitui conteúdo curricular da disciplina de Arte e de Educação Física, cujo ensino não tem o objetivo de formar atletas ou dançarinos. O objetivo dessas disciplinas é o de utilizar a dança como atividade e linguagem artística, como forma de expressão e de socialização, de desenvolvimento bio-fisiológico e de condicionamento físico, visando o bem estar, a saúde e a interação social das crianças e dos adolescentes.

Fonte de Referência:

VIEIRA, Adriano; JORGE, Laércio de Moura. Movimento é vida: Ensinar e Aprender - Educação Física - Ensino Fundamental Ciclo II. São Paulo: Cenpec, 2007.